My Two Cents About: Capitã Marvel

"Mais Alto. Mais Forte. Mais do Mesmo"

Aos 49' minutos do segundo tempo, já quase no "Fim do Jogo", vale a pena criticar a fórmula da Marvel e dos filmes de origem de super-herói? É o que eu fiquei pensando nesses últimos dias. Praticamente todo review deste filme apontava para a mesma afirmação:

                            É um filme mediano. Não é ruim, mas também não empolga.

E eu nem estou colocando aqui toda a polêmica dos "Incels vs SJW's", até porque os dois tem argumentos válidos contra e a favor do filme. É que pouco vai mudar agora mesmo. Todo mundo quer mesmo é ver o desfecho de onze anos de histórias no próximo Vingadores. Ninguém quer saber muito se os filmes de super-herói vão continuar bem ou irão virar o novo faroeste.

Podemos dizer que o subgênero de super-heróis ainda vai seguir forte por um bom tempo, mesmo eu, o Matheus ou outro membro aqui do blog dizendo que o público vai perder o interesse por esses filmes, a verdade é ainda funciona seguir a mesma receita "mais do mesmo".

Esse review vai acrescentar bem pouco para mudar o seu pensamento ou para validar o que você achou de bom no filme. É o que todo mundo já disse. Não é um filme ruim como Homem de Ferro 3 e Thor: Ragnarok, apesar de passar dos limites do ridículo da mesma maneira que esses filmes fizeram em um determinado momento. Acho o que mais prejudica o filme é a estrutura da narrativa. Algo meio na linha do primeiro Jason Bourne (e vocês ainda me perguntam por que eu odeio essa merda), mas que não tem muito efeito quando o filme TE MOSTRA TUDO LOGO NO COMEÇO!

Você não compra essa busca da personagem pelas suas memórias perdidas. Daria até para jogar um pouco de "culpa" na própria Brie Larson, que parece não mostrar nenhuma preocupação com este fato. Pode ser ela ou um problema de direção, mas o fato é que fica tudo jogado. Todas as revelações perdem o impacto no meio para o fim do filme. Foi uma boa tentativa interessante da Marvel sair do óbvio, mas infelizmente teve uma péssima execução.

O final do filme também não ajuda. O personagem Ronan (Lee Pace) poderia ter uma participação mais forte. ELE PODERIA TER FEITO MAIS DO QUE SÓ JOGAR BOMBAS! Mas o resto funciona muito bem. Nick Fury (Samuel L. Jackson) com um ar mais canastra faz uma bela dupla com a Carol Denvers. Ben Mendelsohn como o Skrull Talos é fantástico. Roubou a cena do filme. Foi uma boa introdução para os Skrulls e o conceito de suas habilidades neste universo. Outro ponto forte é a atriz Lashana Lynch como a melhor amiga de Carol Denvers, Maria Rambeau. Todas as cenas foram encenadas com uma tamanha intensidade que é algo raro de se ver nesse tipo de personagem coadjuvante.Se o Terrence Howard tivesse feito algo parecido, talvez.. TALVEZ estaria até hoje aí como o Máquina de Combate.

As referências aos anos 90 são batidas, mas funcionam. Não é nada bem feito como o filme Mid90s, mas também não ruim que nem a novela VERÃO 90 da Globo. A trilha sonora também tem algumas escolhas lógicas para a época em que o filme se passa, mas não tem como não gostar. Caramba, toca "Celebrity Skin" do Hole. Confesso que os créditos finais com essa música me empolgaram mais do que o clímax do filme mesmo.

A Courtney Love dos anos 90 seria uma Carol Denvers melhor que a Brie Larson

No fim, Capitã Marvel é o que é. Um filme de origem "mais do mesmo" que tentou dar uma "disfarçada" em sua estrutura, mas não conseguiu um resultado melhor. A personagem pode ganhar uma abordagem melhor no próximo Vingadores. Os irmãos Russo tiram "leite de pedra" na direção. Acho que vamos ver uma trabalho melhor da Brie Larson com o personagem.


NOTA: 7 Arranhadas do Goose. E isso é eu sendo muito... mas muito bonzinho mesmo!