domingo, 6 de outubro de 2019

ESPECIAL HALLOWEEN 2019: Os Remakes/Reboots/Continuações de 2018/19





"Money Talks, Bullshit Walks!"




O Terror ADORA um remake ou uma continuação. Todo ano temos uma franquia reinventada ou rebootada para o público atual. Muitas dessas tentativas acabam fracassando e algumas vezes o resultado é muito bom. Mas nesse último ano a quantidade de filmes genéricos foi bem grande. Foram tentativas que não comprometeram o que já foi mostrado antes, mas que também não acrescentam muita coisa. 




Suspiria - A Dança do Medo (2018)




Talvez seja o único remake que realmente sirva para algo nesta lista. Suspiria é um remake do clássico de Dario Argento de 1977. O remake é dirigido por Luca Guadagnino e tem a mesma premissa do original. Ambos os filmes contam a história de uma jovem talentosa que se junta à uma companhia de dança na Europa, apenas para descobrir que a escola abriga um culto de bruxaria. Os dois tem algumas diferenças em sua ambientação. O original se passa em Roma, já o remake se passa na Berlin separada em 1977. 


Se no original a direção do Dario Argento é mais genial e criativa no uso das cores, o remake consegue explorar mais a história e os personagens. Até a dança tem mais importância no remake do que no original. Guadagnino consegue até arrancar uma boa atuação da Dakota Johnson (50 Tons de Cinza) neste filme, o que é algo extraordinário já que a Dakota é praticamente uma Mariana Ruy Barbosa americana. O filme não é tão bom visualmente como o original, mas a sua montagem é muito boa. A trilha sonora da nova versão não é tão boa quanta a do original que é feita pela banda Goblin, mas tem a sua qualidade. Mesmo sendo feita pelo FILHA DA PUTA do Tom Yorke, ela consegue te deixar tenso em vários momentos. 


Nota: 9,5

Tem no Netflix? Não porque é uma produção da Amazon Studios. Sério, você ainda não tem o Amazon Prime Video? Vai logo para a Amazon







Cemitério Maldito (2019)






A família Creed se muda para uma nova casa no interior, localizada nos arredores de um antigo cemitério amaldiçoado usado para enterrar animais de estimação - mas que já foi usado para sepultamento de indígenas. Algumas coisas estranhas começam a acontecer, transformando a vida cotidiana dos moradores em um pesadelo.


Esse é o segundo filme da lista que dá até para simpatizar um pouco. Stephen King tem várias obras adaptadas e sempre dá para melhorar um pouco. Essa nova versão é bem fiel ao livro e tem um ritmo parecido com o filme dos anos 80. Algumas coisas foram mudadas, principalmente no fim do filme. Adorei a "troca" das crianças. A Ellie é uma ameaça mais sinistra do que o garotinho do filme dos anos 80. O tema de religião vs ateísmo foi um pouco mais abordado nessa nova versão.


Os grandes destaques do filme são o gato Church e a atriz que interpreta a Ellie. O Church realmente é bem mais "participativo" nesta versão. A Ellie no final bota bastante medo também, já que ela é uma ameaça séria para todos os envolvidos. O final desta versão é bem mais sinistro do que a do filme original. Alguns clichês de filmes de terror moderno que me irritam me tiraram um pouco do filme, mas no geral é uma ótima adaptação. É melhor que o original? Não, mas é uma versão decente. Ah, e tem uma boa versão de “Pet Sematary” na trilha sonora também. 


Nota: 8,5


Tem no Netflix? Errr... não sei não. Se vira!












Halloween (2018)




Quatro décadas depois de escapar do ataque de Michael Myers em uma noite de Halloween, Laurie Strode (Jaimie Lee Curtis) precisa confrontar o assassino mascarado mais uma vez após ele escapar de uma instituição. Mas, agora Laurie está preparada!


Ei, ei, ei, espera aí... esse filme já não aconteceu antes? Halloween H20? 


Ahhhh, Hollywood, sempre querendo mais um pouquinho de dinheiro. Sim, este filme de 2018 ignorou os filmes dos anos 90 e 2000 e resolveu criar uma nova linha temporal. Agora na Blumhouse, a franquia ganhou fôlego novo e uma nova trilogia, já que Halloween Kills estreia em 2020 e Halloween Ends encerra a saga em 2021.


