"DEUS EX MACHINA"
Chegou a hora de conhecer os melhores filmes do ano que “já passou”. Este é o post mais aguardado do ano. O post que compensa toda a minha “vagabundagem”, já que tivemos poucos posts em 2018. Como vocês já estão acostumados, vou deixar as minhas considerações sobre as escolhas desta lista e informar uma pequena novidade.
Primeiro: Nas edições passadas eu praticamente retirava qualquer filme que tinha disputado a última edição do Oscar. Esse ano eu meio que voltei atrás em alguns filmes. Alguns destes filmes não tiveram o seu devido reconhecimento. Não irei colocar A Forma da Água na lista porque o filme ganhou a glória máxima em 2018. Oscar de Melhor Filme e Diretor para o nosso gordinho, Guillermo del Toro.
Segundo: Black Mirror - Bandersnatch
...
Vamos lá!
Eu não considero isso um “Filme”, e sim um “jogo” da Netflix. Também não acho inovador como todos estão dizendo. Ainda não vi, mas para mim ele não entra nesta lista. Talvez dispute com o Detroit: Become Human como melhor jogo de Point-and-Click. Aí você pode pedir a opinião para os especialistas em game aqui do blog.
Terceiro: Como sempre, EU NÃO VI TODOS OS FILMES IMPORTANTES DO ANO! Infelizmente não consegui ver produções como Operação: Overlord, Suspiria, Os Incríveis 2, Halloween 2018, Guerra Fria e Bird Box (esse último eu ainda não vi porque a chatice dos fãs me fez ter asco antes de conferir). Se eles realmente forem bons, talvez eu coloque na lista de 2019.
E por último, a novidade “não tão nova”
Não tão nova porque isso meio que já aconteceu na lista passada. Os outros membros e colaboradores do blog também fizeram suas pequenas listas. Mas esse ano não tem só filmes. Não é todo mundo aqui que tem saco e paciência para ver filmes... mas tem muito tempo livre para outras mídias. Então você vai ver animes, jogos e FAILS de 2018 no fim do post.
E para você ler este post com música, fique com a nossa playlist especial com a trilha sonora dos filmes escolhidos.
Sem mais delongas: ESSES SÃO OS MELHORES FILMES DE 2018!
41 – Jogador Nº1
Baseado no livro homônimo de Ernest Cline, o filme é ambientado no ano 2045. Com o mundo à beira do caos e do colapso, as pessoas encontraram refúgio no OASIS, um amplo universo de realidade virtual criado pelo genial e excêntrico James Halliday (Mark Rylance). Quando Halliday morre, ele deixa sua fortuna para a primeira pessoa que encontrar o tesouro que ele escondeu em algum lugar do OASIS, dando origem a uma competição que envolve o mundo inteiro. Quando um jovem e improvável herói chamado Wade Watts (Tye Sheridan) decide participar da competição, ele entra em uma caça ao tesouro arriscada e capaz de distorcer a realidade, através de um universo fantástico de mistério, descoberta e perigo.
Nós aqui do blog gravamos DOIS MellonCasts sobre o assunto. Um sobre o livro e outro sobre o filme. É uma adaptação que acerta em vários pontos, mas peca em outros se comparado ao livro original.
40 – Sicario: Dia do Soldado
A guerra contra o tráfico de drogas não tem regras. O agente federal Matt Graver chama Alejandro, cuja família foi assassinada pelo chefe de um cartel, para ajudá-lo a combater a guerra com métodos ilícitos. Alejandro acaba se vendo em uma encruzilhada moral e suas escolhas podem acabar desencadeando uma sangrenta guerra entre cartéis.
39 – Aquaman e Deadpool 2
Chegou a hora da famosa “gambiarra” da lista. Deadpool 2 e Aquaman foram os filmes de Super-herói “Ok” de 2018. Não são ruins, mas também chegam perto dos outros dois desta lista. Deadpool 2 é um filme engraçado. Ganhou mais duas versões no mesmo ano. Um com mais piadas Rated-R e uma versão PG-13. Aquaman é um ótimo filme. Diverte com o seu “Arroz & Feijão” que a Warner deveria ter feito desde o começo do DCEU.
Os dois “Passaram de ano”.
38 – Operação Red Sparrow
Outrora talentosa bailarina, Dominika Egorova (Jennifer Lawrence) é convencida a se tornar uma Sparrow, ou seja, uma sedutora treinada na melhor escola de espionagem russa. Após passar pelo árduo processo de aprendizagem, ela se torna a mais talentosa espiã do país e precisa lidar com o agente da CIA Nathaniel Nash (Joel ESPERO QUE SEJA O NOVO WOLVERINE” Edgerton). Os dois, no entanto, acabam desenvolvendo uma paixão proibida que ameaça não só suas vidas, mas também as de outras pessoas.
A opinião geral é que a imagem da Jennifer Lawrence está meio “desgastada”. Ela até deu uma pausa em sua carreira depois deste filme. Ela pode ter perdido aquela “humildade” fora das câmeras, mas seu talento continua inabalável. Esse seria um grande filme da Viúva Negra no cinema. Acho que a Marvel Studios tem um problema grande sem suas mãos. Vai ter que fazer um filme bem melhor do que esse.
37 – Gemini
Um crime hediondo testa a complexa relação entre uma assistente pessoal (Lola Kirke) e sua chefe (Zoë Kravitz), uma estrela de Hollywood. Enquanto a assistente tenta desvendar o mistério, a atriz deve lidar com um policial (John Cho) determinado a fazer o seu trabalho.
Esse foi o ano do Neo-Noir no cinema. Gemini é um ótimo exemplo de que dá para fazer muito com pouco. Lola Kirkle como a assistente pessoal que tem sua vida jogada em uma espiral de problemas é o grande destaque aqui. E para quem gosta de Noir, o filme tem algumas referências legais.
