domingo, 17 de junho de 2018

My Two Cents About: Jurassic World: Reino Ameaçado




"INSHALLAH"



Quatro anos depois do incidente em Jurassic World o debate sobre destino dos dinossauros “pega fogo”, já que um vulcão na Ilha Nublar está para entrar em erupção. Devemos resgatar estes animais ou deixar a natureza “corrigir” está aberração criada pelos humanos? Jurassic World: Reino Ameaçado começa com uma ótima proposta, trazendo à tona aquele discussão da cena do almoço do primeiro filme. O mundo finalmente está conhecendo os alertas dados pelo nosso saudoso Dr. Ian Malcolm (Jeff Goldblum).




Claire Dearing (Bryce Dallas Howard), a ex-gerente do parque, fundou o "Grupo de Proteção dos Dinossauros" (Dinosaur Protection Group), uma organização dedicada a preservação da ilha e dos animais nela presentes. Na eminência da erupção vulcânica, Claire pede a ajuda de de Owen Grady (Chris Pratt), o ex-treinador de Velociraptores do parque, para ajudar a resgatar os dinossauros que ainda restam por lá. Owen está determinado a encontrar Blue, a líder dos Velociraptores que ainda está perdida na selva, e Claire passou a respeitar essas criaturas que agora são a sua missão de vida. Ela contará com a ajuda de Benjamin Lockwood (James Cromwell), o antigo parceiro de John Hammond (Richard Attenborough), para lançar uma missão de resgate na ilha e trazer as criaturas para o santuário de Lockwood na América. No entanto, quando chegam à instável ilha, Owen e Claire percebem que os dinossauros estão sendo leiloados ao invés de salvos.




O primeiro ato do filme é fantástico. Destaque para a cena inicial que é perfeita e toda a parte na Ilha Nublar. Os momentos finais de lugar histórico são emocionantes. J. A. Bayona (O Orfanato, O Impossível e Sete Minutos para Meia-Noite) é muito mais técnico e cinematográfico na direção do que Colin Trevorrow em Jurassic World. Seu trabalho de câmera e sombras, principalmente na parte da propriedade Lockwood são belíssimos. O CGI e a volta dos animatronics dão um aspecto mais realista desta vez, já que em JW isso foi um dos principais pontos de reclamação entre fãs e crítica. Chris Pratt e Bryce Dallas continuam muito bem em seus papéis. Os dois tem uma ótima química em cena. E pela primeira vez na franquia, temos vilões realmente caricatos. Ken Wheatley (Ted Levine) como um dos mercenários é aquele clássico vilão que inferniza os heróis o tempo todo. Eli Mills (Rafe Spall) é o vilão corporativo, figura que sempre está presente neste universo.




No lado dos “mocinhos” temos o nerd especialista de tecnologia, Franklin Webb (Justice Smith) e a Veterinária “Paleontóloga” Zia Rodrigues (Deniella Pineda). Infelizmente, esses dois personagens tem participações bem forçadas na trama e acabam te tirando um pouco da estória. Outros dois personagens importantes para o filme são os Lockwood’s. Benjamin e sua neta, Maise (Isabella Sermon). Este núcleo carrega uma das maiores reviravoltas do filme... QUE INFELIZMENTE NÃO SERVE PARA QUASE NADA! Sério, é só para validar uma ação no fim da trama, mas era algo que poderia ser muito mais explorado. É uma revelação grandiosa, mas que não tem o peso importante que deveria ter. E tudo isso nos leva para o maior pecado deste filme: A falta de balanço entre ação e dilemas morais.




O filme vai para uma ótima direção, mas se perde quando é ambientado em um espaço limitado. É a cena da cozinha no primeiro filme, mas só ela. O filme te apresenta um ótimo dilema, mas ficamos preso em um local limitado e com cenas de ação QUE NÃO TEM EMPOLGAM! Quando isso acontece em um filme da série, temos um problema sério. Até Jurassic Park 3 – considerado o pior filme da série – temos cenas de ação grandiosas. O filme simplesmente não te empolga o suficiente. Ao invés de se preocupar com o que está acontecendo na trama, você pensa mais no que vai acontecer no próximo filme, já que em nenhum momento nossos heróis são realmente ameaçados. Você sabe que nada irá acontecer com eles. O filme só prepara o palco para uma continuação mais interessante, mas não te empolga (Sim, eu usei três vezes o verbo empolgar. Deu pra perceber que eu não me EMPOLGUEI?!). 




Outro ponto negativo é a falta de conexão com outros filmes da série. Existe o debate sobre o destino dos dinossauros em JWFK. Lockwood que trazer eles para um santuário no continente... MAS E A PORRA DA ILHA SORNA DE “O MUNDO PERDIDO” E “JURASSIC PARK 3”?! Eu só fã de campanhas de marketing viral na Internet. A campanha do “Batman – O Cavaleiro das Trevas” é fantástica, mas quando nada daquilo é discutido NO FILME, isso se torna um erro. Não é todo mundo que vai atrás disso, portanto PRECISA SER CITADO NO FILME. Só fui descobrir que a Masrani – empresa que criou o novo parque no filme anterior – retirou os dinossauros da Sorna graças ao marketing viral do filme. Mas mesmo com isso, POR QUE NINGUÉM COGITOU EM LEVAR OS DINOSSAUROS DE VOLTA PARA A SORNA? Claro, descobrimos a agenda secreta dos vilões, mas isso não é questionado pela opinião pública no começo do filme. Essa falta de conexão com o “Lore” da franquia me decepcionou neste filme.



Michael Giacchino volta para a trilha sonora. É um trabalho bem melhor do que o do último filme, mas faltou um bom tema para o filme.


Jurassic World: Reino Ameaçado é uma continuação “morna” que infelizmente só serve para estabelecer o próximo capitulo da série (Cadillacs and Dinosaurs confirmado?). O filme perdeu uma ótima oportunidade ser mais sério como nos novos filmes da série “Planeta dos Macacos”.  Apesar de uma boa direção, ficamos com aquele gosto “agridoce”. Espero que o ato final dessa franquia (Sério, não dá pra fazer mais nada depois disso. TEMOS QUE TER UM FINAL PARA TUDO ISSO) nos entregue o que faltou aqui.


Nota 7,5

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