segunda-feira, 28 de novembro de 2016

[CRÍTICA] 3% - PRIMEIRA TEMPORADA

A primeira série de ficção totalmente brasileira da Netflix merece ser o começo de uma nova geração de séries nacionais! Com alguns erros e acertos, é muito mais que uma distopia ou um discurso panfletário.



terça-feira, 18 de outubro de 2016

O DEMÔNIO DE NEON

Semanas depois de ver o filme, uma crítica um pouco diferente do que tem por aí na Internet, sobre o novo e polêmico filme de Nicolas Winding Refn.


[SEM SPOILERS]

Se você cogitou assistir o Demônio de Neon (The Neon Demon), deve ter pesquisado umas críticas por aí e pode ter ficado dividido. A maioria achou o filme fraco, decepcionante e bizarro. Se você vai pela maioria, não perca seu tempo vendo o filme. Você não vai gostar. Sério.

Primeiro, que a história simples de uma garotinha do interior que tenta ser modelo na cidade onde os anjos não têm vez (também conhecida como Los Angeles) e é vítima da inveja e frustração de três mulheres que querem possuir sua beleza a qualquer custo, não é um filme de terror propriamente dito. Não como os que você pode estar acostumado. Segundo, que o ritmo lento do filme (como quase todos os outros do diretor), pode deixar você com sono. “Que filme chato!”, você irá dizer, acredite.

Claro, o filme tem Christina Hendricks e Keanu Reeves fazendo pontas, tem um visual bonito e trilha moderna, além de belas mulheres, algumas delas nuas. Tem cena de sexo, também. E sangue. Mas, se você procura um filme em que a mocinha corre do vilão que quer matá-la e é salva no final, esqueça. Gaste sua pipoca com outro filme.

Porém, se você curte filmes diferentes, “artísticos”, cult, polêmicos e controversos, pode ser que goste. Pode ser...

Se o único filme de Stanley Kubrick que assistiu foi Laranja Mecânica, ou se achou O Iluminado sem pé nem cabeça, 2001 e Barry Lyndon maçantes e De Olhos Bem Fechados apelativo, esquece. Se espera ver cenas fortes de polêmica gratuita, como em Ninfomaníaca, Love, O Anticristo ou Serbian Film, também esqueça. Procura por filmes com críticas sociais, políticas e filosóficas batidas, populares nas rodas de bar da Rua Augusta? Deixa quieto.


O Demônio de Neon é, como você já deve ter visto por aí, um filme sobre a “ditadura da beleza”, presente não só no mundo da moda, mas em toda a cultura ocidental. Mas eu penso um pouco diferente sobre o que li por aí, em relação à “mensagem” do filme. Não acho um filme “feminista”, mesmo que os principais personagens sejam mulheres e os homens são uns bocós que não podem ver uma mulher bonita. Também não acho “misógino”, retratando como as mulheres fazem de tudo para ficarem bonitas para os homens. O filme não fala nada sobre isso. Ele fala mais sobre como o ser humano (homem ou mulher) é fraco e se dobra à beleza que vê diante de seus olhos. Como não estamos satisfeitos com nossos corpos e invejamos o próximo, numa busca sem sentido pelo sucesso e pela perfeição.

Ouso dizer que o filme é quase uma pregação cristã, por baixo de uma estética contemporânea, e história “aparentemente” polêmica. É como pegar um folheto dizendo “não deixe o demônio da luxúria dominar sua vida, não se entregue aos prazeres da carne e a concupiscência dos olhos e desejos”. Até o anjo mais puro pode ser tomado pelo maligno, se der ouvidos ao ego e aos desejos mundanos! Parece pregação? Nada a ver? Me diga depois de ver o filme.

Também acho que o diretor ironiza Hollywood, mostrando uma Los Angeles que pode te devorar num piscar de olhos e que somente o que é bonito vende. Mas não viaje sobre “imperialismo americano e capitalismo”, como já li por aí. Nada disso, o filme fala sobre pessoas, não sobre sistemas econômicos e políticos.

