MEU OBJETIVO É A CONQUISTA!
Este texto foi escrito pelo nosso Manhattan Prince (Matheus de Souza) e seria usado como guia para o nosso MellonCast especial que iria ao ar nesta semana de estreia do novo filme dos Power Rangers, mas infelizmente ele acabou não rolando BECAUSE REASONS. Então decidimos publicar o artigo com algumas informações adicionais. Então deixe a música do Daileon no repeat e aprenda um pouco sobre esse mundinho do Tokusatsu!
Surgimento e Etimologia
Tokusatsu é uma abreviatura da expressão japonesa "tokushu satsuei”, traduzida como "filme de efeitos especiais". Antigamente, era praticamente qualquer produção cinematográfica ou televisiva que usasse efeitos especiais.
A base para o surgimento deste gênero vieram dos filmes de monstros gigantes como Godzilla (Gojira no japão) que fizeram muito sucesso na década de 50 e abriu as portas do cinema japonês para o mundo afora.
Surgimento e Genêros
Em 1958, a Toei cria Gekko Kamen (literalmente Máscara Luar), desta vez para TV. Para a composição de Gekko Kamen, juntou-se a proposta de séries de heróis detetives dos EUA, como Batman e Besouro Verde, com os chamados o estilo de direção dos "filmes de época" (filmes de samurai). A partir de então, o gênero começa a abranger as séries televisivas e produções cinematográficas de super-heróis.
Os japoneses começaram a trabalhar o conceito de heróis para combater o excesso da cultura americana que entrava no país, pois muitos do heróis que entravam no país vinham dos gibis norte-americanos. O tokusatsu normalmente é dividido em gêneros, sendo que alguns não existem mais (mais tiveram seu conceito assimilado por outros) e alguns tem sub-gêneros. Eles são:
Super Sentais: Grupo de heróis vestidos em trajes coloridos, sendo que cada um tem uma habilidade unica e diferente dos demais.
Metal Hero: Ciborgues, robôs, grupos de resgate e etc.
Henshin Hero: Humanos que se transformam em heróis, num sentido tipico de histórias em quadrinhos.
Kyodai Hero: Heróis que ficam gigantes.
Kamen Rider e Ultraman são considerados gêneros separados pelo excesso de continuações e spin-offs.
NO BRASIL
O tokusatsu chegou ao Brasil em 1964 na forma do herói National Kid (Ou como os seus pais dizem, NATIONARU KIDO) que foi exibido pela extinta TV Rio. O próprio National Kid foi transmitido pela Globo tempos depois, o que faz com que muitas pessoas acreditem que ela foi a primeira emissora a transmitir tokusatsus. Com uma entrada aceitável no Brasil, na década seguinte começaram novas negociações e Ultraman chegou em terras tupiniquins pra fazer história. A entrada definitiva do gênero foi nos anos 80, onde Toshihiko Egashira fez um acordo com a TV Manchete, trazendo assim Jaspion e Changeman, que impulsionaram o gênero no Brasil.
National Kid: O primeiro de todos heróis japoneses a ser exibido no Brasil foi feito ainda em preto e branco, como merchandising para a fabrica de eletrodomésticos National Eletronics Inc. (atual Panasonic). A série de 1960 não fez sucesso no japão e em lugar nenhum, sendo a única exceção o Brasil. O mangaka Daiji kazumine (que mais tarde criou Spectreman também) criou todo o design do herói. Que usava elmo, mascara, capa e pistolas e possuía um jeito peculiar de voar com dois braços abertos. A série foi transmitida no Brasil de 1964 até 1970, e só parou porque o então ministro da justiça, Alfredo Buzaid, achava que a série ia contra a moral e os bons costumes brasileiros.
Fun Facts:
• Após uma criança pular da janela de sua casa e morrer, os seriados infantis japoneses (entre eles National Kid) passaram a conter a informação no final de cada episódio que as crianças não deveriam tentar imitar os heróis pois não eram de verdade.
• National Kid foi um “meme” no rio de janeiro na década de 70, pois se encontravam pichações escritas “celacanto provoca maremotos” (referencia a habilidade submarina dos vilões incas) espalhadas por toda cidade.
