domingo, 8 de março de 2020

It's All About the GAME: Star Wars Jedi: Fallen Order




"It's hard out here for a PADAWAN!"





Quando Star Wars Jedi: Fallen Order foi anunciado, boa parte dos fãs da franquia Star Wars estavam desconfiados. Depois de dois Star Wars: Battlefront’s com péssima recepção de crítica e público, a LucasFilms (VAZA, KATHLEEN KENNEDY!) precisava dar uma resposta forte. Junto da EA Games - Publisher e produtora dos jogos da franquia na gestão Disney -, chamaram a Respaw Entertainment (Apex Legends) para produzir um novo jogo de ação em terceira pessoa, focado cinco anos após a Ordem 66 e o início do Expurgo Jedi. 





No jogo você segue a vida de Cal Kestis, ex-padawan que se esconde do Império Galáctico no planeta Bracca, onde trabalha como um sucateiro. Cal é descoberto pelo Império quando ele salva seu amigo Prauf de um acidente. O Império manda duas Inquisidoras, guerreiras de elite e que são usadas pelo Império para caçar os Jedi que ainda estão vivos na Galáxia. Prauf acaba se sacrificando para manter Cal escondido. Cal então decide fugir de Bracca, mas durante sua fuga ele acaba encontrando com uma das Inquisidoras. Durante a luta, Cal acaba sendo salvo por Cere, uma ex-Cavaleira Jedi e seu piloto e parceiro Greez Dritus em sua nave, a Mantis






Cere leva Cal ao planeta Bogano, esperando que Cal consiga acessar um cofre antigo usando a sua conexão com a Força, uma vez que ela Não tem mais essa conexão. No caminho para o cofre, Cal faz amizade com um pequeno Droid explorador chamado BD-1, que mostra uma mensagem de um ex-mestre Jedi chamado Eno Cordova. A mensagem revela que o cofre foi construído por uma civilização antiga chamada Zeffo, e que um Holocron Jedi contendo uma lista de crianças sensitivas à Força foi escondido lá por Cordova. Cere acredita que a lista poderia ajudar a reconstruir a Ordem Jedi, mas a única maneira de acessar o cofre é seguir o caminho de Cordova, explorando outros planetas e seus segredos. Claro, com o Império também indo atrás deste mesmo Holocron




O jogo é uma ótima mistura de ação e exploração. Ele tem elementos de Star Wars: The Force Unleashed (luta com sabre de Luz, mas sem um exagero nos poderes do personagem principal), Uncharted e Tomb Raider (exploração de grandes mapas e solucionar Puzzles) e Dark Souls e Sekiro (dificuldade elevada e um sistema de batalha que leva bastante em consideração a defesa e a esquiva). O Jogo consegue balancear muito bem o estilo de jogabilidade com a história. Você é um ex-padawan que sobreviveu ao expurgo e teve que viver sem mostrar os seus poderes. Cal acaba se desconectando com a Força. Então durante o jogo você vai se conectando com a Força e redescobrindo suas habilidades especiais. Com essa redescoberta dos poderes você consegue explorar os mapas com mais facilidade, acessar áreas diferentes e consegue derrotar inimigos mais difíceis. Durante a sua exploração nos planetas você pode ir atrás de itens variados como ponchos, roupas, pinturas para o BD-1 e a nave Mantis e peças para customizar o seu Sabre de Luz. Nada no jogo é conseguido por meio de pagamento de DLC's, e sim pelo seu esforço. A árvore habilidades é bem simples, o que é muito bom, já que é para ser um jogo divertido e rápido. Você não precisa ter aquela preocupação de conseguir uma determinada habilidade para uma certa parte do jogo. Essas geralmente já fazem parte da narrativa e acontecem naturalmente. O jogo se preocupa em ser dinâmico nesse quesito, ao invés de ser como o último God of War que queria ser um RPG de ação. 