É um bom filme, gostei muito. Mas reconheço que é para poucos, para quem consegue ver o filme “de fora da caixinha”, mesmo que seja uma caixinha pseudo-intelectualoide. As cenas “polêmicas e bizarras” como contam por aí, que causam repulsa, nem são tão repulsivas assim, para falar a verdade. Filmes de Pasolini, dos anos 70, são graficamente mais repulsivos e você sabe que o cara era um gênio! =P


[ A PARTIR DAQUI, SPOILERS]


terça-feira, 26 de julho de 2016

segunda-feira, 13 de junho de 2016

MARVEL NA TELA #1: BLADE - O CAÇADOR DE VAMPIROS (Parte 1 - Quadrinhos)

Nesse primeiro post de uma série, uma visão geral dos quadrinhos do Blade e suas adaptações para cinema, televisão e animação!

MARVEL NA TELA #1: BLADE - O CAÇADOR DE VAMPIROS (Parte 2 - Filmes e Séries)

Blade no cinema:

Em 1998, a New Line produziu o primeiro filme do Blade, com Wesley Snipes no papel do herói, escrito por David S. Goyer (trilogia Batman de Christopher Nolan e O Homem de Aço) e dirigido por Stephen Norrington (também responsável pelo filme da Liga Extraordinária). O filme foi o primeiro sucesso da Marvel, depois de versões desastrosas de Howard, O Pato (1986), Justiceiro (1989/1991) e Capitão América (1990), gerando duas sequências e uma série.

É inegável que, depois desse filme, a Marvel começou a pensar mais em versões cinematográficas de seus quadrinhos. Parte disso porque a New Line deu uma “atualizada” na história e o filme ficou bem a cara da época: um Blade estilo Justiceiro, todo de preto, com armas e colete, uma katana nas costas, caçando vampiros cyberpunks ricos, regado a muita parafernália tecnológica e música eletrônica. Inclusive, elementos esses que veremos em Matrix, lançado no ano seguinte, além da luta com personagens feitos com CG na sequência de 2002, que parece um laboratório para Matrix Reloaded (2003).

A sinopse básica do primeiro filme é da luta de Blade para matar os vampiros e vingar a morte de sua mãe. Em contrapartida, Diácono Frost quer usar o sangue de Blade para fazer um ritual profético e despertar La Magra, um deus-vampiro, para ganhar mais poder sobre os “Puros-sangues”. Com esse roteiro básico, o filme é um dos melhores da Marvel, assim como sua sequência, mesmo com efeitos especiais datados e alguns clichês de filmes dos anos 90.

Mas, deixando o lado fanboy, o filme mudou o personagem e tem pouca influência das HQs. Nada de Nightstalkers, nada de Drácula ou Morbius, nada de um Blade ainda aprendendo a ser menos turrão e tentando acertar sua vida, nada de entidades demoníacas. No filme, Blade já é um Daywalker, com sede de sangue e poderes vampirescos. Diferente de ser filho de uma prostituta, mordida e morta por Frost, um vampiro velho, que se veste à moda puritana dos EUA do século XIX (Deacon = diácono), nas telas sua mãe torna-se vampira sem ele saber e Frost é um vampiro novo, bonitão e moderninho. Também tem a presença de Abraham Whistler, um personagem criado para o filme, que cria Blade desde pequeno e o auxilia nas caçadas. O personagem é interpretado por Kris Kristofferson, que daria um ótimo Bible John!


Blade II (2002) tem a mão de Guillermo del Toro (Hellboy e Círculo de Fogo) na direção e um ritmo mais alucinante, mais próprio de um filme de super-herói. Blade resgata Whistler das mãos dos vampiros, com a ajuda de um novo auxiliar, Scud (Normam Reedus, o Daryl de The Walking Dead) e recebe pedido de ajuda dos vampiros para combater Nomak, o transmissor do vírus Reaper, que transforma os vampiros em assassinos de vampiros (!). No meio disso tudo, Blade tem que liderar um grupo criado anteriormente para caçá-lo, chamado Bloodpack, enquanto rola um flerte com a vampira Nyssa, filha de Elis Damaskinos, um vampiro ancião.

