domingo, 30 de outubro de 2016

ESPECIAL HALLOWEEN 2016 - My Two Cents About




Black Phillip, Black Phillip




Olá criaturas da noite, este é mais um ESPECIAL DE HALLOWEEN do Speak Mellon. E como a coisa tá feia aqui, esse ano nós só teremos um post com pequenos reviews de filmes de Terror deste ano (e alguns de 2015). Então sem enrolação, vamos para o post!

Mais rápido que o CADEIRUDO na madrugada...


A BRUXA (The Witch, EUA 2015)




Provavelmente um dos melhores filmes do ano e um dos que mais dividiram opiniões. Teve gente que afirmou que era o novo O Iluminado (NIGGA PLEASE) e teve gente que realmente ficou puta da vida com o filme, já que esperava uma série de JumpScares ou violência aparecendo na tela. Situado na Nova Inglaterra, no ano 1630, a história é narrada pela jovem Thomasin (Anotem esse nome: Anya Taylor-Joy. Vai ser a grande sensação de Hollywood). Depois que sua família se muda para uma nova casa na floresta, coisas estranhas começam a acontecer: animais tornam-se malévolos, a plantação morre e uma criança desaparece inexplicavelmente. Desconfiados, os membros da família acusam a adolescente de praticar feitiçaria.

O grande trunfo do filme são as atuações. O elenco está perfeito. Todo mundo ficou pagando pau para as crianças de Stranger Things esse ano, mas o elenco mirim deste filme é fantástico. Você realmente embarca no drama que a família está passando e começa a desconfiar de todos ali. Quem realmente está totalmente influenciado pelo Mal. Realmente não é um filme para quem gosta de ficar levando sustinhos, mas vale muito pela direção. É o primeiro filme do diretor Roger Eggers, e logo em sua estreia já faturou o prêmio de melhor diretor de filme dramático americano no festival de Sundance. 


Nota: 9 golpes de faca do Michael Myers







Invocação do Mal 2 (The Conjuring, EUA 2016)




Sete anos após os eventos de Invocação do Mal (2013), Lorraine (Vera Farmiga) e Ed Warren (Patrick Wilson) desembarcam na Inglaterra para ajudar uma família atormentada por uma manifestação poltergeist na filha. A trama é baseada no caso Enfield Poltergeist, registrado no final da década de 1970. Eu meio que vou repetir aqui o que eu disse sobre o primeiro filme. James Wan é um cara muito competente na direção. Ele consegue trabalhar alguns conceitos interessantes na tela.  Gosto de várias tomadas e planos diferentes que ele bola, mesmo que seja para sustos e Jumpscares batidos deste gênero (sério mesmo que música alta e algo surgindo do nada é aterrorizante?). 

Gostei de toda a ambientação deste segundo filme. É impressionante como o James Wan consegue deixar uma típica casa inglesa em um ambiente assustador. A adaptação do caso também é muito boa. Como no primeiro filme, nós podemos ver a família de verdade e outros personagens em fotos originais nos créditos finais. E neste crédito final também podemos ouvir a “entrevista” original com o encosto que aterrorizou a família inglesa. 


Nota: 8,5  gritos de VOCÊ do Zé do Caixão






Southbound (Southbound, EUA 2015)




Se tem uma coisa que eu adoro são antologias. Se for de terror, melhor ainda. Os produtores da série V/H/S, Brad Miska (do ótimo site de filmes de terror Bloody Disgusting) e Roxanne Benjamin chamaram alguns jovens diretores indie de terror. Já elogie muito essa série nos outros especiais de Halloween. É dos melhores produtos do famigerado subgênero Found Footage. Agora Misja e Benjamin retornam com Southbound, uma antologia com cinco contos entrelaçados que se desdobram em uma estrada deserta dos Estados Unidos. Dois homens fugindo de seu passado, uma banda em seu caminho para o próximo show, um homem lutando para chegar em casa, um irmão em busca de sua irmã perdida e uma família em férias. Todos estes personagens são forçados a confrontar situações bizarras e assustadores. Seus maiores medos e segredos serão expostos. 


