Finalmente chegou aos cinemas um dos filmes mais esperados desse ano.
O Hobbit: Uma Jornada Inesperada.
Não vou ficar aqui dando uma de "fã chato do livro" falando qual parte faltou, ou o que o Peter Jackson mudou. Acho que ele consegue adaptar bem essa história para o cinema, assim como a trilogia clássica trazendo um pouco mais de urgência para trama. O único ponto que eu acho que ele peca é no ritmo do filme, que poderia ser um pouco mais dinâmico. Acho que essa decisão de fazer três filmes para o livro é até válida, mas dá pra fazer os três filmes com pelo menos duas horas e meia de duração.
Mas sem dúvidas o grande ponto de discussão sobre o filme é a nova tecnologia dos 48 frames por segundo que está sendo chamada de HFR. Consegui ver o filme na única sala IMAX com essa projeção na América do Sul e uma sessão com a projeção normal em 24 fps. Originalmente a Warner só iria exibir o filme no cinemas nessa nova tecnologia, mas depois de um exibição de trechos do filme para imprensa, que resultaram em alguns review's negativos, o estúdio resolveu fazer um lançamento limitados dessa versão do filme. O estúdio até divulgou informações orientando o público para essa nova projeção.
“A ciência nos diz que os olhos humanos param de enxergar imagens individuais a partir de aproximadamente 55 fps. Assim, filmar a 48 fps dá uma ilusão maior de vida real. A redução do motion blur em cada quadro aumenta a nitidez e dá ao filme a sensação de que foi gravado em 65mm ou IMAX. Uma das grandes vantagens é o fato dos olhos verem o dobro do número de imagens por segundo, dando ao filme uma incrível qualidade imersiva. Isso faz a experiência 3D muito mais fluida e reduz o cansaço visual.”
E parece que esses 48 frames estão dividindo opiniões. Alguns adoraram, outros odiaram. Logo quando surge o Logo da MGM já levamos um choque, que dura pelo menos até uns quinze minutos do filme. Você tenta entender o que está acontecendo, é uma diferença muito grande de uma projeção normal, e temos a impressão que tudo está rápido demais. Com o passar do tempo, você começa a compreender todo esse processo, finalmente deixando a estranheza de lado.
A definição da imagem é uma coisa assustadora de tão perfeita. Quando temos um close do Gandalf, podemos ver cada fio de sua barba como se ele estivesse a poucos metros de você. Cada ruga e poro de sua pele em uma perfeição nunca antes vista no cinema. O 3D realmente fica bem melhor, tirando aquela sensação "forçada". Foi um dos melhores 3D no Cinema desde Avatar. Tudo muito bom, tudo muito bonito, tudo muito "brilhoso", mas será que realmente essa tecnologia vai pegar mesmo???
Olha eu realmente gostei muito da projeção, mas parece que falto algo lá. É como se faltasse a magia do cinema, sei lá, é difícil de explicar isso. Tirando a trilogia do Hobbit, o próximo diretor que vai embarcar nos 48 fps é James Cameron que vai gravar AVATAR 2 e 3 nessa tecnologia. Mas assim como o Hobbit, Avatar tem várias cenas que usam CG. Mesmo sendo uma tecnologia voltada mais para os filmes Blockbusters, eu gostaria muito de ver filmes que não usam CG sendo projetados em 48 fps. Será que ficaria com aquela cara de TV made? Será que a audiência que não acompanha muito os Blockbusters gostaria dessa tecnologia?
Vamos esperar, mas já possível afirmar que essa tecnologia ainda vai ter muita discussão nesses anos! Façam as suas apostas!
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