Kyodai Heros: Vingadores do Espaço, Spectreman, Ultraman e Ultra Seven
Vingadores do Espaço: Baseado nas obras de Ozamu Tezuka , contava a história de Godar, um robô de cabelos dourados que lutava contra o demônio espacial Rodak, ao todo rendeu 52 episódios. No Brasil foi transmitida junto com Ultraman, mas não alcançou o grande sucesso do concorrente.
Spectreman: Esse seriado chegou com uma década de atraso no Brasil no começo dos anos 80 e só foi reconhecido por volta do episódio 40 de um total de 60. Criado por Shouji Ushio em 1971, esse seriado tinha um orçamento baixíssimo (estilo Yonin Midia na FMU), além de efeitos toscos. Teve uma dublagem que reaproveitou todo o elenco do seriado Chaves e foi um sucesso nas tardes do SBT. A trama conta a história do terrível Dr. Gori (MEU OBJETIVO É A CONQUISTAAAA!) e seus gorilas karas que queriam destruir a terra, mas no seu caminho encontram o herói espacial vindo da constelação nebulosa 71 que jurou proteger a terra.
Ultraman: o mais famoso dos heróis gigantes foi criado em 1966 por Eiji Tsuburaya, a série conteve 39 episódios, e só foi cancelada pela demora na entrega dos episódios (na época em que esses seriados engatinhavam e a produção era bem lenta). Conta a história de um alienígena da galáxia M-78 que choca sua nave com a do cientista espacial Shin Hayata, com remorso por ter causado o acidente, o Alien mistura sua força vital com o humano lhe concedendo incríveis poderes para que protegesse a terra de qualquer ameaça.
Ultra Seven: Ultraman criou vários filhos vindo do seu sucesso, sendo que um dos mais famosos até hoje é Ultra Seven. Como uma trama bem elaborada e com uma qualidade de produção melhor, conta a história de um outro alienígena da galaxia M-78 que vem para terra para protege-la fazendo parte do esquadrão ultra.
Fun Fact:
• Já no final dos anos 70 o gênero de heróis gigantes começou a morrer. Apesar de não existir mais a função de aumentar de tamanho foi assimilada por outros gêneros, principalmente os super-sentai que mantem a tradição até hoje.
Super Sentai: Changeman, Goggle V, Flashman
O Super Sentai (Sentai no japonês significa força tarefa/esquadrão) foi criado pelo famoso mangaka Shotaro Ishinomori (Kamen Rider e Cyborg 009) e dura até os dias de hoje. Na verdade, todos os sentais japoneses estão no mesmo universo e são todos sucessores um dos outros, mesmo que as origens sejam diferentes a cronologia deles é uma só.
Vale notar que a maior produtora de sentais é a Toei que desde o terceiro tokusatsu na década de 70 descobriu a “formula mágica” de fazer séries: personagens com cores individuais, sendo que cada cor traz um estereótipo de personagens, inimigos que ficam gigantes, robôs e armas que sempre aparecem em todas lutas. Sendo assim, o sentai passou por pouquíssimas mudanças em sua proposta desde sua criação, desde o uso dos mesmos ambientes de gravação, takes repetidos, reutilização de monstros e atores de sentais antigos revivendo seus personagens em uma ponta ou outra em cada episódio
Esquadrão Relâmpago Changeman: Apesar de não ser o melhor de qualidade foi o primeiro Sentai vindo para terras tupiniquins, o que guarda seu espaço na memória de muitos brasileiros. A série da Toei criada em 1985, conta a história de cinco integrantes de um exército defensor da terra, cada um deles adquire seu poder de um animal lendário: dragão (change dragon), sereia (change mermaid), pégaso (change pegasus), fênix (change phoenix) e grifo (change griphon). Com seu poderoso change-robô eles enfrentam Gozma que tenta dominar a Terra. Mais tarde é revelado que Gozma está a trabalho de um ser ainda mais poderoso chamado Senhor Bazoo.
Gigantes Guerreiros Goggle V: Foi produzido em 1983 e transmitido em 1990 no Brasil, teve um sucesso mediano tanto no japão quanto aqui. A trama se baseava no presuposto que cientistas de várias partes do mundo estavam se encontrando em um antigo castelo na Alemanha, juntos formaram a organização Desdark (deathdark no original), liderados pelo chefe Tabbo eles planejam destruir o mundo usando “ciência maligna”. Os Goggles tinham como sua temática civilizações extintas, atlantida, lemuria (islamica no brasil (?)), inca, egipicia e wangor kat. Eles lutavam usando objetos de artes marciais e ginastica, além de se tranformarem usando pedras preciosas especificas relativos a sua cor.
