quarta-feira, 28 de outubro de 2015

ESPECIAL HALLOWEEN 2015- My Two Cents About



"Sai de mim CRAMUNHÃÃÃÃÃÃO" - Alborghetti



Mais um especial de Halloween aqui no Speak Mellon, e esse ano a situação ficou pior. O cinema de horror tá beeeeeeem fraco. Praticamente nada me chamou atenção este ano. Tirando o Corrente do Mal, tivemos o de sempre: Remakes de merda, Found Footage's de merda e continuações de merda. Fiquei com os filmes zoeira do Eli Roth e a grande surpresa do ano. É isso! Não tem muita coisa pra falar. Esse é o nosso post safado do ano... E que eu não seja amaldiçoado pelo Zé do Caixão por a minha falta de fé com o gênero.



Canibais (The Green Inferno)




Ahhhh Eli Roth... Ame ou odeie o cara, pelo menos ele se esforça. Não espere o “mais novo e assustador” filme de terror do ano, mas pode ter certeza que você vai se divertir pelo menos. Roth estreou com o ótimo e divertido Cabana do Inferno (Cabin Fever, 2002), e depois continuou com o controverso torture porn, O Albergue (Hostel, 2005). Nesse meio tempo ele ficou Brother do Tarantino, fez participações em alguns filmes dele, dirigiu algumas séries de TV, mas resolveu voltar no já longínquo ano de 2013 com o filme CANIBAIS (The Green Inferno). 





O filme estreou no circuito fechado de festivais, e depois de muitos problemas, Roth finalmente conseguir distribuir o seu filme neste ano. Canibais é um projeto que presta homenagem ao clássico do terror italiano e um dos fundadores do gênero Found Footage, Holocausto Canibal (Cannibal Holocaust, 1980). Mas diferente do filme oitentista aqui não temos uma equipe de cineastas gravando um documentário no meio da floresta amazônica, e sim um bando de estudantes “engajados” com a preservação de uma tribo de índios peruanos que jamais tiveram contato com o mundo exterior e estão ameaçados pelo desmatamento desenfreado da região. Saca aquela galera do “Somos guarani kaiowá” de alguns anos atrás? A mesma merda aqui. Justine (Lorenza Izzo), filha de um representante da ONU e estudante metida a “engajada”, resolve a se juntar ao grupo de “esquerdinhas de iPhone” e viaja até o Peru para participar de um protesto. E é claro que dá merda e eles são feitos de reféns por uma tribo de índios canibais. SE FODE AE COMUNISTINHA DE FACULDADE! 


O grupo é formado por todos os clichês possíveis:


Gordo “Friend Zone” e NEGRO (Esse ganhou 2x na loteria dos filmes de terror)? CHECK

Líder que é um grande FILHO DA PUTA? CHECK

Cara mais ou menos simpático que vai se sacrificar no final para ajudar a garota? CHECK

Maconheiro que só faz merda (Esse com um plus, já que é interpretado pelo ruivinho de SPY KIDS)? CHECK

Garota lésbica “Maria Macho”? CHECK

Garota lésbica #2 que é a segunda mais gata do grupo? CHECK

Protagonista gata que vai sobreviver graças aos sacrifícios de outros/por algum tipo de ligação com alguém da tribo/por alguma outra situação DEUS EX MACHINA? CHECK


Malandro é o Eli Roth que casou com a Lorenza Izzo. 


É claro que esse filme não teria o mesmo impacto do clássico, mas presta uma boa homenagem. É uma versão “light” e despretensiosa. Isso pode ter deixado uma má imagem com o público, já que a maioria esperava um banho de sangue no cinema. Como eu já disse, o diretor nunca teve uma pegada séria. Ele é tipo o Massacration. É quase uma paródia do gênero. Realmente os fãs “Tr00” de terror irão torcer o nariz para este filme. Mas se você não liga para isso e só quer ver aquele terror Gore divertido, essa é a escolha perfeita para o dia 31 de Outubro. 







Bata antes de Entrar (Knock Knock)




Não contente em refazer Holocausto Canibal, Eli Roth resolveu dirigir o remake de Death Game, clássico do cinema Grindhouse dos anos 70. Na versão de 2015, Keanu “WOW” Reeves interpreta o arquiteto Evan Webber, que vive feliz com a sua esposa espanhola e seus dois filhos em Los Angeles. Sua família sai para viajar no fim de semana, mas Evan fica em casa para terminar um trabalho. Sua rotina é interrompida quando duas garotas (De novo, Lorenza Izzo e a espanhola Ana de Armas) chegam durante a madrugada batendo em sua porta para pedir ajuda. 


