terça-feira, 19 de julho de 2016

My Two Cents About Especial Dia Internacional do Rock (Atrasado): Green Room & Sing Street



"RRRRRRRRRRROOOOOOOOQUEEEEEE..." SANTOS, Silvio




Você já percebeu que esse blog não leva tão a sério datas especiais, né? E com UMA SEMANA DE ATRASO vamos comemorar o Dia Internacional do Rock com duas mini resenhas de filmes com o nosso tão querido gênero envolvido no meio. São dois filmes totalmente diferentes, mas que são uma ótima pedida para esse dia mês do Rock.  

Tá bom. Chega de piadas idiotas. 


Green Room (2015, Cannes. 2016, USA)




Pat (Anton Yelchin), Sam (Alia Shawkat), Reece (Joe Cole) and Tiger (Callum Turner) são membros da banda de Punk Ain’t Rights, que está fazendo uma turnê no estado de Oregon. Eles se encontram com um apresentador de uma rádio local que arruma uma apresentação para a banda em uma área afastada de Portland, em um local frequentado por Neo-Nazi Skinheads. Depois do show, Pat acaba testemunhando um assassinato no backstage da casa de shows. Os ânimos se alteram, e a banda acaba sendo mantida como refém dentro do local. Agora a banda precisa lutar para sair com vida deste lugar infernal. 




Green Room é filme que está gerando um certo burburinho com a galera Punk/HC nesses últimos meses. O filme meio que tá virando cult com o pessoal. O diretor Jeremy Saulnier (Blue Ruin e Murder Party) não poupa na violência nesse filme. Ele é bem cru e direto em suas cenas, criando uma atmosfera sombria e assustadora dentro do cenário. A ambientação é perfeita também. Quem já foi em shows de Hardcore, Punk e bandas alternativas, logo vai se identificar com o filme. Não é aquela versão Hollywoodiana de sempre sobre esse tipo de evento ou “tribo” (Eu sempre odiei esse termo Global, mas vai esse mesmo). É legal ver como a situação que aparentemente estava controlada em um determinado momento, logo descamba para uma situação horrível e violenta. Claro, existem alguns momentos forçados, mas que não agridem a inteligência do expectador. 




Vale destacar a atuação de Anton Yelchin, que infelizmente faleceu no último mês. É um papel meio recorrente em sua breve carreira (Jovem protagonista medroso), mas ele sempre mandou muito bem nisso. O grande Patrick Stewart como o líder dos Skinheads, Darcy, está perfeito aqui. Uma figura calma, inteligente e totalmente focada. O cara bota medo no filme, e na maior parte do tempo só usando a sua voz. Pode se dizer que Green Room é um bom representante do cinema de horror. Te entrega um clima mais assustador e violento do outros filmes como The Purge por exemplo. E claro, as referências musicais são ótimas. No começo do filme vemos a banda tocar um cover de “Nazi Punks Fuck Off” da banda Dead Kennedys.


Nota 10 (Agente Carter)


 




Sing Street (2016, Irlanda)




Dublin, Irlanda. 1985. A crise econômica e política assola o país, e vários estão rumando para Londres tentando uma vida melhor. A família Lalor está enfrentando vários problemas. O patriarca Robert (Aidan Gillen, mais conhecido como MINDINHO em Game of Thrones) está tentando manter o seu casamento e sustentar a sua família. Para isso, ele tira o protagonista do filme, seu filho mais novo Conor (Ferdia Walsh-Peelo) de sua escola particular para uma escola cristã e com alunos barra pesada. Depois de sofrer todo tipo de bully de alunos e professores, ele encontra Raphina (Lucy Boyton), uma garota que sonha em ser modelo em Londres e que vive em uma casa para jovens em frente a sua escola. Conor é altamente influenciado pelo gosto musical de seu irmão mais velho, Brendan (Jack Reynor), e para impressionar Raphina ele decide convidar a garota para participar de um videoclipe de sua banda. O problema é que Conor ainda não tem uma banda. Para isso, ele começa a recrutar outros alunos em sua escola. 




O filme é uma clássica comédia romântica ao melhor estilo dos clássicos filmes de John Hughes e da Sessão da Tarde. Ele retrata muito bem aquele determinado período de tempo. Os videoclipes estavam surgindo junto com a MTV e o programa britânico Top of the Pops. Conor não só tenta absorver as influências musicais, como também visuais de tudo que estava acontecendo naquela época. Para quem lembra dos vídeos do Duran Duran, A-HA e Michael Jackson. As músicas criadas para o filme também são sensacionais. O elenco juvenil está muito bem. Destaque pra dupla de protagonistas. Mas quem realmente rouba a cena é o irmão mais velho do Conor. Brendan era o cara que queria cair fora da casa na sua adolescência, mas que foi impedido por sua mãe. Ele foi obrigado a desistir de vários sonhos, e por ser o mais velho, testemunha a crise de seus pais por mais tempo do que os outros irmãos. A sua melancolia é mostrada de uma forma muito sutil durante todo o filme, mesmo o personagem sendo na maioria do tempo muito engraçado. Seu relacionamento com o Conor é muito legal. O cara é um mentor quando o assunto é música, e tenta de tudo para ajudar o irmão cair for daquela casa o mais rápido possível. E claro, dando conselhos amorosos sensacionais como “Nenhuma mulher pode amar de verdade um homem que escuta Phill Collins”.




Sing Street é o Escola do Rock dessa geração, mas sem ser tão escrachado ou óbvio como o filme americano. E por ter protagonistas mais velhos, pode tratar de alguns temas mais sérios mas sem perder o humor. Os integrantes da banda são hilários e todo mundo tem o seu momento de “brilho” durante o filme. Como já foi dito, o filme tem um estilo que lembra muito os filmes do John Hughes. Com toda os dilemas da juventude. O clássico filme “Coming-of-Age”. As cenas musicais “The Riddle of the Model” e o baile no estilo anos 50 são fantásticas. Normalmente eu odeio musicais, mas aqui foram muito bem dirigidas. O diretor John Carney já tinha mostrado que sabe trabalhar muito bem com a temática musical em Once e Begin Again, e aqui volta a brilhar nessa mesma fórmula. Uma Sessão da Tarde em pleno 2016.


Nota 10 (De novo, AGENTE CARTER)


2 comentários:

  1. Nenhum me interessou, mas é provável que eu assista quando não tiver nada pra fazer.

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  2. Nenhum me interessou, mas é provável que eu assista quando não tiver nada pra fazer.

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