Eu ainda acho Halloween H20 um filme superior ao de 2018. Acho até os dois filmes do Robie Zombie melhores que esta nova produção, mas o dinheiro fala mais alto em Hollywood. O novo filme traz uma Laurie Strode paranoica e que nunca se livrou dos traumas do filme original. Ela é uma espécie de “Sarah Connor” neste universo, sempre treinando para um futuro reencontro com o assassino Michael Myers. Essa paranoia fez com que ela perdesse o contato e o amor de sua filha, Karen (Judy Greer). Sua neta, Allyson (Andi Matichak), é a única pessoa de sua família que ainda tenta um contato com Laurie. Quando Myers retorna, a família terá que se unir para poder sobreviver. 


Michael Myers continua fantástico. Todas as cenas de assassinato são muito legais e lembram muito o filme clássico, mas os outros personagens são horríveis. Não sei se é porque eu estou ficando velho (BOOMER BIG BRAIN TIME HERE), mas essa nova geração é uma merda. Claro, o cinema de Hollywood sempre exagera na caracterização dos jovens, mas o que eu vi neste filme é bizarro.

NENHUM MILLENIAL RETRATADO AQUI FAZ ALGUMA COISA PARA TENTAR PARAR O MICHAEL MYERS!

Sério, pelo menos nos outros filmes alguém tentava algo ou chamava ajuda. Mas aqui é um festival de desespero e falta de noção que realmente te irrita. Sabe aquela irritação clássica de filme de terror que faz você literalmente gritar com o personagem vendo o filme? Tipo, MOLEQUE FILHO DA PUTA, FAÇA ALGO QUE NÃO SEJA SÓ FUGIR DA CENA. SUA BABÁ GOSTOSA ESTÁ PARA TER UMA MORTE TERRÍVEL E VOCÊ SÓ SABER SOLTAR PIADINHA ENQUANTO CORRE? Fora o momento de piada de negro TOTALMENTE DESLOCADO! Nem o Michael Bay foi tão FDP como diretor deste filme.


Sinceramente eu espero que nunca precisar da ajuda de um "jovem" hoje em dia. Essa galera consegue atrapalhar mais do que ajudar.  

A trilha sonora está fantástica, já que o próprio John Carpenter junto de seu filho, Cody, produziram os novos temas. É um bom filme, mas que não traz muito novo para a franquia. É um reboot apenas “Ok”. 


Nota: 7,5

Tem no nEtÊfRiQuIx? Não sei. Se vira!







Brinquedo Assassino (2019)




2019 e ainda temos um filme do Chucky nos cinemas. Esse filme consegue ser ruim e bom ao mesmo tempo. Ruim porque a premissa de como o boneco se torna um assassino é bem fraca. Nesta nova versão o boneco é praticamente uma ALEXA. Ele faz parte de uma inteligência artificial e te ajuda nas tarefas do dia-a-dia na sua casa. O problema surge quando um trabalhador da linha de montagem do boneco no Vietnã resolve mudar a configuração de alguns bonecos após sofrer maus tratos em seu trabalho. SIM, o filme faz exatamente como aquele episódio dos Simpsons de Halloween que satirizava o próprio Chucky. O novo boneco assassino é IGUAL ao Krusty do mal. Ele está com o botão MAL ligado.


Mas o lado bom desse filme é que mesmo achando a premissa forçada, é uma ideia que realmente funciona no decorrer da trama. O boneco naturalmente aprende os hábitos e gostos de seus donos, mostrando que mais uma vez nós nunca devemos confiar em uma Inteligência artificial. Lembra o quanto eu odiei os Millenials no Halloween? Aqui o filme realmente consegue trabalhar bem com essa nova geração. Que tipo de criança gosta de brinquedos hoje em dia? Isso é mostrado no filme quando o Andy e seus amigos praticamente só começam a ter simpatia com o brinquedo quando ele é usado para brincadeiras mais “sérias”. Eu ainda prefiro a versão com um Serial Killer possuindo o boneco, mas essa versão é uma boa adaptação para os tempos modernos. As cenas de violência me surpreenderam bastante já que são bem pensadas e criativas. A dublagem do Chucky fica com o nosso querido Mark Hammil (LUKE SKYWALKER), que se não é tão genial como Brad Dourif,  mas faz um trabalho decente. 


Nota: 8


Tem no Netflix? Não. Se vira!






Voltamos na próxima semana com mais... ou não!




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