quarta-feira, 24 de agosto de 2016

It's all about the GAME: Uncharted 4: A Thief's End




"I am a Man of Fortune, and I must seek my Fortune" - AVERY, Henry



Cinco anos após Uncharted 3 e vários adiamentos depois, a produtora Naughty Dog (Crash Bandicoot, The Last of Us) finalmente lançou em Maio deste ano Uncharted 4: A Thief’s End, quarto e último jogo da série. O jogo se passa três anos após os acontecimentos de Uncharted 3, onde Nathan "Nate" Drake desistiu de sua vida de aventuras como caçador de tesouros, e tem uma vida normal trabalhando como mergulhador em uma seguradora. Ele vive uma vida pacata com sua esposa Elena, mas ele ainda sente um profundo vazio nesta vida sem aventuras. Isso tudo muda quando Samuel "Sam" Drake, seu irmão mais velho que supostamente estaria morto, aparece pedindo ajuda. Ele precisa achar um artefato antigo relacionando com o tesouro do pirata Henry Avery (1659 – 1696). Drake e Samuel, junto de um associado chamado Rafe Adler, tentaram descobrir o tesouro de Henry Avery 15 anos atrás em uma prisão panamenha, onde o próprio Avery deixou um artefato dentro de uma das celas. Na fuga da prisão, Sam foi aparentemente morto pelos guardas, fazendo que Nathan desistisse do tesouro. 


Samuel explica para Nathan que ele acabou sobrevivendo na cadeia e que fugiu com a ajuda de um traficante poderoso do Panamá. Este traficante ajudou Samuel escapar da prisão, mas em troca ele quer o tesouro de Henry Avery. Se Sam não fizer isso ele acabará morto pelo traficante, e só Nathan pode ajudá-lo. Assim os dois irmãos com a ajuda de Victor “Sully” Sullivan, partem em uma viagem para achar o tesouro e, ao mesmo tempo, desvendar o mistério por trás de Libertatia, a cidade pirata onde talvez Henry Avery teria escondido o tesouro. E no meio de tudo ainda temos a competição de Rafe Adler, junto de sua associada, Nadine Ross e sua empresa de mercenários, Shoreline, tentando encontrar o tesouro primeiro. E claro, ainda temos Nathan tentando esconder tudo isso de sua esposa Elena. 




JOGABILIDADE 

Aqui é onde o jogo realmente brilha. A última vez em que eu joguei Uncharted foi em 2012, mas ao pegar este novo jogo parecia que eu tinha jogado no dia anterior. Esse para mim é o grande trunfo da série: Controles fáceis! O sistema de cobertura continua excelente, e a ação do jogo absorveu elementos de outros jogos como Batman Arkham City e Metal Gear Solid. Em praticamente todas as fases e no modo online temos grandes áreas com vários soldados e plataformas onde o jogador pode escolher a melhor abordagem possível. Você pode eliminar todos eles sendo furtivo, se esgueirando no meio da mata ou andando de um lado para o outro da área, subindo e escalando qualquer parte do ambiente e também usando uma corda com gancho. Essa ferramenta dá mais velocidade para o seu personagem e foi uma ótima adição para o jogo. E claro, você pode sair atirando em todo mundo. Eu geralmente gosto de misturar os dois estilos já que os tiroteios na série Uncharted são espetaculares. 



Infelizmente os quebra-cabeças estão fáceis demais. São poucos e não trazem um grande desafio para o jogador. Por um lado é bom, já que deixa o ritmo da história mais rápido e fluido. O sistema de combate continua bom, e dessa vez você pode contar com bastante ajuda de seu parceiro. São poucas vezes que Nathan está sozinho no jogo. A Naughty Dog já tinha trabalhado bem essa dinâmica no último jogo e em The Last of Us, mas lembro de ficar muito frustrado várias vezes em The Last of Us com a péssima movimentação do seu parceiro NPC (geralmente a Ellie), que SEMPRE te ferrava contra os inimigos, onde por várias vezes acabava revelando a sua posição para eles. No contexto jogo era até aceitável (garota que não tem experiência em combate), mas ainda assim me irritava muito. Aqui os NPC’s se viram muito bem e até te ajudam durante o jogo quando você precisa achar algum caminho ou uma estratégia para passar de algum local.



HISTÓRIA

Eu realmente me surpreendi com a trama, já que achava (O Manhattan Prince também) que o irmão do Nathan iria ser o vilão do jogo. E não foi nada disso. Samuel acrescentou muito para a trama do jogo. Seu relacionamento com Nate é muito legal. Ele é o típico irmão que sempre se envolve em confusão e mesmo sendo o mais velho, não parece demonstrar ser o mais adulto dos dois. Uma dinâmica que remete um pouco ao filme 60 Segundos, estrelado por Nicolas Cage e Angelina Jolie, mas aqui com a idade invertida dos irmãos. Outro ponto legal é o relacionamento entre Nate e Elena. Nathan está cansado da vida monótona, mas morre de medo de envolver Elena em mais uma aventura maluca. Já Elena parece querer seguir a sua vidinha pacata, mas no fundo também sente um pouco de saudades da época de aventura.



O jogo termina muito bem o arco de todos os personagens, com um final satisfatório e com possibilidades de seguir a franquia em diferentes caminhos. Sabe o final do The Dark Kinght Rises? É bem parecido, mas sem cagar na última cena. Aliás, o epílogo do jogo é muito legal e te faz querer saber como vai ser a vida de todos no futuro. Outro momento importante é a última cena de ação do jogo. Eu literalmente escutei o tema de Hans Zimmer para o filme Piratas do Caribe enquanto eu jogava. É uma história envolvendo um tesouro Pirata, então temos que ter AÇÃO PIRATA, se é que você me entende. É um final digno de Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots, só que ainda mais Hollywoodiano. E ainda deu tempo de ter uma grande referência ao filme OS GOONIES. A trilha sonora é feita pelo competente Henry Jackman (Capitão América: Soldado Invernal e Guerra Civil). 



A Naughty Dog encerra com chave de ouro a história de Nathan Drake, mas eu espero que esse não seja o último jogo da série. É sem dúvida um dos melhores jogos do ano. Os gráficos são belíssimos, com pequenos detalhes que dão um charme a mais para o jogo. Aqui temos paisagens GIGANTESCAS em todas as fases. Como disse o Jj Santos no nosso último MellonCast: Não é um jpg. safado no fundo do mapa. Tudo aquilo é feito pela a equipe de produção. Na fase inicial de Madagascar você pode usar o carro e explorar boa parte do cenário.





As cut scenes estão fantásticas como sempre e quase não temos diferença gráfica delas para o gameplay. O modo online continua muito divertido, já que esse novo tipo de combate que mistura stealth/ação deixa tudo mais legal e ágil. É um jogo que vale o investimento na compra de um novo console. 


NOTA 10









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