36 – O Culto
Dois irmãos, Justin (Justin Benson) e Aaron (Aaron Moorhead) foram criados numa seita religiosa do qual fugiram quando Justin percebeu a possibilidade da ocorrência de um suicídio em massa. Dez anos depois eles recebem uma mensagem bastante enigmática. Nela, um membro desta comunidade fala de uma ”ascensão” iminente, e então eles resolvem regressar ao local onde eram realizados os cultos em busca de respostas. Mas, ao chegarem, descobrem que o “Culto” pode afinal não ser o que pensavam e começam a duvidar, inclusive, se serão bem-vindos.
Outra produção independente que consegue tirar “leite de pedra”. Justin Benson e Aaron Moorhead fazem tudo neste filme. Escreveram, dirigiram e atuaram nesta produção bastante influenciada por H.P. Lovecraft. Um Sci-fi inteligente e que te prende até o final. Você quer saber o que está acontecendo neste “Culto”.
35 – A Grande Jogada
Após perder a chance de participar dos Jogos Olímpicos devido a uma fatalidade que resultou em um grave acidente, a esquiadora Molly Bloom (Jessica Chastain) decide tirar um ano de folga dos estudos e ir trabalhar como garçonete em Los Angeles. Lá, conhece Dean Keith (Jeremy Strong), um produtor de cinema que decide contratá-la como assistente, e logo Molly passa a coordenar jogos de cartas clandestinos, organizados por Dean, que conta com clientes muito ricos e famosos.
A produção é baseada no livro de memórias de Molly Bloom, uma ex-esquiadora que ficou conhecida como a "Princesa do Pôquer". Além de mostrar os bastidores dos jogos que tinham a participação de estrelas de Hollywood e milionários de Wall Street, o filme mostra o momento em que Molly começou a ser investigada pelo FBI, acusada de organizar eventos ilegais e de envolvimento com a máfia russa. A Jessica Chastain dá mais um show de atuação aqui. Aliás, a própria Molly Bloom escolher a atriz para o filme. Idris Elba como o advogado da Molly é outro destaque. Uma curiosidade: O personagem “Player X”, que no filme é interpretado pelo Michael Cera, faz uma alusão a outro ator de Hollywood que fez parte dos jogos reais. Esse ator é nada mais nada menos que o nosso Spider-Man, Tobey Maguire.
Ah... e essa é a estreia como diretor do grande Aaron Sorkin. Grande roteirista e produtor de grandes filmes e séries de TV como A Rede Social e West Wing.
34 – A Rota Selvagem
Ao ficar sozinho após a morte de seu pai, o jovem de 15 anos Charlie Thompson (Charlie Plummer) embarca em uma viagem perigosa com um cavalo de corridas roubado em busca de sua tia, sobre a qual não tem notícias há muito tempo.
A especialidade da produtora A24 é os filmes Coming-of-Age. Sempre com uma abordagem realística e dramática, esses filmes realmente te pegam pela emoção. A Rota Selvagem é aquele drama no melhor estilo “sessão da tarde”. O famoso filme “de bicho”.
Sem dar muito spoiler, esse filme tem uma das cenas mais tristes de 2018.
33 – A Floresta das Almas Perdidas
No interior de Portugal, em uma remota floresta conhecida pelas recorrentes práticas de suicídio, duas pessoas se encontram. Ricardo é um pai de família que recentemente perdeu a filha e tem dificuldades em lidar com a situação, e Carolina é uma jovem no começo da vida adulta que tem gostos sombrios peculiares que envolvem a morte.
Falei um pouco sobre este filme lá no nosso especial de Halloween. Dá uma conferida!
32 – Eu, Tonya
A vida da ex-patinadora no gelo Tonya Harding (Margot Robbie) é bem polemica. Durante a década de 1990, ela conseguiu superar sua infância pobre e emergir como campeã do Campeonato de Patinação no Gelo do Reino Unido e segunda colocada no campeonato mundial. Porém, ela ficou realmente conhecida quando seu marido, Jeff Gilloly (Sebastian Stan), e dois ladrões tentaram incapacitar uma de suas concorrentes quebrando a perna dela durante as Olimpíadas de 1994. Um dos episódios mais surreais da história do esporte mundial.
Margot Robbie não só produz o filme, como entrega uma fantástica atuação que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de 2018.
31 – Bomb City
Brian (Dave Davis) e seus amigos formam um grupo punk rock com forte personalidade e que rejeita o status quo da cidade de Amarillo, Texas. As diferenças de estilo e atitude entre o seu grupo punk e os atletas da escola gera uma grande rivalidade, que acaba num duelo violento.
Bomb City conta a história real de um crime controverso nos EUA. Um crime que mostrou claramente que o sistema judicial americano não é justo e que serve só para os ricos e descrimina determinados tipos de pessoas que não se enquadram no “padrão” normal da sociedade. Aliás, isso é meio que uma regra geral para quase todos os países no mundo, mas é legal ver isso sendo mostrado em um filme americano.
30 – Eu Mato Gigantes
Barbara Thorson (Madison Wolfe) é uma adolescente que escapa das realidades da escola e de uma vida familiar problemática, recuando para o seu mundo mágico de combater gigantes doentios. Com a ajuda de sua nova amiga Sophia (Sydney Wade) e sua conselheira escolar, Barbara (Zoë Saldaña), aprende a enfrentar seus medos e a combater os gigantes que ameaçam seu mundo.
Dirigido por Anders Walter, O filme é uma adaptação da graphic novel de Kelly e Ken Niimura com o mesmo nome e que foi publicada pela Image Comics. É o “Sete Minutos depois da Meia-Noite” de 2018, já que as duas obras são bem parecidas. E se você viu o filme de 2016, já sabe bem o que esperar. É aquela história que consegue falar com todas as idades. O drama da protagonista é algo universal. Separe os lenços para este aqui: Você vai se emocionar!