O filme segue a linha “cyber-cool” do filme anterior, com direito a balada vamp, trilha eletrônica, e muitas sequências de ação “pseudomilitar”. Assim como no anterior, no seguinte e na série, Blade quase não usa suas “lâminas”, mas sim muitas armas de tiro (com balas de prata, de alho, estacas de prata e luz ultravioleta) e mantém seu óculos escuros sempre impecável. Além do aparato armamentista e tecnológico, conta ainda com uma caranga estilosa (um Dodge Charger 1968) e uma moto na linha Kawasaki Ninja. Filme bacana, com sequências que fazem as dos novos filmes da Marvel parecerem apenas cópias atualizadas, mas que continua distante dos quadrinhos do personagem.

O terceiro filme, Blade Trinity (2004), dirigido pelo próprio Goyer, é bem mais fraco. Um grupo jovem de líderes dos vampiros ressuscita Drácula, enquanto armam para incriminar Blade, que passa a ser perseguido pelo FBI. O caçador de vampiros recebe ajuda dos Nightstalkers (!), formados por um grupo de pessoas comuns e liderados pela filha de Whistler (Jessica Biel, linda como sempre) e por um Hannibal King ex-vampiro (!!), sem poderes e com muitas piadas afiadas. Interpretado por Ryan Reynolds, Hannibal é o que salva o filme, que tem algumas cenas engraçadas. É de se pensar se os executivos e produtores de Deadpool (2016) não viram esse filme antes de ter a brilhante ideia de chamar Reynolds para interpretar o Comediante Carmim.

Este filme é um dos que sofreram reflexo do 11 de setembro e, por isso, somos obrigados a engolir um Drácula árabe (!!!), que deverá ser combatido pelo herói negro americano! =P Ainda, tem Triple H dando aula de wrestling com Reynolds. O roteiro lembra muito o fraquinho Drácula 2000 (2000) e o final é bem clichê (e ineficiente).

Como filmes, a trilogia de Blade não é ruim. Os dois primeiros filmes são diversão garantida para quem curte tanto filmes de super-heróis quanto o gênero ação “vamp moderno”, na linha Anjos da Noite. Tem bastante acertos e para mim, os dois primeiros estão entre os melhores filmes de heróis já feitos. Porém, faltou mais fidelidade aos quadrinhos, claro, e tiveram algumas forçadas de barra desnecessárias.

Notas dos filmes:

Blade (1998) = 7 melões

Blade II (2002) = 7 melões e meio

Blade Trinity (2004) = 5 melões



Blade na TV:

Devido ao sucesso dos filmes, a New Line ainda decidiu investir em uma série de Blade, após um piloto com o subtítulo de “A Nova Geração”. Nada de Snipes, o caçador de vampiros agora é interpretado pelo fraquíssimo Kirk “Sticky Fingaz” Jones. A série, feita para o canal Spike TV e transmitida aqui pela Warner e pelo SBT, só teve uma temporada, de 12 episódios, na mid season de 2006.


Blade, ajudado agora pelo high tech boy Shen (Nelson Lee) e pela ex-soldado transformada em vampira Krista (Jill Wagner), tenta descobrir e atrapalhar os planos de Marcus Van Sciver, uma espécie de Donald Trump vampiro e membro da Casa Chthon, uma das 12 casas “nobres” de vampiros. Aparentemente em busca de uma vacina para que os vampiros fiquem imunes ao alho, prata e luz do dia, na verdade quer matar todos os “Puros-sangues” e ser tornar o chefão de todos os vampiros.

A história da série não é tão ruim. Escrita também por David S. Goyer junto com Geoff Johns (escritor de Superman Origem Secreta e de episódios das séries Arrow e Flash, e atualmente participando do Rebirth da DC), seria uma boa HQ ou talvez até rendesse um bom filme (se bem dirigido) ou até mesmo uma série interessante (se melhor feita e com melhores atores). Mas o Fingaz não convence com seu Blade, muito “cover” de Snipes, o restante do elenco é mais ou menos e a produção é bem na linha de séries medianas da época, como Angel (spin-off de Buffy) e Torchwood. Na mesma época, Heroes teve produção melhor e Supernatural tinha mais elementos ocultos e demoníacos!