Os mapas dos planetas são um dos destaques principais do jogo. O design e a elaboração inteligente fazem com que você passe horas explorando eles. Usando mecânicas parecidas de Uncharted e dos novos jogos da franquia Tomb Raider, você precisa escalar, usar cordas, escorregar, mergulhar e se possível, combinar os poderes da Força para fazer tudo isso. Os mapas também lembram muito os jogos da franquia Metroid. Cheios de passagens e atalhos secretos. E geralmente quando você alcança o objetivo principal, você ainda precisa retornar ao ponto inicial (geralmente a nave). Neste retorno a aventura e a história ainda se desenrola. Não tem aquela coisa de você terminar de explorar uma área e o final dela estar “milagrosamente” perto do ponto inicial ou de uma saída rápida do mapa. 






O combate está muito bem equilibrado. Claro, o sistema de parry não é tão bom quanto os vistos nos jogos da FromSoftware, mas é algo que você consegue dominar mais fácil. Até porque o jogo te dá uma opção de diminuir a dificuldade a qualquer momento de sua campanha. Algo INIMAGINÁVEL para os jogadores de Dark Souls e Sekiro. Outra dinâmica que este jogo tenta copiar da série Dark Souls é o respaw que é quase uma punição por você ter morrido. Toda vez que você enfrenta inimigos e subchefes difíceis e acaba morrendo, o jogo faz questão de te fazer ressurgir o mais longe possível. Eu não ligo para isso, mas aqui acaba te irritando MUITO porque o jogo tem um dos loadings mais lentos desta geração. Sério, coisa de quase um minuto. Você já está muito nervoso por ter morrido para algum alienígena ou algum um Tropper Inquisidor e ainda precisa ficar encarando uma tela preta e sua cara cheia de raiva. Falando em raiva, se você não está acostumado com esse tipo de jogo, vai passar por muita dificuldade. É aquele jogo que vai te obrigar a melhorar, principalmente na defesa. 






Em termos história, mais uma vez temos um jogo que consegue explorar com muita criatividade o universo. E faz isso de uma forma mais satisfatória do que os filmes. É mais um jogo que mostra o potencial desse universo e que cinema deveria seguir, mas não consegue. O lore foi expandido ainda mais com este jogo, trazendo referências e ligações com tramas que foram exploradas em outras mídias como Star Wars: Rebels e Clone Wars. Temos a volta de Saw Gerrera, personagem interpretado pelo o ator Forrest Whitaker e que apareceu no filme Rogue One e na série Star Wars: Rebels. Cal Kestis tem uma trajetória que também lembra um pouco a de Kanan Jarrus de Rebels. Cal é interpretado pelo o ator Cameron Monaghan, o Coringa da série Gotham. O cara manda muito bem no papel, conseguindo entregar uma boa personalidade para o Cal. Sua vontade e coragem de tentar trazer a Ordem Jedi de volta me lembrou muito o Luke Skywalker em o Retorno de Jedi. Uma pessoa que é decidida e que segue em frente, apesar de ter passado por um grande trauma e de ter muita incerteza no futuro.






Star Wars Jedi: Fallen Order é um jogo divertido e que consegue ser mais “Star Wars” do que os filmes da Saga Skywalker feitos pela Disney. Consegue trabalhar muito bem o período em que se passa a história. Temos elementos das Guerras Clônicas e a forte presença do Império, trazendo um equilíbrio sadio entre os fãs das três trilogias. 





PONTOS POSITIVOS:


Temas abordados em Star Wars: Rebels.

A exploração de novos e conhecidos planetas de outros filmes e mídias (Kashyyyk, o planeta dos Wookies e Dathomir, planeta das Nightsisters e dos Zabraks).

Jogabilidade fluída e dinâmica. Com um sistema de combate eficaz.

Design de mapas inteligente.

Personagens legais e que fazem o jogador SE IMPORTAR! Diferente da nova trilogia da Disney.




PONTOS NEGATIVOS:


Loadings EXTREMAMENTE DEMORADOS!

Respaw que te deixa lá na PQP!

Alguns bugs na troca de grandes ambientes.

O acabamento de algumas fases não é tão bom, mas é compreensível pelo tamanho dos mapas e porque eu joguei em um PS4 “normal” e não em um Pro.



Nota: 9 PONCHOS



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