29 – Flower
A rebelde Erica Vandross (Zoe Deutch) é uma garota de 17 anos que vive com sua mãe solteira, Laurie (Kathryn Hahn), e o novo namorado de sua mãe, Bob (Tim Heidecker), em San Fernando Valley, Los Angeles. Um dia, Luke (Joe Morgan), o filho de Bob que é desequilibrado mentalmente, chega da reabilitação para viver com a família. Por conta disso, a vida de Erica fica sobrecarregada. Com Luke e suas amigas Kala (Dylan Gelula) e Claudine (Maya Eshet), Erica acaba expondo o segredo obscuro de um professor de ensino médio.
O subgênero de comédia adolescente já foi feito milhares de vezes. Quase não dá para explorar muita coisa aqui. E para ser sincero, é cada vez mais raro esses filmes hoje. Flower consegue ser engraçado e até ousado em sua história. E consegue fazer isso sem ser forçado ou apelativo. E ainda consegue falar sobre assuntos sérios como depressão e abuso sexual. A Zoe Deutch tem um futuro brilhante em Hollywood.
28 – Hot Summer Nights
No verão de 1991 em Cabo Cod, Massachusetts, um jovem solitário (Timothée Chalamet) que chega no local acaba fazendo amizade com o rebelde da cidade (Alex Roe), se apaixonando pela garota mais linda do local (Maika Monroe) e se envolve com um ambiente de drogas.
A24 de novo, pessoal. Sim... mais um Coming-of-Age aqui na minha lista. Eu gosto muito deste subgênero. E se vem acompanhado de atores talentosos e uma história que consegue fugir de alguns clichês, aí é sucesso comigo. O final desse filme é fantástico. Nem tudo termina bem neste tipo de história. A ambientação do começo dos anos 90 é perfeita.
É um filme da A24. Nem pensa muito. Pode assistir que eu garanto!
27 – Roman J. Israel, Esq.
Roman Israel (Denzel Washington) é um advogado de defesa idealista que decide mudar de firma após a morte do seu mentor e chefe. Ele passa por uma crise moral ao precisar defender Langston Bailey (Niles Fitch), um homem acusado de homicídio.
Outro filme que foi injustiçado na última edição do Oscar. Roman J. Israel, Esq. É quase um filme “utópico”. Utópico porque a missão do personagem principal vai totalmente contra o que o sistema judiciário americano (e mundial). Neste fim de ano eu vi uma postagem na minha TL do Facebook que dizia que os advogados americanos não defendiam clientes que usavam dinheiro ilícito, já que isso os tornaria cúmplices e até acarretaria como formação de quadrilha.
Isso é verdade, mas a postagem não fala como o sistema judicial americano é um grande “mercado” acordos judiciais. Acordos que geralmente acontecem de forma mais injusta se você faz parte de alguma minoria. O conceito de Justiça justa não existe quando você trata tudo como negócio. Sim, grandes firmas e escritórios de advocacia precisam ganhar o seu dinheiro, mas em sua grande maioria ainda vende a imagem de transparência para os seus clientes.
O personagem do Denzel - que lhe rendeu mais uma indicação ao Oscar - é um cara das antigas. Militante de causas sociais e raciais. Quando ele entrar para o mundo “corporativo” de uma grande firma, seus ideais são colocados à prova. É mais um filme que mostra que o quanto o sistema americano é falho e que que faz parte de uma grande engrenagem que visa lucrar o máximo possível. Não é à toa que o país que tem a maior população carcerária do mundo, com cerca de 2,3 milhões de presos.
26 – IN DEN GÄNGEN (In the Aisles)
Um jovem (Franz Rogowski) começa a trabalhar com cargas em um supermercado de uma cidade pequena na Alemanha e começa a se aventurar pelo lugar simultaneamente familiar e não descoberto: descobrindo passagens, driblando as horas de maior movimento e andando para cima e para baixo com sua empilhadeira. As coisas mudam um pouco quando ele se apaixona por uma colega de trabalho (Sandra Hüller). O único problema é que ela é casada.
Sim, o filme é bem simples. É o famoso Slice of Life. Você acompanha a rotina quase maçante de trabalho do protagonista. Mas o grande lance do filme é como isso é mostrado. Quando o protagonista precisa aprender a controlar a empilhadeira, você compra a dificuldade dele e torce para que tudo dê certo. O jeito como ele se relaciona com os seus colegas. Os dramas pessoais de cada um daquele mercado. Como as pessoas se comportam em um ambiente de trabalho em uma sociedade que não é muito aberta ou “calorosa” se comparada a nossa.
25 – Bumblebee
Fugindo no ano de 1987, Bumblebee encontra refúgio em uma pequena cidade litorânea da Califórnia. Charlie (Hailee Steinfeld) que está prestes a fazer 18 anos e tenta encontrar seu lugar no mundo, encontra Bumblebee, quebrado e com cicatrizes de batalha. Quando ela o revive, logo descobre que esse não é um fusca amarelo comum.
FINALMENTE PODEMOS DIZER COM SEGURANÇA: TEMOS UM LIVE ACTION DOS TRANSFORMERS!
E um Live Action realmente bom. Primeiro que temos o visual clássico da animação (G1). Segundo que temos um filme que realmente respeita os fãs da franquia. Nada de trama complicada ou cheia de personagens. Um recomeço “fresco” para uma franquia que precisava sair da mão pesada do Michael Bay. O diretor ainda continuar como produtor executivo, mas agora temos um filme que é fiel ao produto original. A Hailee Steinfeld manda muito bem como a primeira protagonista. Trama redondinha, seguindo a cartilha do “E.T.” do “Gigante de Ferro”.
24 – Thoroughbreds
Duas adolescentes de classe alta do subúrbio de Connecticut, EUA, reavivam sua improvável amizade depois de anos de distanciamento. Juntas, elas armam um plano para resolver os problemas que estão vivendo - não importando o custo.
