quinta-feira, 8 de agosto de 2013

It's all about the GAME! - The Last of Us




Um jogo. Uma experiência.


Depois do sucesso da série UNCHARTED, a produtora Naughty Dog nós presenteia com The Last of Us. Um Survivor Horror que mostra um fungo responsável pela quase extinção da raça humana. Os poucos que sobreviveram precisam lutar com a parcela infectada por esse fungos. E logo no começo nós vemos que o problema não é só infectados, já que ordem desse mundo foi o saco. Joel é um cara que sentiu pessoalmente e de forma muito dramática a nova realidade de um mundo em destruição. Após vinte anos apenas sobrevivendo, ele volta a confrontar o seu passado com a tarefa de acompanhar a adolescente Ellie, que pode ser a solução de tudo, já que ela é imune ao fungo.




 Falar da parte técnica de um jogo da Naughty Dog é chover no molhado, mas é preciso ressaltar a maravilha que é o visual deste game. Das gigantescas paisagens americanas até o menor dos ambientes de uma edificação abandonada, tudo é feito com uma qualidade de detalhes riquíssima. Outro destaque é para a tensão e suspense em explorar esses ambientes. A cada prédio, casa, sala ou porta que chegamos para explorar, temos a sensação de medo perante ao desconhecido. Tudo isso com a brilhante trilha composta pelo argentino Gustavo Santaolla, ganhador de dois Oscar por Babel e Brokeback Mountain. Tensa e tocante nos momentos certos.




Claro, o jogo não é totalmente perfeito. Mais uma vez a inteligência artificial dos inimigos é bem decepcionante. Principalmente os inimigos "normais" do game. Assim como Uncharted, temos inimigos que passam ao seu lado e não te vêem. O lance da Ellie não saber nadar também é bem forçado. É claro que o Joel ensinaria ela a nadar, assim eles não teriam que ficar resolvendo puzzles para atravessar áreas com água TODA MALDITA HORA, né? Mas esses momentos são esquecidos quando você vê o desenvolvimento da trama. A diferença entre o jeito carrancudo e triste de Joel contrastando com espontaneidade e o jeito adolescente de Ellie. O modo como o jogo desenvolve a relação dos dois é muito bom. Outra grande sacada do jogo é ver como a Ellie comenta hábitos da sociedade antes do fungo, já que ela não vivenciou esse mundo, pois nasceu depois de todo o ocorrido. Geralmente esses comentários acontecem quando ela acha alguma revista ou outro resquício do passado. Aliás, os diálogos entre os personagens enquanto eles exploram os cenários as vezes chegam a ser a melhores do que as próprias cutscenes.





Geralmente os melhores jogos de uma geração são lançados no final dela. The Last of Us não é só o melhor de sua geração. Ele já pode ser considerado um dos grandes jogos da história. Exagero? Acho que alguns puritanos até irão discordar dessa minha afirmação. O filtro das pessoas em suas experiências narrativas, sejam elas literárias ou audiovisuais variam muito. Eu sempre fui curioso em saber a estória do jogo. O desenvolvimento dos personagens. Eu não sou aquele cara que vai atrás de desbloquear tudo, ou ganhar todas as conquistas e troféus do jogo (E se você for um jogador assim, você não irá se arrepender, já que tem muita coisa para desbloquear e achar). O que sempre me interessa é a experiência narrativa que o jogo me traz. E The Last of Us foi perfeito para mim. Sempre gostei de filmes sobre futuros apocalípticos ou distópicos. Sempre tentando adivinhar como seria a humanidade tentando enfrentar algum tipo de adversidade, ou um novo regime comportamental. E como várias pessoas que gostam desse assunto, eu sempre me peguei pensando como seria viver nesse tipo de ambiente, e como seria explorar ele. 




O jogo é muito feliz em tentar trazer essa experiência para o jogador, junto com todos os dilemas e questionamentos morais que uma realidade como a do jogo demonstra. E o que dizer dos dilemas do jogo? A Naughty Dog está de parabéns por esse final, que é corajoso e difere de muita coisa que é apresentada nos últimos anos envolvendo a temática do jogo. Acho que desde o filme O Nevoeiro, eu não vejo um final como esse. Claro que no jogo o final é bem mais desenvolvido, e que nós faz pensar. Em mundo como esse, uma realidade como essa e por tudo que o Joel passou, eu também faria a mesma coisa. Espero que o boato de um DLC ou até um suposta continuação do jogo, seja mentira. O final é perfeito. Em um mundo como esse, não desperdice nada. Principalmente se for algo que te faz querer ficar vivo neste mundo. Nem que isso custe o futuro.

Obrigado, Naughty Dog.







Um comentário:

  1. Simplesmente Épico! Mais uma vez a Naughty Dog conseguiu conquistar os jogadores de PS3. Obrigado por tantas estórias e experiencias incríveis!

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