Comando Estelar Flashman: Criada em 1987 e exibida pela TV Manchete em 1989, a série foi um sucesso que conta 50 episódios e 2 longa metragens. A série é sobre cinco jovens que foram sequestrados por alienígenas ,mas que foram salvos pelo povo do planeta Flash. Após vinte anos de treinamento eles voltam a terra sabendo que seus antigos sequestradores são chamados de Império Mess, liderado pelo monarca Le Deus que está prestes a invadir a Terra.
Fun Fact:
• No Brasil, Flashman foi o único tokusatsu com abertura e encerramento cantados em português.
Henshin Hero: Cybercops, Lion Man, Patrine, Bicrossers, Ryukendo e Machine Man
Cybercops - os Policiais do Futuro: Criada em 1988 no japão, essa série chegou no Brasil no começo do ano de 1990, sendo transmitida no auge do sucesso que os tokusatsus faziam no Brasil. Com o sucesso que fez ganhou um live action no Brasil chamado de Circo Show dos Cybercops, onde atores brasileiros faziam apresentações com os mesmos trajes usados pelos atores japoneses. A trama se passava em 1999 onde uma equipe de policiais futurísticos enfrentavam a organização Destrap (Death Trap no orginal). Os cybercops eram nomeados a partir de planetas: Jupter, Mars, Saturn, Mercury e mais tarde o anti-herói Lúcifer passa a ajuda-los no combate.
Foi a primeira tentativa do Studio Toho de fazer seu Super Sentai. Por causa do baixo orçamento teve uma produção bem diferente da concorrente Toei.
Fun Facts:
Fun Facts:
• Aparentemente Lúcifer não condiz com a proposta temática dos cybers, mas o nome vem dos Romanos que chamavam o planeta assim nas suas primeiras descobertas arqueológicas.
• A série foi filmada usando o sistema BetaCAM da Sony, formato muito popular nos anos 80. nessa produção todos os efeitos especiais eram feitos separados da cena e encaixados depois. Era econômico para a empresa, mas sempre ficou mais tosco.
• Pela limitação de orçamento, a personagem Tomoko que dava assistência para os Cybercops nas missões, nunca se tornou uma cybercop (na concorrente Toei, toda equipe tinha uma mulher como rosa) ela teria sido a cyber Venus.
• Como a Toho era menor que a Toei em suas produções, ela não conseguiu acordo com o Estúdio Álamo no Brasil para fazer suas dublagens e optou por um estúdio menor, o BKS. A direção de dublagem foi excelente, mas por ser um estúdio porte menor, ele foi gravada em mono o que deixou o áudio mais baixo e mais “pra dentro” do que as dublagens da época.
Lion Man: O seriado tem seu contexto na época do Japão feudal, onde para qualquer guerreiro, mais importante que a própria vida era manter sua honra. Ele conta a história de Dan Shimaru, um samurai de 21 anos que, após ter o irmão Dan Kage Noshin morto por Nezuma, um monstro humano aliado da inescrupulosa família Mantor do Diabo, parte para a batalha movido por um desejo misto de vingança e justiça.
Bicrossers: Criação de Shotaro Ishinomori, com um tom bem leve e cômico, conta a história de dois irmãos que receberam poderes de uma entidade cósmica para proteger a terra.
Patrine: A jovem colegial Sayuri Nakami (Yuko Murakami no original japonês), interpretada por Yuko Hanashima recebe de um estranho velhinho o poder de se transformar na Estrela Fascinante Patrine, a fim de proteger a paz na cidade. Na verdade, esse velhinho é o deus da cidade e dita a ela a seguinte condição: ela não deve revelar sua identidade secreta a ninguém, sob pena de ser transformada num sapo. A versão brasileira trocou o nome da heroína Yuko por Sayuri para evitar piadinhas. Foi uma das milhares que a TV Manchete não transmitiu o episódio final.
Machine Man: Contava as aventuras de Nikku, um universitário do planeta Ivy que vem para terra estudar os humanos. Tinha um design arrojado de vestimentas e em sua identidade civil era um tipo de Clark kent. Uma das muitas criações de Shotaro Ishinomori.