De novo os produtores acertam em cheio aqui. O filme tem o mesmo nível de bizarrice da série V/H/S. E aqui como as histórias são interligadas, não temos aquela amarra meio capenga dos filmes V/H/S. Nada de efeitos de transição ou fade outs. Realmente tudo está interligado e você quase não percebe a passagem de um conto para o outro. E não espere resoluções básicas ou algum tipo de sentido para o resultado destes contos. Embarque na bizarrice e desfrute a viagem nessa estrada bizarra.



NOTA: 10 Gritos da nossa Scream Queen, Danielle Harris!






31 (31, EUA 2015)




1975. Cinco pessoas são sequestradas cinco dias antes do Halloween e são mantidas reféns em um lugar chamado "Murder World" para participar de um sangrento jogo chamando "31". O desafio é sobreviver 12 horas dentro do local, cheio de palhaços assassinos e sanguinários. Dirigido pelo nosso adorado Rob Zombie (A Casa dos 1000 Corpos, Rejeitados pelo Diabo, Halloween 2007), 31 é o filme mais fraco de sua filmografia. Principalmente seguido de um puta filme como foi Lords of Salem

É um filme básico e que se preocupa em ser mais um festival de Gore na tela. Mas se for isso que você quer ver na tela, este filme é perfeito. Aliás, eu sempre quis ver um filme da franquia Purge no mesmo estilo deste 31. Rob Zombie não poupa ninguém aqui. Machadas, facadas, motosserras e até uma canibalismo de leve dão o tom do filme. Destaque para a trilha sonora do filme. Neste quesito o Rob sempre mandou muito bem. Infelizmente é uma história bem fraca. E fiquem ligados nos assassinos do filme. Um elenco formado por um anão mexicano nazista, palhaços, alemães malucos e um cara que seria um Coringa perfeito se a DC tivesse coragem no cinema. 








Invasão Zumbi (Train to Busan ou Busanhaeng, Coréia do Sul, 2016)




Quando você acha que mais nada sobre Zumbis pode ser contada no cinema ou em qualquer outra mídia, me aparece essa produção Sul-Coreana sobre o começo de um apocalipse zumbi no país asiático. Em um trem de alta velocidade com destino à cidade de Busan, um vírus que transforma as pessoas em zumbis, se espalha. A cidade conseguiu com sucesso defender a epidemia, agora eles devem lutar pelas suas sobrevivências. 

O filme tem uma ótima abordagem. Uma infestação zumbi dentro de um trem em alta velocidade é algo terrível. Principalmente quando estes zumbis são da escola 28 Days Later/Madrugada dos Mortos/Left 4 Dead de correr e agir que nem malucos. E durante a viagem até Busan nós acompanhamos vários personagens e seus perrengues para tentar chegarem vivos ao destino final. É claro que no meio disso temos os filhas da puta, os personagens que irão fazer algum tipo de sacrifício, etc. Mas tudo isso com abordagem do competente cinema Sul-Coreano que está em uma fase fantástica nestes últimos anos. É uma produção que não deve nada ao cinema americano, e tem cara que vai ganhar um remake hollywoodiano em breve. O diretor Sang-ho Yeon se preocupa mais em mostrar o drama do que focar diretamente na violência. Para quem está saturado de The Walking Dead e que ver algo novo do sub-gênero, esse filme é a melhor pedida deste ano. 


Nota: 9.5 mordidas de zumbi 




Quando as luzes se apagam (Lights Out, EUA 2016)




Desde que era pequena, Rebecca (Teresa Palmer) tinha uma porção de medos, especialmente quando as luzes se apagavam. Ela acreditava ser perseguida pela figura de uma mulher e anos mais tarde seu irmão mais novo começa a sofrer do mesmo problema. Juntos eles descobrem que a aparição está ligada à mãe deles, Rebecca começa a investigar o caso e chega perto de conhecer a terrível verdade. A ideia por trás da ameaça deste filme é muito legal (figura que só aparece nas sombras), mas o filme cai nos mesmos clichês de sempre. Personagem que aparece do nada e com um efeito sonoro no último volume. Não fiquem bravos comigo, mas isso realmente não funciona pra mim. Fiquei mais intrigado em saber a história da ameaça do que os supostos momentos de terror do filme. Mesmo tendo James Wan como produtor, é mais um desses filmes de terror para se ver cortado no Corujão da Globo. 



