quinta-feira, 2 de julho de 2015

Em sua Defesa: O Exterminador do Futuro - A Salvação




If you're listening to this you are the resistance




Durante as entrevistas para divulgar o novo filme da franquia Terminator, Arnold Schwarzenegger (Ctrl C + Ctrl V no Google mesmo!) disse que achou o último filme da franquia, and I Quote:

UM LIXO!

Mas será que o Arnaldo e SuasNegas está certo mesmo? O filme realmente tem um grande problema em seu roteiro com um conflito mal elaborado. Todo o plano da Skynet é digno das tramoias do Megatron no desenho do Transformers nos anos 80. Não dá para levar a sério todo o lance do Marcus, o Terminator Híbrido, mistura de Humano com máquina. Marcus Wright (Sam “SEM CARISMA” Worthigton) é um condenado a pena de morte que doa seu corpo para uma pesquisa supersecreta da Cyberdyne Systems, AKA criadora da SKYNET. Marcus acorda no “longínquo” ano de 2018 onde tem altas aventuras com o Jovem Kyle Reese, que naquele momento do filme era O MAIS PROCURADO pela Skynet sem motivo algum aparente. Marcus eventualmente acaba encontrando John Connor, futuro líder da resistência. Resumindo, suas ações fazem com que Reese e John Connor sejam levados até a base das maquinas para que finalmente sejam eliminados de uma vez por todas.


O ainda jovem Kyle Reese


Então sim, nós “maquinas superinteligentes e poderosas” vamos atrair John Connor até a nossa base para poder matar ele. O meu problema com este plano é que Kyle Reese ainda não é PORRA NENHUMA! Como as maquinas já sabiam que o cara teria uma importância crucial para o Connor? São pequenos detalhes que realmente comprometeram o filme, mas que seriam facilmente consertados ainda no processo de produção do roteiro. Custava ter uma cena mostrando a Skynet descobrindo que John Connor está desesperado em achar o Kyle Reese? Embora Anton Yelchin faça um grande trabalho como o jovem Reese, faltou um dar um peso maior que o personagem merecia. Porra, ele é o pai do John Connor. Outro grande problema é o personagem de Marcus ficar divido com o seu draminha “O que eu realmente sou?” Se ele agisse realmente como o protótipo de infiltração que ele realmente foi programado, o resultado seria bem mais impactante. Imagine ele chegando e conseguindo se infiltrar dentro da resistência? No final a Skynet esperou que na CAGADA Marcus levar Connor para a base da maquinas. Marcus só os levou até lá pelas circunstâncias, e não porque ele era “programado” como é dito no filme. Se ele realmente mostrasse que estava programado para isso, talvez o personagem e esse plot funcionassem melhor.


You and me, we've been at war since before either of us existed. You tried killing my mother. You killed my father. You will not kill me! - John Connor

 Mas mesmo com essas bobagens, outros elementos funcionam muito bem no filme. Sem dúvida que Christian Bale é o coração do filme. A seriedade com que ele aborda o personagem é um dos grandes trunfos da produção. Ele sabe que precisa achar o Kyle Reese e que todas as vidas humanas IMPORTAM. Sem esse tipo de pensamento os humanos irão agir como maquinas, tomando decisões frias e calculadas. Toda vez que John age de forma insubordinada, nós temos uma pequena visão do futuro líder da resistência. Seus discursos pelo rádio são espetaculares. Christian Bale realmente ficou triste com o resultado final. Eu ainda lembro-me de toda a controvérsia envolvendo ele e o diretor McG no set de filmagem. Bale realmente queria que este projeto tivesse sucesso. Mesmo não tendo um currículo dos melhores, McG (As Panteras) realmente trouxe um clima de seriedade para este filme. Diferente do terceiro filme, aqui não tinha espaço para piadinhas. Embora muita coisa tenha sido “emprestada” de outros filmes com a mesma temática (Mad Max, por exemplo), McG conseguiu criar ótimas sequências de ação. Infelizmente o filme caiu em velhos problemas neste quesito. Problemas que afetam até os filmes do Cameron como o vilão que mata todos os outros personagens com grande facilidade, mas que quando chega a hora de confrontar os protagonistas ele simplesmente escolhe apenas “jogar” ele para os lados. Esse tipo de coisa sempre me irritou nesses filmes e até hoje ele carecem de cenas que mostrem melhor este tipo de embate entre protagonistas e vilões.





Anton Yelchin (O Chekov do novo STAR TREK) como o jovem Kyle Reese é perfeito. Ele até tem uma voz parecida com a do ator Michael Biehn. Quando ele escuta a transmissão de Connor pelo o rádio e se inspira em seguir em frente, é um dos grandes momentos do filme. Até a sua relação com a garotinha Star e o Terminator Marcus são legais de se ver em tela. Esse filme mostrou um caminho interessante e lógico para a franquia. Nada pode mudar o futuro. A única coisa que John pode fazer é mandar Kyle e os Terminators para o passado e garantir que tudo isso realmente aconteça. Mas o que realmente ainda não foi visto é a última batalha. Eu ainda sonho em ver John Connor travando a derradeira batalha dos humanos contra as maquinas. O ultimo showdown pelo destino do planeta. E claro, com o T-800 ao seu lado. Esse filme poderia ser o começo de uma nova trilogia. Imagine um segundo filme realmente mostrando como John teve contato com a maquina do tempo e como ele mandou seu pai para o passado. Um terceiro filme mostrando ele finalmente tomando controle dos modelos T-800 e finalmente derrotando as maquinas seria um belo desfecho para a franquia, mas infelizmente vamos ganhar mais um filme com viagem no tempo e um Arnold velho e decadente, em uma versão alternativa do primeiro filme. É a melhor continuação da franquia e com certeza é o melhor filme depois de T2. Espero que eu esteja errado, mas acho que o Arnold brevemente vai se arrepender de chamar o quarto filme de “Lixo”.







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