Eu falei mais sobre esse filme no MellonCast de indicações de 2018. É com certeza um dos filmes mais inusitados do ano. A direção é impecável aqui. O filme tem uma hora e meia de duração, mas tem um ritmo calmo e que destoa da maioria dos filmes sobre adolescentes. Olivia Cooke e Anya Taylor-Joy (a Crush do Geraldo Bosco) dão um show aqui. E ainda temos o último trabalho em tela do ator Anton Yelchin, que faleceu em 2016.
23 – Vingança
Três homens casados e ricos fazem anualmente uma espécie de caçada no deserto do Novo México nos EUA. Desta vez, um dos empresários decide levar sua amante, mas ela acaba sendo abandonada para morrer. Agora, eles enfrentam as consequências de uma mulher simplesmente não quer morrer e que deseja vingança.
Outro filme que comentei lá no especial de Halloween. Vingança é mais um grande filme de Terror francês. Estiloso e bem dirigido, consegue ser violento na medida certa.
22 – Eighth Grade
Kayla (Elsie Fisher), de 13 anos, como toda jovem do subúrbio americano, sofre na última semana do ensino fundamental - o fim de seu até agora desastroso ano da oitava série/nono ano - antes de começar a frequentar uma escola nova no ensino médio.
Esse só não é o meu “Coming-of-Age da A24” favorito do ano porque temos outro filme deles nesta lista que me atingiu mais pessoalmente. Mas é seguro dizer que Eighth Grade é um grande filme. Acho que todos já passaram (ou ainda passam) pelos mesmos problemas que a protagonista filme enfrenta no filme. A urgência de fazer parte de um grupo. A dificuldade de se relacionar com novas pessoas. A ansiedade e a timidez que jogam pra baixo. Tudo isso em um mundo onde as redes sociais ditam as regras de comportamento, e como nós colocamos uma “máscara” todos os dias nestas redes. Um lugar onde tudo é perfeito e todos são “descolados” e confiantes. Diferente de suas versões “do mundo real”.
De novo, a A24 escolhe filmes com abordagens reais e que falam com todas as idades. É um retrato muito real sobre a nossa sociedade.
“GUCCI”
21 – Homem-Formiga e a Vespa
Scott Lang (Paul Rudd) lida com as consequências de suas escolhas tanto como super-herói quanto como pai. Enquanto tenta reequilibrar sua vida com suas responsabilidades como o Homem-Formiga, ele é confrontado por Hope van Dyne (Evangeline Lilly) e Dr. Hank Pym (Michael Douglas) com uma nova missão urgente. Scott deve mais uma vez vestir o uniforme e aprender a lutar ao lado da Vespa, trabalhando em conjunto para descobrir segredos do passado.
Mais um grande acerto do Marvel Studios. O filme venho logo depois de Vingadores: Guerra Infinita. A carga dramática estava lá na tampa. Mas aí vem a Marvel e nos entrega mais uma aventura divertida e engraçada para balancear tudo. Bem, pelo menos até a cena pós-créditos. Paul Rudd e Evangeline Lilly tem uma química fantástica em cena. A vilã é bem interessante, e desta vez temos um Michael Douglas participação mais ativa na trama, ao invés de ser um personagem que só serve para entregar diálogos de exposição.
20 – Pantera Negra
Após a morte do rei T'Chaka (John Kani), o príncipe T'Challa (Chadwick Boseman) retorna a Wakanda para a cerimônia de coroação. Nela são reunidas as cinco tribos que compõem o reino, sendo que uma delas, os Jabari, não apoia o atual governo. T'Challa logo recebe o apoio de Okoye (Danai Gurira), a chefe da guarda de Wakanda, da irmã Shuri (Letitia Wright), que coordena a área tecnológica do reino, e também de Nakia (Lupita Nyong'o), a grande paixão do atual Pantera Negra, que não quer se tornar rainha. Juntos, eles estão à procura de Ulysses Klaue (Andy Serkis), que roubou de Wakanda um punhado de vibranium, alguns anos atrás.
Pantera Negra é um bom filme de origem. Acho que peca em alguns momentos e em alguns pontos de roteiro, mas a sua importância na história do cinema é inegável. Tanto que a Marvel Studios acredita que o filme possa competir com chances reais no próximo Oscar. Não é o primeiro herói negro no cinema, mas é o primeiro a ter um real protagonismo em cena. A mistura de várias culturas africanas em um cenário futurístico também é um dos destaques.
19 – Noite de Lobos
No deserto frio e remoto do Alasca, uma caçadora de lobos encontra uma criança morta por um grupo de lobos. Durante a investigação do crime, um biólogo especialista é chamado para analisar o ocorrido. Porém, além do crime, ele se depara com uma trama que envolve uma mãe secreta, que desapareceu, e um pai que acaba de retornar do Iraque e é levado à loucura, com a notícia da morte de seu filho.
Outro filme que eu comentei lá no especial de Halloween. Jeremy Saulnier (dos ótimos Blue Ruin e Sala Verde) nos entrega mais um filme interessante. É com certeza um dos melhores diretores indies da atualidade. A Netflix acertou esse ano em trazer bons nomes para o seu catálogo.
18 – Apóstolo
No ano de 1905, Thomas Richardson (Dan Stevens do ótimo THE GUEST) viaja para uma ilha remota em busca de sua irmã. Um misterioso culto religioso a raptou e agora pede uma grande quantia de dinheiro por seu resgate. Porém, eles logo percebem que mexer com Thomas foi um erro e ele torna sua missão desencavar todas as mentiras sob as quais o culto foi construído.
Outro do especial de Halloween (como é fácil mandar vocês clicarem em outro link, né?). O sempre competente Gareth Evans (The Raid 1 e 2) nos traz uma história interessante sobre um culto misterioso em uma ilha britânica do século XX.
