domingo, 20 de setembro de 2015

My Two Cents About: Nocaute




Fighters Fall. Champions Rise.


Billy "The Great" Hope (Jake Gyllenhaal) é um pugilista que vive em Nova Iorque com sua mulher Maurren (Rachel McAdams) e sua filha Leila (Oona Laurence). Durante uma defesa de título bem sucedida, Billy acaba sofrendo várias lesões e é logo convencido por sua mulher a se aposentar do esporte, mesmo desafiado pelo jovem e arrogante Miguel “Magic” Escobar (Miguel Gomez). Seu empresário Jordan Mains (50 Cent) ainda tenta negociar mais um contrato para Billy, que acaba recusando. Em um evento de caridade, Billy é provocado Escobar, resultando em uma grande confusão. Tiros são disparados e a esposa de Billy acaba morrendo. Este é o estopim para uma grande mudança na vida de Billy. Sua vida vira um inferno sem a sua esposa: Ele perde a guarda da filha, é suspenso do esporte, perde a sua casa. Billy precisa mudar sua vida e sair do fundo do poço se quiser ter a sua filha novamente. Para isso ele pede ajuda para Titus “Tick” Willis (Forest Whitaker), um treinador veterano, mas ainda relutante em treinar lutadores profissionais. 





Eu vou ser bem sincero, Nocaute (Southpaw) não difere de outros dramas com boxe de tema, mas consegue misturar quase todos os tipos deste filme em um só. Você pode ir aos dramas tradicionais (Rocky – Um Lutador, Girlfight, O Campeão). Os filmes com um olhar inusitado e diferente (Por uma boa Briga e Ajuste de Contas) ou Full Drama mesmo (Touro Indomável, O Vencedor e Menina de Ouro). O diretor Antoine Fuqua (Dia de Treinamento e O Protetor) faz uma grande colagem desses filmes e consegue um resultado final satisfatório. Uma boa história e uma grande entrega de seus atores, principalmente Jake Gyllenhaal que está em grande fase em sua carreira. Você vê que ele realmente se dedicou 100% para o papel. Ele é uma grande mistura do Rocky “Paizão” com um pouco do Jack LaMotta do De Niro e alguns traços de lutadores de hoje como Money Mayweather. Não sei se o Gyllenhaal vai ser indicado ao Oscar por este papel, mas o cara já está merecendo. Desde Os Suspeitos ele só entrega atuações memoráveis.




Adorei a química do Jake com a Rachel McAdams. Mesmo com pouco tempo no filme ela passa todo o peso e toda a representatividade da Maurren na vida do Billy. Ela praticamente tomava conta do cara, e quando ela se vai o cara realmente perde o rumo. Outro destaque é a jovem atriz Oona Laurence que interpreta a filha do casal. Ela atua de igual para igual com o Gyllenhaal. Essa garota vai longe. Na parte técnica o filme lembra muito o último filme da série Rocky, com uma fotografia meio cinematográfica, meio transmissão real de TV. Algumas cenas em câmera lenta e uma câmera em primeira pessoa, quase como uma GoPro, só que mais “caótica” foram alguns dos diferenciais, mas em sua maioria ainda segue a cartilha de “filmes de Boxe”


Rola até uma montagem musical de treinamento ao som de Eminem (Confesso que escutei NO EASY WAY OUT na minha mente nessa hora) e aquela velha “passagem rápida de rounds” com os dois adversários se enfrentando. Quando Jake está sozinho, ele geralmente está em lugares escuros e sombrios. É literalmente o fundo do poço para ele. E na medida que o filme vai avançando e Jake Billy vai reconstruindo sua vida, o filme ganha mais luz. Nocaute é um drama de boxe clássico: Tem uma história boa com um personagem buscando redenção e boas atuações. Já que este nobre esporte já não produz tantos personagens “reais” e memoráveis hoje em dia (Money Mayweather está aí para provar isso), o cinema ainda consegue produzir bons filmes sobre o esporte, embora ainda muito parecidos. 





Nenhum comentário:

Postar um comentário