Para piorar, a série tem momentos românticos e de confrontos “psicológicos” que parecem ter saído de uma soap opera (as fraquíssimas telenovelas norte-americanas). O final, aberto para o caso de uma segunda temporada, é previsível e um tanto quando caricato. Se fosse feita uma nova série de Blade, essa deveria ser esquecida e enterrada no caixão junto com Drácula! =P

Nota da série: 5 melões (de 10)

Blade anime:

Entre 2010 e 2011 a Marvel, em parceria com a japonesa Madhouse, produziu quatro séries de animes baseados em seu universo de heróis: Homem de Ferro, Wolverine, X-Men e Blade. Vi apenas alguns episódios da série do caçador de vampiros e não vi as outras, mas já acho que a de Blade é a que mais combina com esse estilo de animação. Apesar de já ter um anime sobre caça aos vampiros sensacional, chamado Vampite Hunter D, a primeira impressão que tive de Blade em anime foi ótima!
No Japão, Blade caça o Diácono Frost, o vampiro que matou sua mãe, aqui com quatro presas, e acaba cruzando caminho com a caçadora de vampiros Makoto. Episódios tem toda a carga dramática e cenas de ação que combinam muito com o personagem.


Quando terminar de ver, se minha opinião mudar, venho aqui e atualizo esse post, podem apostar! ;)

Nota do anime até o momento: 7 melões.

Uma pequena análise:

Blade é um herói bem diferente, apesar de algumas semelhanças com caras como Wolverine e Justiceiro. A complexidade de sua jornada envolvida pelo sobrenatural torna sua mitologia interessante e acho que ele merecia ter histórias mais bem escritas e um melhor aproveitamento nas mídias audiovisuais.

Seria bom se um Alan Moore (ou aspirante a tal) pegasse o herói para arrumar as bagunças que fizeram na “comixologia” dele! Claro, tem a parte da também... É um herói que, como poucos, pode ter histórias tanto no universo “MAX”, mais adulto, como histórias divertidas no universo colorido da Marvel. =P

Apesar dos filmes feitos serem bons, ainda ficam a desejar como adaptações e, sinceramente, a possível volta do Snipes no papel do herói me preocupa...

Como eu faria?

Já faz um tempinho de rumores sobre a volta de Blade às telas, e Wesley Snipes disse que está em forma e pronto pra voltar a interpretar o herói. Bem, não sei se eu gostaria que Snipes voltasse a ser o Blade... Eu gosto dele nos filmes do caçador de vampiro (tirando algumas forçadas), mas sei lá... Se a Marvel quiser trazer Eric Brooks para seu Universo Cinematográfico, eu acho que eles deveriam “rebutar” o personagem. Primeiro, faria uma série Netflix da vida, com temporadas curtas de 10 episódios, baseado nos quadrinhos, mais ou menos assim:


1ª temporada - Blade, normal, apenas imune às mordidas de vampiros, é um caçador de vampiros que procura por Diácono Frost, o assassino de sua mãe. Enquanto isso, flashbacks contam sua origem e treinamento. Em sua busca, conhece os primeiros caçadores de vampiros, que caçam Drácula (Quincy Harker e sua turma). Faria uma atualização das histórias de Tomb of Dracula, com um clima e ação semelhante a do anime.

2ª temporada - Com a morte de Drácula e de alguns caçadores e o sumiço de Frost, Blade se junta a Hannibal King e Drake e formam uma agência e caçam o oculto como Nightstalkers. Enfrentam Lilith, os DOA da Hidra, Bloodstorm (clone do Drácula) e Varnae. Continua em busca pelo Diácono.
3ª temporada - Com a aparente morte de Hannibal e Drake, Blade tenta levar uma vida normal, pegando um ou outro caso do oculto, mas Bible John o procura sobre a volta de Drácula. Enfrenta também o trio que quer ressuscitar Varnae, Salomé e um falso Frost.

4ª temporada - Enfrenta Morbius (com ou sem Homem-aranha) e transforma-se no Daywalker. Caça Deacon Frost, enfrenta esquadrão da SHIELD de vampiros e o Reaper dos quadrinhos. Aparecem os Seven, que extraem os V3s dos vampiros.

5ª temporada - Enfrenta os Tryks e Cilla, os Seven e tem seu confronto final com Diácono Frost e com um Drácula renascido, após trama mentirosa de seu falso pai, Lucas Cross (utilizando parte da história de Marc Guggenhiem, mas com um sentido melhor).