17 – Doce Virginia
Um roubo seguido de morte abala uma pequena cidade do Alasca, em particular duas mulheres, que ficaram viúvas em consequência do crime, e um amigo delas, Sam (Jon Bernthal). Ele, um antigo astro de rodeios, dá início, sem saber, a um relacionamento com o jovem responsável pelos atos de violência que tomaram a cidade de assalto. Agora Sam, um herói já não tão jovem, deverá encarar as relações entre passado e presente para lutar contra este inesperado predador.
Jon Bernthal está perfeito nesse "Neo-Noir/Thriller/Neo-Western". A direção é fantástica. O filme te deixa tenso até a última cena.
16 – Hostiles
Em 1892, um capitão do exército (Christian Bale) escoltou relutantemente um chefe da guerra cheyenne e sua família de volta à sua terra tribal. Os viajantes precisam se unir para sobreviver a uma paisagem inclemente e que está repleta de comanches hostis.
Impressionante como o Christian Bale é fantástico. Acho que nunca vi uma atuação ruim deste cara. Mesmo no Terminator 4 ele manda muito bem. Hostiles é um grande filme. É raro ver um bom faroeste hoje em dia, mesmo com a falta de desenvolvimento de alguns personagens, o filme trabalha muito bem um assunto que continua espinhoso para os americanos. Ainda sinto falta de um filme com a visão indígena sobre o assunto. No ano passado tivemos Wind River que também foca nas dificuldades dos nativos americanos, mas nada ainda muito significativo da parte deles. Assista para ver mais um show de atuação do Christian Bale. O cara é um monstro!
15 – Aniquilação
Uma bióloga (Natalie Portman) se junta a uma expedição secreta com outras três mulheres em uma região conhecida como "shimmer", um local isolado da civilização onde as leis da natureza não se aplicam. Lá, ela precisa lidar com uma misteriosa contaminação, um animal mortal e ainda procura por pistas de colegas que desaparecem, incluindo seu marido (Oscar Isaac).
E o melhor Sci-Fi do ano vai para Aniquilação. Alex Garland (Ex-Machina) adapta o livro homônimo do escritor norte-americano Jeff VanderMeer. Uma obra que explora muito bem as ideias de duplicação, autodestruição e mutação. Tudo isso é trabalhado na jornada dos personagens dentro do “shimmer”. Um local em constante mutação. Um lugar que sofre da influência de algo estranho e fora de nossa realidade.
A abordagem do Alex Garland para forma alienígena da trama é genial. Geralmente nesse tipo de história os alienígenas têm formas humanoides. Desejos e motivações que remetem a nossa própria existência. Isso sempre me deixou pensativo, já que uma forma de vida de outro planeta com certeza não teria evoluído como nós. Sendo assim, sua aparência e motivação teriam que ser algo totalmente inexplicável para nós. Neste ponto o filme é perfeito. Principalmente em seu clímax.
Eu recomendo muito a análise do canal Lessons from the Screenplay sobre as ideias do filme.
Eu recomendo muito a análise do canal Lessons from the Screenplay sobre as ideias do filme.
14 – Projeto Flórida
Moonee (Brooklynn Prince), uma agitada garotinha, faz novas amizades nas redondezas dos parques Disney. Ela vive com a mãe em uma hospedagem de beira de estrada e as duas contam com a proteção do gerente Bobby (Willem Dafoe) na batalha diária pela sobrevivência.
Como um filme desse só tem UMA INDICAÇÃO para o OSCAR?! Assim como o "American Honey" fez, Projeto Flórida mostra um EUA mais "real" e totalmente diferente do que é mostrado em várias mídias. Um EUA que também vive na pobreza e dificuldades. Um drama que merecia mais atenção no último Oscar.
13 – Minding the Gap
Através de sua amizade pelo Skate, três jovens se juntam para conseguirem escapar de suas famílias voláteis e da cidade onde nasceram, localizada em uma parte dos EUA que passa por um declínio da indústria. Enfrentando a responsabilidade da vida adulta, revelações inesperadas ameaçam a longa amizade do grupo.
Documentário surpreendente sobre amizade, amadurecimento e violência doméstica. Esse filme me pegou, já que os três amigos passam por sérias dificuldades em evoluir em suas vidas pessoais. Traumas da infância que ainda atormentam e influenciam suas atitudes nesse começo de vida adulta. Se você já está no seus mid 20’ ou mid 30’s, esse documentário vai te fazer refletir sobre várias coisas.
12 – No Coração da Escuridão
O ex-militar capelão Toller (Ethan Hawke) sofre pela perda do filho que ele encorajou a se alistar nas forças armadas. Um outro desafio começa quando ele faz amizade com a jovem paroquiana Mary (Amanda Seyfried) e seu marido, que é um ambientalista radical. Toller logo descobre segredos escondidos de sua igreja com relação a empresas inescrupulosas.
Escrito e dirigido pelo grande Paul Schrader (Taxi Driver, Gigolô Americano, Touro indomável), No Coração da Escuridão explora temas parecidos de outro filme que gerou muita polêmica em 2017. Se o filme Mãe! falava sobre religião e meio ambiente de um forma meio “alegórica” e superficial, Primeira Reformada mete o dedo dentro da ferida. Com sal e ainda gira para doer mais. Corporações que agridem o meio ambiente e que usam religião para desviar a atenção de seus atos é o grande conflito do filme.
Junte tudo isso com um personagem totalmente quebrado e desiludido com a sua própria fé. Tudo isso com uma pegada “Taxi Driver” e um dos finais mais enigmáticos dos últimos anos. No Coração da Escuridão é um filme perfeita para este momento. Principalmente em um país com um novo governo que está doido para jogar o meio ambiente ainda mais no lixo, e ainda usar religião para justificar os seus futuros atos.