Ryukendo: Keni Narukami se muda para a pacata cidade de Akebono onde é escolhido pela espada mística Akebono, para destruir o demonio Jamanga. A série foi transmitida em 2009 pela RedeTV! Onde alcançou picos de audiência (5,4 pontos de pico) do horário das 19h, garantindo uma boa venda de box de dvds pela Focus. Esse foi o último tokustasu exibido na TV aberta brasileira, logo após Kamen Rider: O Cavaleiro Dragão.
Metal Heroes: Jaspion, Jiraya, Sharivan, Jiban e Winspector
O gênero teve inicio com os chamados “Xerifes do Espaço” Gavan, Sharivan e Shaider. Vale lembrar que temáticas robóticas e futurismo era assunto comum em ficções dos anos 80. Com o sucesso das três séries, mais duas foram encomendadas Jaspion e Spielvan marcando a o estilo de direção e roteiro a ser seguido. Apesar de que os Metal Heroes terem durado só na década de 80 no Japão, por causa da introdução tardia do gênero no Brasil os Metal Heroes tiveram um tempo de vida um pouco mais longo no ocidente, sendo que na nação nipônica a proposta de heróis robóticos já havia sido abandonada.
Policial de Aço Jiban: Jiban tem a trama mais batida da história de defensores robóticos da ficção. Baseando-se na proposta do mangá The 8 Man (1963), mas com um visual inspirado no filme norte-americano RoboCop (1987), criado em 1989 a série começa com a morte do policial Naoto Nomura que se sacrifica tentando salvar um cientista e sua filha do ataque de um alienigena da organização Biolon. Comovido com o sacrificio, o Cientista Dr Igarashi, Dá uma chance ao policial re-animando ele como o Policial de Aço Jiban. Em alguns episódios, Jiban se mostra um burocrata imensuravel, sempre citando suas clausulas (baseadas nas diretivas de Asimov) antes de prender ou derrotar algum inimigo.
Fun Facts:
• No terceiro episódio de Jiban, o herói salva um garoto usando uma camiseta do Santos Futebol Clube.
• No décimo terceiro episódio o irmão de Jiraya aparece e explica a Jiban a existência de Jiraya, assim quase iniciando a iniciativa vingadores nipônica.
• O ator que interpretava o vilão principal, Dr. Jean Marrie (Dr. Giba, no original), era interpretado pelo ator italiano Leo Mangetti, por leitura labial é possível perceber que todos os seus diálogos eram escritos em inglês.
• Por algum motivo desconhecido, séries e desenhos estrangeiros no Brasil não tinham seus episódios finais transmitidos no Brasil. Os dois últimos episódios de Jiban nunca foram transmitidos, e só é possível assisti-los pelos box de dvd lançados no país.
Jiraiya - O Incrível Ninja: Sucesso tanto no Japão quanto no Brasil essa série é uma daquelas que estreou no momento áureo dos tokusatsus. Com uma proposta bem original, que tirou a ideia de um humano capacitado por alienígenas, a série apostou na temática cultural dos Ninjas. Na trama, após perder a mãe o jovem Toha é adotado por uma família de ninja que possui um pergaminho que contém um antigo tesouro. A família de ninjas tem que proteger o pergaminho de Dokusai e seus asseclas que querem os segredos do pergaminho a qualquer custo. O elenco conta com muitos coadjuvantes e um bom desenvolvimento, algo raro para a séries da época, sendo que os irmãos de jiraya também tinham os seus uniformes de luta e seus aliados eram de uma rede internacional de ninjas, formado por vários ninjas de vários países incluindo seu rival americano, Denin Wild, um ninja em trajes de... denim que luta com duas pistolas. Toha se transforma com a roupa do antigo ninja Jiraya e empunhando sua espada olímpica (nome dado pela própria Toei para distribuição ocidental). Com 50 episódios, Jiraya estreou na manchete e durou até a migração para a RedeTV em seu primeiro ano.