Só em seguida (ou paralelo às últimas temporadas) faria três novos filmes, na linha MCU e meio Deadpool (mas nem tanto), baseado nas seguintes histórias:

1º filme – Histórias com o Homem-aranha ou Doutor Estranho ou histórias de combate e parceria com o Wolverine, ou com Justiceiro, ou ainda as histórias com o Motoqueiro Fantasma.

2º filme - Com os X-Men no arco Maldição dos Mutantes, enfrentando Xarus, que quer transformar os mutantes em vampiros para dominar o mundo. Talvez misturando com história de alguns dos heróis citados acima, para o primeiro filme.

3º filme – Com os Poderosos Vingadores, num arco combinado com os Vingadores principais e misturando vilões e sagas cósmicas da Marvel com sagas místicas.

Enfim, é esperar que Blade volte um dia a ser reaproveitado no Universo Cinematográfico da Marvel e melhor escrito e desenhado nos quadrinhos!



Não leu o post antes desse, sobre os quadrinhos de Blade? Só clicar aqui!

É isso! ;)


sexta-feira, 29 de abril de 2016

CRÍTICA – Snoopy & Charlie Bown, O Bom Dinoussauro e Zootopia

Assisti ao três filmes e duas perguntas ficaram na minha cabeça: por que do desenho do Snoopy não foi indicado ao Oscar desse ano e será que desaprenderam como fazer animações para crianças? o.O

segunda-feira, 25 de abril de 2016

CRÍTICA: GAME OF THRONES – 1º EPISÓDIO DA 6ª TEMPORADA (O CHORO É LIVRE!)

“The Red Woman” deveria se chamar “A New Hope”, nessa fraca estreia tão aguardada da nova temporada de Game Of Thrones.


Depois de um hiato gigantesco e um hype ainda maior pelo número cada vez mais crescente de fãs, finalmente estreou o primeiro episódio da 6ª temporada de Game of Thrones! Simultâneo em todas as HBOs do mundo! E sem ter os fãs dos livros dando pitaco, já que a série já passou por tudo que George R.R. Martin escreveu até agora! Uau! (¬¬)

Pois é, amigo, e como eu, o Grande Destruidor de Hypes, o Nascido Antes da Onda de Embalo Coletivo, o Pai do Pessimismo Internético, sempre costumo dizer, quando o hype é grande, a decepção é maior ainda! =P


Tá, não vou ser tão chato assim, o episódio até que não é ruim e já vi que muita gente gostou, muita gente se impressionou e muita gente está esperando ansiosamente o próximo episódio. Mas também tem gente que terminou de assistir com um “Ééé... Ok, tá valendo”. Eu sou um desses, e mais: posso dizer que fiquei um pouco decepcionado. Por que? Porque o que eu temia nesse episódio pareceu ser o caminho da série daqui pra frente. Sem a referência literária, e com Big George focado no livro que não fica pronto nunca, o que a HBO apresentou foi um episódio “espada e magia” tradicional. Me pareceu que perderam um pouco a mão (Jaime curtiu isso). =/

Como assim? Bem, eu achei que algumas tramas ficaram no óbvio, sem aquelas amarrações impensáveis, comuns nas temporadas anteriores. Também achei que alguns personagens e grupos não estavam bem "caracterizados” ou personificados como deveriam. Medo tenho eu, que a série tome um rumo sem rosto (Arya curtiu isso), ou que perca sua identidade e vire só mais uma série, como aconteceu na segunda temporada de Twin Peaks, em que o período sem David Lynch caiu no comum e a qualidade da série despencou, salva apenas no último episódio (escrito por Mark Frost e dirigido pelo Lynch).

Enfim, vamos esperar pelo segundo episódio... Se você ainda não viu e não liga para os memes no Facebook, pode esperar para ver depois, sem pressa. Não perdeu nada de realmente importante.

Nota desse episódio, de 0 a 10: 5 melões (muito “ok”).

[SPOILERS A PARTIR DAQUI]

quarta-feira, 20 de abril de 2016

CRÍTICA: O NOVÍSSIMO TESTAMENTO (LE TOUT NOUVEAU TESTAMENT)

Deus existe e é um FDP que vive em Bruxelas! Sua filha caçula Ea foge em busca de mais 6 apóstolos para juntar-se aos 12 de seu irmão (J.C.), começando uma jornada filosófica, engraçada e espirituosa.