11 – Mid90s
Aos 13 anos, Stevie (Sunny Suljic) é um garoto de Los Angeles tentando curtir o início da adolescência enquanto tenta relevar o relacionamento abusivo com o irmão mais velho. Em plena década de 90, ele descobre o skate e aprende lições de vida com o seu novo grupo de amigos.
E o melhor filme “Coming-of-Age” vai para Mid90s. Estreia do ator Jonah Hill na cadeira de diretor. E que estreia, hein? O filme consegue captar fielmente os anos 90 na tela. Dos pequenos detalhes como marcas, roupas, penteados e gírias. Passando pela trilha sonora matadora com clássicos do Hip-hop e do Rock Underground. E em outros elementos que dão mais trabalho, como carros daquela época. Esse filme tem pelo menos duas cenas no meio de uma rua movimentada de Los Angeles. E todos... eu disse TODOS os carros eram daquela época. Não feito em CGI. Tudo verdadeiro.
A história do filme é bem legal também. Não basta ser só referências daquela época. Tem que ter algo ali que te prende. Logo no início do filme temos uma cena que Stevie invade o quarto de seu irmão. Lá ele começa a escutar os CDs e fitas cassete do seu irmão. Ele começa a desenvolver seu gosto musical e interesse por coisas de adolescente. Logo depois ele conhece a galera que anda de Skate em seu bairro. Logo vem a urgência de tentar se enturmar com eles, a primeira vez que ele acerta um ollie, a primeira mina que ele pega, etc. Lembro de passar por isso também. Acho que todo mundo já foi um pouco como o Stevie. Mais uma vez a A24 escolhe um ótimo projeto. Fiquem de olho no Jonah Hill como diretor. Vai vir mais coisa boa por aí.
10 – Um Lugar Silencioso
A trama mostra uma família – pai e mãe e seu casal de filhos pequenos – vivendo isolados, se escondendo de criaturas monstruosas que são atraídas pelo som. Na rotina da família, é preciso ficar em silêncio e qualquer mínimo barulho pode ser fatal. Para isso, eles aprendem a se comunicar através de linguagem de sinais. Uma tragédia logo no começo da história abala a estrutura da família que precisa se preparar para a chegada de um novo bebê.
Outro filme que eu comentei lá no especial de Halloween. Estreia do ator John Krasinski na cadeira de diretor. Filme tenso e com uma ótima premissa. Essa ideia realmente te prende durante todo o filme. Uma continuação já confirmada para 2020.
09 – O Primeiro Homem
A vida do astronauta norte-americano Neil Armstrong (Ryan Gosling) e sua jornada para se tornar o primeiro homem a andar na Lua. Os sacrifícios e custos de Neil e toda uma nação durante uma das mais perigosas missões na história das viagens espaciais.
Terceiro filme do jovem diretor Damien Chazelle (Whiplash e La La Land), O Primeiro Homem é uma abordagem mais pessoal e dramática sobre a missão Apollo 11. Missão que transformou Neil Armstrong no primeiro homem a pisar na Lua em 1969. O grande trunfo do filme está em suas atuações. Ryan Gosling sempre competente e Claire Foy como a esposa de Neil, carregam o peso de um drama pessoal no meio da corrida espacial nos anos 60. O filme peca em ter uma trilha sonora fraca, mas nada que atrapalhe o resultado final.
08 – Missão Impossível: Efeito Fallout
Em uma perigosa tarefa para recuperar plutônio roubado, Ethan Hunt opta por salvar sua equipe em vez de completar a missão. Com isso, armas nucleares caem nas mãos de agentes altamente qualificados e que pertencem a uma rede mortal que deseja destruir a civilização. Agora, com o mundo em risco, Ethan e sua equipe da IMF são forçados a aliar-se a um obstinado agente da CIA.
Missão: Impossível - Efeito Fallout não é só um dos melhores filmes do ano, como também é um dos melhores filmes de ação desta década. Desde MAD MAX: Fury Road eu não ficava tão tenso em um filme de ação. Christopher McQuarrie e Tom Cruise conseguiram elevar o nível da franquia aqui. Eu esperava um bom filme como os outros da era "J.J. Abrams", mas fui surpreendido aqui. Outras franquias parecidas deveriam se preocupar depois deste filme. O próximo 007 vai ter que fazer algo no mínimo parecido para não ficar atrás.
07 – Infiltrado na Klan
Em 1978, Ron Stallworth (John David Washington), um policial negro do Colorado, conseguiu se infiltrar na Ku Klux Klan local. Ele se comunicava com os outros membros do grupo por meio de telefonemas e cartas, quando precisava estar fisicamente presente enviava um outro policial branco no seu lugar. Depois de meses de investigação, Ron se tornou o líder da seita, sendo responsável por sabotar uma série de linchamentos e outros crimes de ódio orquestrados pelos racistas.
Infiltrado na Klan é um dos melhores filmes desse ano. Junto de Sorry to Bother You, o filme vai fundo na ferida do conflito racial nos EUA. Depois do fracasso que foi Chi-rak em 2015, Spike Lee voltou com tudo esse ano. O mais legal do filme é ver o tema ser abordado com muito humor. E depois que tudo acaba, Spike Lee nos lembra dos acontecimentos de Charlottesville em agosto de 2017, onde grupos de supremacistas brancos e grupos de antirracismo entraram em confronto, resultando em feridos e três mortos.
06 – Você Nunca Esteve Realmente Aqui
Um veterano de guerra ganha a vida resgatando mulheres presas em cativeiros. Após uma missão malsucedida em um bordel de Manhattan, a opinião pública se volta contra ele e uma onda de violência se abate na região.
Esse é o NOIR TAPA NA CARA! Joaquin Phoenix é um monstro na atuação. Um personagem com vários traumas, mas que não são mostrados de uma forma clara na tela. Tudo é meio que mostrado como flashes e devaneios do protagonista. Eu pensei que era um exagero do pôster, mas sim, PODE SER DIZER QUE É UM TAXI DRIVER PARA A NOVA GERAÇÃO! Acho que desde Oldboy eu não via alguém usar tão bem um martelo em cena. O filme te deixa tenso até o final.