Nota: 7 velas para espantar uma garota bizarra!






Cabana do Inferno (Cabin Fever, EUA 2016)




Sim, o Eli Roth aprontou mais uma. E dessa vez foi em um nível de safadeza inimaginável, produzindo um remake de um filme seu de 2002. Sim, o cara não quis nem saber e refez um filme que nem é muito famoso e nem tem muito tempo de vida. E o pior: ELE NÃO TEM NADA DE NOVO... NADA! É exatamente o mesmo filme de 2002, com apenas pequenas mudanças de diálogos e personalidades de alguns personagens. Mas do resto ele é exatamente igual. Para quem não viu o original de 2002 o filme conta a história de um grupo de cinco amigos que se isola em uma cabana na floresta e são aterrorizados por um vírus comedor de carne. Acho que com o dinheiro que foi gasto nisso o Eli Roth poderia ter feito uma continuação para o filme original e não um remake fraco e sem novidades. Essa é a maior perda de tempo de 2016.


Nota: 2 pela beleza das atrizes envolvidas






Hush – A Morte Ouve e O Homem nas Trevas (Hush e  Don’t Breathe, 2016, EUA)




E parece que este foi o ano em que Hollywood investiu em filmes com deficientes passando por situações perigosas. Hush e Don’t Breathe são filmes com temáticas parecidas. 


Em Hush – A Morte Ouve (malditos subtítulos brasileiros), A autora Maddie Toung (Kate Siegel) vive uma vida isolada desde que perdeu sua audição quando era adolescente, se colando em um mundo de total silêncio.Porém, quando um rosto mascarado de um assassino psicótico aparece em sua janela, Maddie precisa ir além dos seus limites físicos e mentais para conseguir sobreviver. Em O Homem nas Trevas, três adolescentes sempre escaparam de seus roubos, todos perfeitamente planejados. No entanto, quando realizam seu último crime, assaltando a casa de um senhor cego, o jogo muda. Encarcerados no local, eles precisam lutar por suas vidas contra um psicopata cheio de segredos e terrivelmente habilidoso.


Ambos os filmes exploram muito bem os problemas físicos dos personagens. Em Hush a protagonista não escuta e tem que encontrar alguma forma de se livrar do assassino que pode entrar a qualquer momento em sua casa. Em O Homem das Trevas, o veterano de guerra usa a escuridão como aliada contra os invasores de sua residência. Ambos os filmes trazem inovações e novas dinâmicas na velha fórmula batida de filme de invasão. Mesmo não puxando muito para o terror, os dois filmes tem muito suspense e cenas que deixam o espectador apreensivo. O segundo é um filme produzido por Sam Raimi (Evil Dead) e dirigido por Fede Alvares, diretor do remake de Evil Dead. Já Hush é uma produção da BlumHouse (Atividade Paranormal e Insidious).


Nota: 9 para os dois filmes. 








Menção Honrosa: Green Room








É isso aí. Não vi muita coisa este ano. Vou deixar aqui o link para o post do The Oz sobre o filme Demônio de Neon, que não é terror mas tem alguns elementos do gênero. 




Até ano que vem (com mais posts, eu espero) e FELIZ HALLOWEEN!





2 comentários:

  1. Ficou muito bom a postagem, Vários dos filmes eu nem sabia que existia. Ponto positivo para as notas, ficaram hilárias. parabéns!

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    1. Valeu, Flavio! Acho que a primeira vez que eu comento aqui. Antes tarde do que nunca (ou antes que essa merda de blog acabe)

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