sábado, 21 de maio de 2016

My Two Cents About: X-Men - Apocalipse








Como eu disse no nosso último MellonCast sobre os X-Men (Não escutou ainda? Vai lá) esperava que esse filme fosse um "desastre". O trailers fracos e o visual decepcionante do vilão não me deixavam empolgado para conferir ele no cinema. O único motivo para ver o filme é o diretor Bryan Singer, em respeito ao seus outros trabalhos. E agora eu posso dizer que X-Men: Apocalipse me surpreendeu... E muito! Até o nosso senhor “Destruidor de Hypes” Flávio de Almeida gostou do filme.



En Sabah Nur (Oscar Isaac), conhecido também como APOCALIPSE é o mutante original. Após milhares da anos, ele volta a vida disposto a garantir sua supremacia e acabar com a humanidade. Ele seleciona quatro Cavaleiros nas figuras de Magneto (Michael Fassbender), Psylocke (Olivia Munn), Anjo (Ben Hardy) e Tempestade (Alexandra Shipp). Do outro lado, o professor Charles Xavier (James McAvoy) e seu amigo Hank Maccoy, o Fera (Nicholas Hoult) contam com uma série de novos alunos, como Jean Grey (Sophie Turner), Ciclope (Tye Sheridan) e Noturno (Kodi Smit-McPhee). Mística (Jennifer Lawrence) é uma figura emblemática para a comunidade mutantes após os acontecimentos em Washington DC, mas ela prefere agir por conta própria. Mas quando Apocalipse dá início ao seu plano ela precisa voltar para ajudar os seus amigos que estão dos dois lados deste confronto.




Após DEZESSEIS anos de franquia você tem várias passagens importantes para serem levadas em conta antes de ver este filme. Se você nunca viu nenhum filme da franquia vai ficar perdido, já que o acontece MUITA COISA em  duas e meia de filme. A reapresentação de velhos personagem funciona muito bem aqui. Temos um jovem Scott Summers descobrindo os seus poderes e realmente sendo útil para o grupo. Finalmente tivemos um ótimo Noturno. Aqui ele é realmente o personagem alívio cômico que todos já viram nos quadrinhos. Jean Grey já demonstra o seu grande poder no final do filme e temos um deslumbre do que veremos no futuro. O professor Xavier de novo tem um grande destaque, principalmente no final do filme, mesmo com o lance “água com açúcar” entre ele e Moira Mactaggert (Rose Byrne). Tudo indicava nos trailers que a Mística seria algum tipo de líder dos X-Men durante o filme, mas isso não acontece, o que é muito bom já que temos um pouco mais de desenvolvimento para os novos personagens.




Do lados do vilões a situação é um pouco mais difícil. A minha birra principal com esse filme era o seu vilão. O visual “fraco” apresentado nos trailer virou motivo de piada, mas surpreendentemente ele funciona muito bem no filme. Oscar Isaac faz um ótimo trabalho mesmo com toda aquela maquiagem. Michael Fassbender de novo entre uma atuação fantástica, mas essa insistência de deixar o personagem quase como um “herói incompreendido” ainda me irrita. Como disse o Matheus no podcast, ele deveria seguir mais a linha que o Grant Morrison apresentou nos quadrinhos, como uma pessoa realmente má. Se já não bastasse todo o seu trauma da segunda guerra mundial, aqui ele ganha uma nova família. Esse arco é até bem apresentado, mas era algo que é desnecessário para o personagem. Só serve para tirar de uma situação A para uma situação B. Uma simples enrolação de roteiro. Seria bem melhor se o roteiro investisse na aproximação do seu filho Mercúrio (Evan Peeters) do que foi feito aqui. Mesmo com esses problemas o personagem ainda consegue brilhar. Anjo, Psylocke e Tempestade tem seus momentos, mas nada muito espetacular.




O filme tem três grandes cenas que justificam o preço do ingresso; A cena do Mercúrio que segue o mesmo estilo de “Dias de um Futuro Esquecido”. A cena do Arma-X, o segundo melhor Fan Service do ano, só atrás do Homem-Aranha em Guerra Civil. E a cena de “Duelo Mental” no final do filme. Acho que essa trilogia foi a que mais conseguiu aproveitar o personagem do Professor Xavier. Até mais do que nos quadrinhos ou nas animações. Aqui ele tem um grande destaque para a trama. Apesar da sua duração excessiva, Bryan Singer ainda consegue manter a mesma dinâmica de X-Men 1, 2, Primeira Classe e DDFE, com um roteiro bem amarrado e uma ótima interação entre os personagens. Infelizmente ele ainda esbarra em pequenos detalhes bobos como o uso excessivo de flashbacks e decisões forçadas para justificar alguns cortes de orçamento. De novo temos uma Mística e um Fera com desculpas esfarrapadas para não aparecerem de maquiagem em boa parte do filme. Esse tipo de coisa tira o boa parte da graça destes personagens. Eles são mutantes. Eles são diferentes do resto dos humanos. Esse é o apelo destes personagens.




John Ottman volta para a trilha sonora mais uma vez, e sim, temos a famosa marcha dos X-Men que apareceu lá no segundo filme. Outro detalhe legal são as músicas da trilha sonora, só com sucessos pontuais dos anos 80 como "The Four Horsemen" do Metallica e "Sweet Dreams" do Eurythmics. Com mais um filme seguro, dificilmente veremos esses personagens na Marvel Studios, mas a FOX precisa começar a explorar esses personagens de uma forma um pouco mais ousada nessa próxima fase “pós-Singer” mas mantendo alguns elementos estabelecidos pelo diretor.




Nota: 9 ( No sistema "Emma Simmons para Peggy Carter" NOTA Darcy Lewis AKA Kat Dennigs)




Nenhum comentário:

Postar um comentário