05 – Mandy
Em algum lugar no deserto primitivo perto das Montanhas das Sombras, no ano de 1983, Red Miller (Nicolas NOT THE BEES Cage) e sua esposa Mandy (Andrea Riseborough) vivem uma vida tranquila. Depois que uma seita religiosa invade o local e mata o amor de sua vida, Red vive apenas por uma coisa: caçar esses maníacos e exigir vingança.
Outro filme que eu falei lá no especial de Hallowen, mas dane-se. Vou colocar tudo de novo aqui:
PUTA. QUE. PARIU. Esse é com certeza um dos filmes mais bonitos e estilizados de 2018. Mandy é o segundo filme do diretor Panos Cosmatos (Beyond the Black Rainbow), e tem uma premissa bem simples. Seita maluca acaba matando a namorada do protagonista, que logo parte para a vingança. Mas a forma como ele usa para contar isso visualmente é ESPETACULAR. Ele usa e abusa daquele efeito granulado dos filmes antigos (Film Grain). O próprio diretor afirmou em um podcast que escolher uma era ou período de tempo para o seu filme, é quase que escolher uma paleta de cores. A estética de filmes antigos da era do grindhouse é muito bem explorada em Mandy. O “granulado de filme” é mais um elemento desta era. Tão importante como uma iluminação ou figurino, hoje é mais uma ferramenta visual. E Cosmatos usa isso muito bem esse elemento, fugindo da nostalgia barata.
Mandy tem uma estética muito ligada ao Rock. Parece que você está vendo um álbum de Black Metal ou do Electric Wizard na tela. A trilha sonora original é do falecido compositor islandês Jóhann Jóhannsson. Nicolas Cage... Bem, o Nicolas Cage continua sendo o Nicolas Cage, mas o filme aproveita muito bem a “excentricidade” do ator nessa história.
04 – Roma
Cidade do México, 1970. A rotina de uma família de classe média é controlada de maneira silenciosa por uma mulher (Yalitza Aparicio), que trabalha como babá e empregada doméstica. Durante um ano, diversos acontecimentos inesperados começam a afetar a vida de todos os moradores da casa, dando origem a uma série de mudanças, coletivas e pessoais.
A visão do diretor Alfonso Cuarón (Gravidade e Filhos da Esperança) sobre bairro de Roma na Cidade do México em 1971 é a imagem perfeita dos países latinos. Infelizmente foi sempre assim e não vejo isso mudar. Para todos. E que o diga o nosso próprio país que já está arrebitando o rabinho para os americanos mais uma vez. A fotografia do filme é impressionante. E não é simplesmente pelo preto e branco, e sim pelas longas tomadas sem corte que o diretor tanto gosta. Cenários reais no México com milhares de figurantes. Tudo remetendo ao cinema antigo. A cena durante o “Massacre de Corpus Christi” é sensacional.
"Pobre México. Tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos" - Porfirio Díaz
03 - Sorry to Bother You
Em uma versão atual alternativa de Oakland, o atendente de telemarketing Cassius Green (Lakeith Stanfield) descobre uma chave mágica para o sucesso profissional - o que o impulsiona a um universo macabro.
Sorry To Bother You é GENIAL! Acho que desde "Idiocracy" eu não via uma comédia tão tapa na cara sobre a nossa sociedade atual. Ótima critica social e que consegue dialogar com todas as raças e etnias. Sério, peguem o Idiocracy + Como Enlouquecer o Seu Chefe + O Lobo de Wall Street + Brazil e você tem uma das melhores criticas sobre o capitalismo e o mundo corporativo atual. Tudo isso em uma produção surreal e engraçada.
É tipo aquela página do Facebook. A "Empreendedor nem é gente", mas com cocaína.
02 – Hereditário
Após a morte da reclusa avó, a família Graham começa a desvendar algumas coisas. Mesmo após a partida da matriarca, ela permanece como se fosse uma sombra sobre a família, especialmente sobre a solitária neta adolescente, Charlie, por quem ela sempre manteve uma fascinação não usual. Com um crescente terror tomando conta da casa, a família explora lugares mais escuros para escapar do infeliz destino que herdaram.
Que ano para a A24, hein?
Pode se dizer que Hereditário é o A Bruxa de 2018 (ambos da A24). Ambos deixaram os fãs mais “cults” maravilhados com sua direção original. E ambos deixaram o público “civil” puto da vida. Muitos alegaram que o filme onde não acontece “nada”. Antes de tudo, “Hereditário” é um drama familiar. Você realmente fica investido no luto da família e da personagem da atriz Toni Colette. A situação é tão triste e séria, que quando o elemento sobrenatural se torna mais presente na trama, acaba tirando um pouco do peso do filme. Mas ainda assim é um ótimo trabalho do diretor Ari Aster, que até então só tinha dois filmes em seu currículo. O filme tem várias referências de clássicos de Terror. Uma das mais notáveis é a de Poltergeist. E seguro dizer que o filme tem uma das cenas de morte MAIS CHOCANTES DOS ÚLTIMOS TEMPOS. Sério, não tem como você não dar um pulo da cadeira quando ver ela.
E O MELHOR FILME DE 2018 É...
01 – VINGADORES: GUERRA INFINITA
Em mundo que todo mês temos pelo menos um Blockbuster no cinema, o público geral não é facilmente surpreendido ou “maravilhado” por qualquer filme. Claro, você vai ter filme com um sucesso considerável, mas dificilmente verá um filme grandioso como antigamente. Mas a Marvel Studios conseguiu mais uma vez resgatar esta grandiosidade com VINGADORES: GUERRA INFINITA. O filme foi um verdadeiro evento mundial. Pessoas de todo os países correram para o cinema para ver o embate dos Vingadores contra o temido vilão Thanos. Dez anos de narrativa e dezenove filmes culminaram em um épico de duas e quarenta minutos. E a Marvel, junto dos irmãos Russo e um elenco estrelar, não decepcionaram.