Esquadrão Especial de Resgate Winspector: Nascido na década de 90, onde o gênero metal hero já estava praticamente morto, a Toei decidiu investir pesado numa nova linha de brinquedos e junto um seriado que apresentasse os brinquedos ao público. A aposta foi certeira! Com um design arrojado de armaduras e propostas, Winspector trazia as aventuras do herói humano Fire que junto com os robôs Biker, o animadinho e Higher, o cauteloso do grupo. Eles combatiam criminosos e salvavam pessoas de desastres naturais com a mais variada gama de “gadgets” pra bater de frente com o Batman. Assim como muitos tokusatsus tem sempre uma característica do protagonista, em Winspector todos achavam que Fire não sobreviveria a certos desastres, mas no fim de cada episodio ele saia em meio a destruição protegendo um civil em seus braços. Com o total de 49 episódios, foi transmitida no Brasil de 1994 a 1997. o sucesso na venda de brinquedos, deu um impulso em seu sucessor Solbrain e ainda o ajudou a fazer sucesso aqui no Brasil.
Black Kamen Rider: Muitas pessoas não deram muito valor ao Kamen Rider quando estrou em terras tupiniquins, já que não conheciam sua tradição e seu visual pouco apelativo. Com um total de 51 episódios, a história conta a história de Issamu Minami um jovem que tragicamente vira alvo da organização Gorgon que planeja transformá-lo num imperador do mal. Todos os Kamen Rider mantinham uma carga de drama e critica social muito pesada, o que foi sempre a marca da série. Após sua morte a franquia tomou outros rumos e distorceu seu conceito a níveis extremos, tendo Kamen Riders com temas de frutas e que passam batom para se transformar. Em 2009 o canal americano CW produziu uma versão americana de Kamen Rider chamada Kamen Rider: Dragon Knight (Aqui no Brasil, Kamen Rider: O Cavaleiro Dragão). A série teve até uma bom repercussão tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. A série foi exibida aqui no Brasil nos últimos anos da TV Globinho.
Jaspion: Esse aqui é o maior Tokusatsu já vindo para o Brasil, tendo uma legião de fãs por todo o país, curiosamente teve um sucesso mediano no Japão (Um caso similar ao dos Cavaleiros do Zodíaco em ambas nações). Jaspion, mais uma vez um produto da Toei foi criado em 1985 contendo com 46 episódios ao todo. No Brasil começou a ser transmitido pela TV Manchete em 1988, onde foi um sucesso absoluto. Seu sucesso abriu a porta para vários outros Tokusatsus, no auge do sucesso Jaspion já teve os maiores índices de audiência da TV Manchete.
A trama começa em uma galaxia distante, onde o profeta e cientista Edin encontra um bebê em uma nave acidentada onde os pais da criança estão mortos. Crendo nas profecias da bíblia galática, que preceituava que um guerreiro salvaria a galáxia do mal, Edin adotou e criou o menino sozinho, nomeando-lhe de Jaspion (Justice + Champion = Jaspion) na esperança que um dia o garoto aceite lutar contra as forças do mal que corrompem a galáxia. A Galaxia é corrompida por Satan Goss (super inspirado no Darth Vader) que além de corromper criaturas de vários planetas, quer popular a galáxia com seus monstros, junto dele, seu herdeiro e emissário MaGaren (Mad + Gallant = Galante Louco), que virá a ser o rival do herói. Anos mais tarde, após o planeta de Edin ser destruído, Jaspion aceita seu destino e faz viagens interplanetárias buscando os pedaços da Bíblia Galática, acompanhado pela androide Airi, vestindo sua armadura feita do metal mais resistente do universo e viajando na nave-robô Gigante Daileon (Provavelmente o Mecha ou "Zord" mais foda da história). Entre suas viagens interplanetárias, Jaspion faz sua última parada no planeta terra, onde encontra novos aliados e tem seu duelo final contra Magaren e Satan Goss.
Fun Facts:
• Rolou uma “filhadaputagem” na transmissão original de Jaspion no Brasil. A série tinha 50 episódios, mas por motivos desconhecidos a TV Manchete só transmitia até o episódio 44 e depois reprisava do começo. Só em 1992 a série foi transmitida por completo.
• O tema de combate do “Gigante Guerreiro Daileon” ainda é um dos temas mais lembrados de tokusatsu no Brasil. No original é cantado por Akira Kushida que também canta os temas de Jiraya e Jiban. Kushida é figura carimbada nos eventos de anime do Brasil.
• O tema de Daileon e a abertura de Jiban, viraram memes no começo do youtube no Brasil, por causa de uma montagem que o YouTuber Marcos Castro fez para um trabalho de faculdade.
