domingo, 28 de abril de 2013

My Two Cents About - Homem de Ferro 3


I'm blue da ba dee da ba die...




Finalmente chega aos cinemas o novo filme do Latinha, dando continuidade no estrondoso sucesso de 2012, Os Vingadores e iniciando a fase 2 do universo cinematográfico da Marvel. Desde a batalha de Nova York no final de Os Vingadores, "Tony Pinga" (Robert Downey Jr.) é um cara mudado. Ele conheceu Deuses, seres de outros mundos e outras dimensões. Tudo isso mexeu com ele, já que não consegue mais dormir direito e tem ataques de ansiedade. Sua unica distração é ficar em sua casa construindo novas armaduras e vivendo em um estado de alerta à todo momento. Ele teme não conseguir proteger a pessoa que ele mais ama nesse mundo, Pepper Potts (Gwynety Paltrow). E no meio de todo esse turbilhão de emoções surge o terrorista Mandarim (Ben Kingsley) que espalha uma trilha de destruição com vários ataques por todo mundo. Quando Happy Hogan (Jon Favreau) se fere em um desses ataques, Tony Stark entra em confronto com Mandarim, e isso lhe traz consequências terríveis em sua vida. Se não bastasse tudo isso ainda temos duas pessoas do passado de Stark que aparecem também para mudar drasticamente sua atual situação, junto com uma nova nano tecnologia, a Extremis, em que o DNA pode ser modificado. Essa tecnologia foi criada pela botânica Maya Hansen (A sensacional Rebecca Hall) e aperfeiçoada pelo cientista Aldrich Killian (Guy Pearce).


Infelizmente esse é o filme mais irregular da MARVEL STUDIOS até o momento. Se por um lado temos um grande desenvolvimento e amadurecimento do Tony Stark, por outro temos decisões questionáveis para trama e para o universo cinematográfico da Marvel. É um filme que não expande em nada o universo que já está estabelecido, fazendo poucos menções a outros personagens e não dando nenhuma pista do que pode acontecer no futuro. Outro ponto importante e bem  pertinente nesses últimos dias é o terrorismo na figura do Mandarim. Eu não vou me prolongar aqui sobre esse assunto já que falei muito sobre isso nesse texto, mas é mais um caso de como uma agenda é imposta ao público e de como esse tipo de pensamento é divulgado na cara dura e até é comentado de forma livre nesse roteiro. Qualquer semelhança com os acontecimentos por trás dos ataques em Boston nos últimos dias não são mera coincidência. Mas uma vez eu alerto para que se informem. Esse filme mostra bem isso.


Infelizmente a Marvel perdeu uma boa oportunidade de criar um filme mais denso relevante, e isso fica muito evidente quando Tony Stark está no Tennesse tendo que se virar para achar pistas sobre os ataques do Mandarim e consertar sua armadura. Era o momento perfeito para mostrar o personagem entrando totalmente em conflito com seus demônios internos, mas aí somos apresentados ao garototinho Harley (Ty Simpkins), uma espécie de Sidekick mirim que até resulta em cenas engraçadas, mas que parecem desnecessárias. Outro ponto que vai ser muito discutido é a reviravolta envolvendo o vilão Mandarim, que infelizmente resultou em um momento bizarro e digno dos filmes do Batman feitos pelo Joel Schummacher. A cena final com várias armaduras é muito boa, mas o desfecho que também irá repercutir bastante, me soa tremendamente forçado e de novo usando o termo bizarro, para não ser ainda mais chato com essa sequência.


Fora tudo isso, ainda temos os tradicionais furos de roteiro desse tipo de filme, como trazer James Rhodes (Don Cheadle) preso dentro de sua armadura War Machine/Iron Patriot do Paquistão até Miami em menos de seis horas (Acho que usaram aquela nave do Batman em The Dark Knight Rises para isso, só pode ¬¬) e a armadura que não usa o reator Ark do Tony Stark para carregar? (Porra, o cara tinha isso também para carregar a armadura, e não só para manter o estilhaço fora do seu coração. Mas aí no filme ela descarrega facilmente e precisa de eletricidade normal para ser carregada????). Até a trilha sonora não é tão legal como os outros filmes do Latinha. Já estamos acostumados com ACDC, Black Sabbath, e quando esse filme começa já levamos um choque com Eiffel 65, sucesso do Eurodance de 1999. A música até faz sentido para a cena que se passa em 1999, mas mesmo assim.....EIFFEL 65 NÃO, PORRA!




Porra Marvel! ¬¬


O final do filme é aberto para muitas alternativas. Não sei se a Marvel está com medo que que Robert Downey Jr. não volte para os filmes solos do Homem de Ferro (dificilmente, mas vai que né?), e temos um final meio estranho em que ele desiste mas não desiste de ser o Latinha. Infelizmente esse foi o primeiro projeto irregular da MARVEL STUDIOS, sendo que ele é até irrelevante para o próximo filme dos Vingadores. Posso afirmar que quando chegar em 2015, e você caro leitor que gosta de fazer uma maratona de filmes do universo MARVEL STUDIOS, poderá tranquilamente ignorar esse filme. Agora as expectativas estão na série de TV da S.H.I.E.L.D. e no próximo filme do THOR que estreia em Outubro. Ainda bem que a MARVEL STUDIOS tem muito Street Credit para gastar à rodo por aí.

























Um comentário:

  1. Ta aí um filme da Marvel que eu não vou assistir (junto com CA: First Avenger). O que mais me incomoda é a interpretação dada ao mandarin: Mesmo que exista um jogo de identidade com o vilão do filme, não precisa ter descartado a nacionalidade dele (que no fim acabou sendo genêrico, pelo ator que o interpreta). Eu sei que Hollywood quer de todo jeito entrar na china, mas não iria ser ofensivo um vilão chinês se houve algum fator no roteiro para não ofender o povo. Acho que foi uma cagada grande em relação ao vilão.

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