Tivemos dois MellonCasts especiais aqui no blog sobre o filme, mas o sentimento continua o mesmo: GUERRA INFINITA É O “IMPÉRIO CONTRA-ATACA DESTA GERAÇÃO”. A expectativa para o filme vai encerrar este arco de onze anos é gigantesca. Espere mais comoção em Abril.
Quem disse que a Marvel não tem clássicos?
* shape of water estreou em 2017, mas só chegou ao Brasil em 2018, então coloquei aqui
E agora vamos para as escolhas dos outros membros e colaboradores do Speak Mellon!
Geraldo Bosco
Geraldo Bosco
O MELHOR FILME DE 2018 não poderia estar em outro lugar que não o primeiro. Foram quatro idas ao cinema e, se eu pudesse, seriam mais quarto.
Quem disse que a Marvel não tem clássicos?
2. Eighth Grade
Esse "Lady Bird" da oitava série chegou como quem não queria nada e tá aqui em segundo lugar.
3. BlacKkKlansman
ALL POWER TO ALL PEOPLE! Spike Lee voltando com tudo com esse filmaço. Ácido, bem humorado e "baseado numas paradas sérias, tipo muito sérias", ele conversa demais com o oitavo lugar dessa lista.
4. Mission Impossible: Fallout
Se o Jason Bourne aparecer, pede pra ele fazer uma sequência de ação sem cortes em queda livre e voltar mais tarde.
6. Hereditary
Dono dos postos de melhor terror do ano e de cena mais chocante do ano.
7. The Shape of Water
Tem que prestigiar o gordinho del Toro, a criatura desse filme é a melhor combinação de performance, maquiagem, efeitos práticos e visuais que eu já vi no cinema.
8. Sorry to Bother You
O TAPA NA CARA dessa lista, veja o quanto antes!
9. First Man
E não é que o queridinho da academia, "Damião Gisele", conseguiu de novo? Nunca antes uma missão espacial foi retratada com tanto realismo e humanidade.
10. Isle of Dogs
Esse décimo lugar pode ser um pouco pedante, mas levando em consideração o meu décimo lugar do ano passado, acho que o Sérgio não vai se importar muito. Houve algumas polêmicas sobre o filme, acusaram o Wes Anderson de etnocentrismo e racismo. Eu só posso dizer que ele me ganha pela narrativa, pelos visuais e pela trilha sonora. Essa esquisitice "cool" é algo que o Anderson consegue emular com perfeição.
Muito abaixo de "The Fantastic Mr. Fox", ainda assim é a melhor animação em stop-motion do ano.
* shape of water estreou em 2017, mas só chegou ao Brasil em 2018, então coloquei aqui
Jonas Godoy (Editor do Omega Nerd)
Vingadores: Guerra infinita
Pantera negra
Um lugar silencioso
Aniquilação
Bird Box
Homem formiga e a Vespa
Jordhan Emmanuel (Empresário de Sucesso e YouTuber no canal Bazomga 「Elder Child」 )
Lucas Dias
First Man
E é isso, minha gente. Ano que vem tem mais, mas não se esqueçam:
Jordhan Emmanuel (Empresário de Sucesso e YouTuber no canal Bazomga 「Elder Child」 )
1- Monster Hunter: WORLD [Jogo]
2- Dragon Quest XI - Echoes ofan Elusive Age [Jogo]
3- Devilman Crybaby [Anime]
4- Gameplay de Cyberpunk 2077 [Vídeo]
5- Insurgency: Sandstorm [Jogo]
6- Jojo's Bizarres Adventures: Vento Aureo [Anime]
7- Red Dead Redemption 2 [Jogo]
8- Expansão 'Fortuna' de Warframe [DLC/Jogo]
9- Magic the Gathering: Arena - Open Beta [Jogo]
10- Shadow of the Colossus: Remake [Jogo]
Top 5 Fails
God Tier, Fail of all Time: Fallout 76
1- Red Dead Redemption 2 Online
2- Blizzard (Diablo Immortal e gerenciamento de World of Warcraft)
3- Marketing do Battlefield V
4- Censura de Tom's Clancy: Rainbow Six Siege
Guilherme Colichini
TOP 10 Games
1 - God of War
2 - Red Dead Redemption 2
3 - Detroit: Become Human
4 - Monster Hunter World
5 - Spider-Man
6 - Thronebreaker: The Witcher Tales
7 - Assasssin's Creed Odyssey
8 - Forza Horizon 4
9 - Far Cry 5
10 - Subnautica
10 - Subnautica
Top 5 Fails 2018
1 - Fallout 76
2 - Lootboxes
3 - Diablo Immortal
4 - Ads em Street Fighter V
5 - Marketing e Relações Públicas de Battlefield V
Lucas Dias
E é isso, minha gente. Ano que vem tem mais, mas não se esqueçam:
AMANHÃ TEM A LISTA DOS PIORES FILMES DO ANO!
Gostei muito!!!! Só não concordo com a posição de Aquaman (D.C), olha que nem gosto muito dos heróis ou filmes deles...Enfim, ficou um puta filme. Obrigada pela lista. Abraços
ResponderExcluirValeu, Stefany!
ExcluirNão acho que a Marvel terá dificuldades para fazer um filme de espionagem melhor do que Red Sparrow. A história da Viúva Negra é muito densa e boa, com certeza eles têm material para fazer um filme bem melhor que esse, que, como já foi previsto através da equipe de produção que está sendo contratada, não será focado em efeitos especiais como os outros blockbusters da Marvel, mas sim, na história e no propósito da heroína.
ResponderExcluirSe for um filme no mesmo nível de "O Soldado Invernal" eu já fico satisfeito!
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