Power Rangers
Na década de 80 os japoneses tentavam exportar seus tokusatsus para o mundo, onde tiveram uma boa recepção na Europa, mas uma entrada tímida nos estados unidos. O empresário Haim Saban, conseguiu trazer Bioman para a França com sucesso, mas o mesmo não teve sucesso nos EUA. Interessado no potencial das franquias, Saban fundou a Saban Entertainment na década de 90, onde produziria, importaria e distribuiria produções televisivas. Saban comprou da Toei os direitos de Kyoryu Sentai Zyuranger de 1992, aproveitando da temática de dinossauros em alta por causa do filme Jurassic Park.
O conceito se manteve igual ao original, mas a série não, além de todo o roteiro ter sido re-escrito com um tom mais cômico, os atores foram todos trocados por jovens norte americanos, mantendo-se apenas as cenas de lutas originais da versão japonesa. A Saban também pareceu não se importar com as diferenças de qualidade entre a filmagem original (em película) e a norte-americana (cinescopada, ou seja, vídeo com textura modificada), assim como com o fato de a Ranger Amarela (Trini Kwan, interpretada no piloto da série por Audri DuBois e substituída na série pela atriz vietnamita Thuy Trang, falecida em 2001) ser um homem na série japonesa (Boy, interpretado por Takumi Hashimoto, conhecido entre os brasileiros como o garoto Manabu Yamaji de Jiraiya).
O sucesso fez com que a Saban continuasse comprando outras franquias sentais da Toei além de produzir suas próprias – todas são um fiasco na minha opinião – VR Troopers, Masked Man, Big Bad Beetleborgs, e Os Cavaleiros Místicos de Tir Na Nog. Não bastando estas desgraças, a rival da Saban chamada DIC Audiovisual seguiu o mesmo caminho adaptando Denkou Choujin Gridman (Super-homem Eletrônico), nomeando de Super Human Samurai Cyber Squad (Fale isso rápido três vezes) onde um garoto adolescente entrava no mundo digital para combater seus inimigos. Não se contentando em ser uma bosta a DIC criou um conceito original terrível chamado de Tatooed Teenage Alien Fighters From Beverly Hills (Os jovens guerreiros tatuados de Beverly Hills no Brasil) que era uma porcaria.
A série ganhou dois filmes filmes. Um lançado nos cinemas em 1995 (Mighty Morphin Power Rangers: The Movie) onde as cenas de ação eram gravadas pelos próprios americanos e os Zords eram feitos com um péssimo CG noventista. O segundo filme foi Turbo: A Power Rangers Movie. Esse filme voltou para a forma básica da série de TV, aproveitando algumas cenas com os Zords dos seriados originais do Japão. A série continua até hoje, sempre utilizando as séries do Kyoryu Sentai Zyuranger. E nesta semana teremos a estreia de um novo Live Action da série produzido pela Saban em parceria com o estúdio Lionsgate. O filme pretende ser uma reinvenção da série, com um estilo mais voltado para o cinema de super-heróis de hoje em dia. E claro, com efeitos melhorados que lembram bastante o filme PACIFIC RIM de Guillemo Del Toro, produção de 2013 que também foi muito inspirada em tokusatsus.
Isso era ruim demais, puta que pariu...
A série ganhou dois filmes filmes. Um lançado nos cinemas em 1995 (Mighty Morphin Power Rangers: The Movie) onde as cenas de ação eram gravadas pelos próprios americanos e os Zords eram feitos com um péssimo CG noventista. O segundo filme foi Turbo: A Power Rangers Movie. Esse filme voltou para a forma básica da série de TV, aproveitando algumas cenas com os Zords dos seriados originais do Japão. A série continua até hoje, sempre utilizando as séries do Kyoryu Sentai Zyuranger. E nesta semana teremos a estreia de um novo Live Action da série produzido pela Saban em parceria com o estúdio Lionsgate. O filme pretende ser uma reinvenção da série, com um estilo mais voltado para o cinema de super-heróis de hoje em dia. E claro, com efeitos melhorados que lembram bastante o filme PACIFIC RIM de Guillemo Del Toro, produção de 2013 que também foi muito inspirada em tokusatsus.
Boa...só faltou o Metalder, que, se não falha a memória passava na Band.
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