"My motto is: If you Want to Win the Lottery, you Have to Make the Money to Buy a Ticket"
Los Angeles é uma cidade especial. Uma cidade que te promete tudo no mundo. Um lugar onde tudo é glamour, tudo é espetáculo... Até a morte! Lou Bloom, vivido pelo brilhante Jake Gyllenhaal, é um Sociopata tentando ganhar a vida em L.A. sempre tentando um emprego novo com aqueles discursos manjados de gerência pessoal. Em uma noite ele se depara com um acidente em uma das famosas Freeways da cidade. Logo ele vê que um cinegrafista (Bill Paxton) está tentando filmar o resgate. Lou, intrigado, descobre que o cinegrafista é um Nightcrawler, um profissional que vai atrás de qualquer ocorrência policial ou de resgate para poder registrar o momento e depois vender as imagens para telejornais locais. Lou logo resolve entrar para essa vida. Ele “contrata” o ajudante Rick (Riz Ahrmed), prometendo um trabalho "empolgante" e novo e parte em busca de todo tipo de ocorrência na cidade. Ganhando experiência no novo ramo, ele consegue a amizade de uma editora chefe de um telejornal local (Rene Russo), onde ele começa o seu próximo passo rumo a um objetivo maior.
O filme é uma bela mistura de sátira ao melhor estilo de Rede de Intrigas(1976), com o estilo Noir de Taxi Driver (1976) com uma Los Angeles em tela ao melhor estilo de Michael Mann e do mais recente Drive (2011). Jake Gyllenhaal É O MELHOR ATOR DE SUA GERAÇÃO! O cara está em uma fase espetacular. Desde Contra o Tempo (2011), passando por End of Watch (2012), Os Suspeitos (2013) e O Homem Duplicado (2014), Gyllenhaal está sempre escolhendo papéis diferentes e mantendo um nível altíssimo em sua atuação. Aqui ele simplesmente dá um show como o assustador Lou Bloom, um “Travis Brickle remodelado” para a nova geração. Mesmo sendo um maluco FDP, você meio que ainda torce pelo cara. Eu realmente espero que ele seja indicado para melhor ator no Oscar deste ano, já que ela já merecia pelo seu trabalho em Os Suspeitos.
Vale destacar também como o filme fala sobre como a sociedade de hoje trata tudo como "espetáculo rápido". Um "imediatismo midiático". Mesmo sendo algo recorrente no cinema (Vide o Rede de Intrigas que eu citei no texto), hoje com a Internet e a rapidez, tudo parece ainda mais urgente e descartável também. Uma sociedade que também já não fica tão chocada com acontecimentos brutais, fazendo com que a imprensa comece a cruzar linhas que jamais foram cruzadas antes, tudo em busca pela a história chocante da semana. Vale até influenciar direta ou indiretamente casos policiais. Mas até onde vai isso? Para Lou Bloom é um mundo e uma carreira perfeita para a sua conduta social, mas e para os outros personagens? E fácil entender o que move um sociopata, mas ver outras pessoas que se dizem “normais” cruzando estes limites, é o quê realmente te choca.
Como eu disse, a fotografia do filme lembra muito os filmes do Michael Mann, e lembra muito o recente Drive. Acho que desde Collateral (2004) eu não via uma L.A. tão impactante na tela. Se bem que eu sou suspeito para falar da cidade, já que é uma das minhas favoritas no cinema, e se eu pudesse, me mudaria para lá o mais rápido possível. A sequência final do filme é empolgante e leva para um final “tapa na cara”. Vale destacar a trilha sonora do James Newton (Sinais, Hunger Games, entre outros), com aquela mistura de Noir e trilhas mais puxadas para o Rock. Ela lembra muito as trilhas dos filmes do Michael Mann também (Eu falo que o Michael Mann é copiado por todo mundo =P) O Abutre tá destinado a virar um novo Cult, e a atuação de Jake Gyllenhall é marcante. Se você conseguir ver no cinema, eu recomendo muito já que eu tive que ver em casa mesmo. Obrigado Cinemark e suas estreias “setorizadas”. Já é um dos grandes filmes de 2015.
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