Com disse um sábio brasileiro: SE É LOKO CACHUERA... SÓ POR DEUS IRMÃO!

Ménage à trois... A fantasia preferida de 13 em cada 10 homens. Juntos com o “The Power of the Boner” e uma janela aberta para “pulada de cerca” no casamento, são uma mistura perigosa. E é o que acontece aqui. Acho 99,9% dos homens cairiam nessa armadilha. Principalmente os casados!!!  Evan não resiste e acaba cedendo às investidas das garotas. E é claro que isso acaba dando merda, já que as duas são duas MALUCAS DO CARALHO que simplesmente resolvem foder com a vida do cara. Ele vira refém das garotas e acaba sendo torturado. Evan precisa se livrar das garotas antes que sua família volte... Ou sua vida chegue ao fim.  

Se vira nos paranauê agora, Neo!

Tirando um grande furo de roteiro, eu achei legal a mistura bizarra de seriedade da cinematografia, com a atuação digna de um filme estilo Grindhouse... Ou o Keanu Reeves simplesmente resolveu atuar como Bill & Ted aqui. Como em Canibais, Eli Roth gosta tratar esse tipo de situação com muito humor. Não tem como você não dar risada de algumas situações no filme. Não tem gore e violência exagerada. Se você não for um daqueles caras que são “revoltados” com as mulheres, que acham que a maioria das feministas são verdade “Feminazis”, esse filme realmente não vai te assustar. 







Corrente do Mal  (It Follows)





Mas a melhor pedida para este Halloween é o filme Corrente do Mal, segundo filme do diretor David Robert Mitchell. A jovem Jay (Maika Monroe de The Guest) leva uma vida tranquila na “Privada da América”, Detroit. Vai pra faculdade local, rolê no cinema, fica brisando na piscina de plástico do Gugu. Gosta daquela vida “bucólica” de adolescente americano. Após uma transa com o seu “ficante” (desculpe pelo termo CAPRICHO), ele revela que tinha um demônio em seu corpo. Ele pegou este demônio transando com outra garota antes e que agora ele tinha passado este demônio para ela, e que o único jeito de Jay se livrar da maldição é ela “passar” adiante para outra pessoa... Transando! Sim, é uma DST Infernal (TUDUM PSSS...). Caso ela não faça isso, esse demônio vai aparecer para matá-la, assumindo a forma de qualquer pessoa a qualquer momento. Se ele conseguir fazer isso, ele vai atrás da pessoa que pegou a maldição anteriormente. Ah é, e só a pessoa que está com a maldição pode ver o demônio vindo. 






Esse é um dos melhores conceitos apresentados em filmes de terror nos últimos tempos. Você literalmente pode morrer a qualquer momento. Em uma das cenas, o demônio chega no meio da aula da garota... E ela só pode correr, já que só ela vê o cramunhão vindo. O clima do filme também é espetacular. Em seu primeiro filme, The Myth of the American Sleepover o diretor já brincava com um visual atemporal. Era um filme sobre o último verão de um grupo de estudantes colegiais, mas você realmente não consegue definir em que ano o filme se passa. Em Corrente do Mal esse conceito é ampliado, já que Detroit é uma cidade fodida. Você não sabe se o filme se passa nos anos 80 ou se tudo é decadente mesmo. O subúrbio vazio é sombrio e dá um tom mais assustador ainda. Você não vê smartphones e nem carros novos. É tudo muito atemporal e estranho. Isso te deixa bolado e às vezes te tira um pouco da atenção da trama até que BOOM... O demônio aparece do nada e te dá um puta susto.  A trilha de sintetizadores do Disasterpeace remete aos clássicos do John Carpenter. Uma das melhores trilhas sonoras do ano. É o melhor filme de terror de 2015 e dos últimos anos. Arrisco dizer que é o melhor desta década, pelo menos no cinema de terror americano. 






E SEXTA-FEIRA TEM PODCAST ESPECIAL! FELIZ HALLOWEEN!

Nenhum comentário:

Postar um comentário