domingo, 29 de abril de 2018

My Two Cents About: Vingadores - Guerra Infinita




"Dust in the wind
All we are is dust in the wind"




DEZ anos e DEZOITO filmes depois, a Marvel Studios consegue um feito impressionante com Vingadores – Guerra Infinita: Surpreender o público! 


Imaginava-se que o público geral ficaria cansado dos filmes do MCU. Grandes diretores já apontavam para um certo “desgaste” dos filmes de Super-Heróis, sem contar a famigerada “maldição do terceiro filme”. Será que Guerra Infinita iria conseguir resgatar o brilho e o entusiasmo do primeiro filme? Os irmãos Russo (Soldado Invernal e Guerra Civil) conseguiram mais uma vez elevar e modificar o panorama do universo cinematográfico da Marvel com o filme mais corajoso e ambicioso do subgênero. O filme tem uma premissa simples, mas que funciona em uma escala gigantesca de acontecimentos: Thanos (Josh Brolin) finalmente foi atrás das Joias do Infinito. Para isso, vai cruzar o caminho de praticamente todo o MCU. É mais fácil dizer quem está fora desta baguncinha neste primeiro filme: Homem Formiga, Vespa e Gavião Arqueiro ainda não entraram para a "brincadeira", mas o resto entra em rota direta de colisão com o vilão. 




É IMPRESSIONANTE o trabalho dos diretores (Anthony e Joe Russo) e roteiristas (Christopher Markus e Stephen McFeely) neste filme. Todos os personagens aparecem o tempo que realmente precisam. Tudo muito bem trabalhado e equilibrado. O humor, a tensão e o ritmo são perfeitos. Lembra muito o filme de 2012. Os tons de cada personagem (ou grupo) não diferem de seus filmes solo. As cenas com os Guardiões pareciam ser feitas pelo próprio James Gunn. O filme é uma união perfeita de todas as visões dos diretores do MCU. Aquele abraço para o Joss Whedon que CAGOU pro Capitão América nos dois primeiros Vingadores.




O filme tem um apelo épico em todos os quesitos, em especial na fotografia. Sempre achei bons diretores, mas Soldado Invernal e Guerra Civil não tinham um visual “cinematográfico”. Lembravam muito o primeiro Vingadores, com uma fotografia que usava planos mais fechados, talvez sendo uma herança dos trabalho dos irmãos (e do Whedon) na TV. Aqui temos uma mudança revigorante, já que câmeras IMAX foram usadas na produção, dando um tom mais épico para tudo. TODAS as sequências de ação e batalhas são FANTÁSTICAS. Personagens que nunca tiveram o seu real potencial em cena, aqui tiveram justiça. É o caso da Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen <3) e Thor (Chris Hensworth). A Feiticeira tem um arco importante no filme junto do Visão (Paul Bettany), e quando é exigida em batalha o resultado é espetacular. Thor finalmente "apareceu" em tela. Depois de uma trilogia capenga e aparições "simplórias" nos filmes da equipe, aqui finalmente temos o DEUS DO TROVÃO em toda a sua glória. Sua Side Quest com Rocket Raccon (Bradley Cooper) e Groot (Vin Diesel) é um ótimo alívio para o clima tenso do restante do filme. 




Mas o verdadeiro protagonista do filme é Thanos. Com uma origem que difere um pouco com a dos quadrinhos, aqui podemos entender e até respeitar a sua motivação. Com apenas cinco minutos de filme o público já tem uma ideia do que ele irá fazer na trama. Foi uma decisão acertada não incluir a Morte como personagem em um filme que já estava cheio, assim dando ainda mais importância para os atos do vilão. O trabalho do CGI do personagem é IMPRESSIONANTE! Junte tudo isso com a ótima atuação do Josh Brolin, e temos um dos melhores vilões dos últimos anos. 




Mas o grande trunfo deste filme foi sua “montanha russa de emoções”. Desde "Batman – O Cavaleiro das Trevas” eu não me sentia tenso dentro de uma sessão de cinema. Depois de anos vendo filmes deste subgênero, você meio que sabe para onde tudo vai se encaminhar para a parte final, mas aqui é onde os irmãos Russo e a Marvel realmente brilham. Muitas cenas que apareceram nos trailers foram mudadas ou sequer apareceram. Várias teorias (inclusive a minha) foram simplesmente IGNORADAS, deixando todos surpresos com o final do filme. Não é exagero dizer que ele é o IMPÉRIO CONTRA-ATACA desta geração. Um filme com um ótimo vilão, heróis que sofrem uma tragédia e um estória que não termina bem. Ainda temos um gancho para deixar todo mundo se remoendo e ansioso até o lançamento de Vingadores 4 em 2019.




Guerra Infinita é definitivamente um marco para o subgênero e para o cinema. Uma produção gigantesca, com um elenco e uma quantidade absurda de personagens, que nunca parece ser exagerado. É um filme “cirurgicamente” feito para ser épico. Ele tem o mesmo apelo de outras grandes franquias como Senhor dos Anéis e Star Wars, mas sem ignorar o seu próprio estilo. A Marvel só eleva o padrão deste tipo de franquia. Não é qualquer estúdio que pode chegar e começar um universo do nada hoje em dia. É preciso tempo e respeito com o material que é adaptado. O todo poderoso do estúdio, Kevin Feige, já disse que tem filmes preparados até 2024 e 2025. Parece que a fatiga de Vingadores e da Marvel está longe de acabar.


NOTA: 10 

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