domingo, 14 de julho de 2013

My Two Cents About - O Homem de Aço



Superman: Year Zero






A volta de Superman pelas mãos de Zack Snyder (300, Watchmen), com o roteiro de David S. Goyer (Trilogia Dark Knight) e Christopher Nolan na produção (Trilogia Dark Knight, Memento e Inception) finalmente chega aos cinemas brasileiros, e já é um dos grandes filmes do ano, mesmo com algumas ressalvas.

VAMOS DIRETO AO ASSUNTO

Eu gostei muito do começo do filme. Toda a parte de Krypton e como aquela sociedade deles funcionava me lembrou muito a época do John Bryne na revista do Superman. Jor-el (Russel "Gladiator" Crowe) está perfeito na parte de Krypton, embora um pouco exagerado quando confronta os militares. Sua motivação em tentar salvar a continuidade de sua raça, indo contra toda ordem de sua sociedade é uma ótima ideia. E o pequeno Kal-el (Henry Cavil) é a esperança de seu pai. Com o Kal-el/Clark Kent já na terra, a trama começa a ser contada de uma forma não linear, alternando com sua infância e juventude e o seu presente, na busca por sua identidade nesse mundo e o confronto com Zod (Michael Shannon).




A motivação de Zod é muito boa. É algo que já está dentro dele, e ele não pode fugir disso. Kevin Costner e Diane Lane como Jonathan e Martha Kent estão bem no filme. Talvez a cena do Tornado seja má realizada, mas eu tenho certeza que é culpa do Znyder aqui. Eu entendo todo o significado da cena, mas precisava ser desse jeito? Essa é uma clássica "Znyderice" do diretor. Eu faria algo um pouco mais simples. Talvez seria mais tocante. Mas não, "Vamos colocar um Tornado. Vai ser Massavéio". ÊÊÊ SNYDER..ÊÊÊ...Nossa..Meu Deus, não tá vendo que tá passando dos limites não é?




Mas se o Snyder erra em algumas coisas, ele acerta em outras. Mesmo com algumas ressalvas. As cenas de combate nesse filme são sensacionais. Finalmente temos um filme que realmente mostra todo o poder de um personagem como o Superman. Como disse o Flávio, era tudo que os irmãos Wachowski fariam no Matrix, se tivessem mais grana. Todo fã de Dragon Ball que sempre sonhou com filme decente do anime, foi um pouco "vingado" com esse filme do Super. Só não são perfeitas por causa do próprio roteiro. E é aí que eu começo a parte mais importante desse review.




Existe duas formas de você encarar esse filme; Uma é você realmente embarcar nessa ideia de um Superman que não age como o Herói clássico. Que vai partir para a porrada sem se preocupar com todos ao seu redor, porque realmente em uma situação com essa, aconteceria isso. Pessoas iriam morrer. Ou você realmente pode crucificar o Znyder por completo. Dizendo que ele não entende o personagem. No meu mundo perfeito, eu faria um Superman mais decidido também, só que com os mesmos ideais do personagem clássico aparecendo. Mas essa é grande sacada que Hollywood ainda está para aprender, e claro que ninguém de lá vai me ouvir (pelo menos até agora =P).




Eu penso que esse Superman combina muito bem com o público de hoje. O próprio Nolan estabeleceu isso com a trilogia Dark Kinght, e isso refletiu em vários outros personagens. Seja nos quadrinhos (o próprio Superman dos novos 52) ou até no cinema (o novo 007). Todos não são mais tão ingênuos. Todos tem uma camada mais Dark e um pouco mais real. Ora, se os Super-Heróis sempre refletiam o seu tempo nas suas histórias, não podemos condenar as suas adaptações com um enfoque mais "real" no cinema também. Mas aí vem mais uma "Snyderice" no filme. E ela acontece logo no final do filme. Não vou dar Spoilers aqui (se quiser um review com Spoilers e mais detalhes da trama, leia esse aqui), mas ora, se o Superman já agiu de uma forma mais brusca e violenta, porque ele vai sentir o peso da sua decisão no final? Ele repete o mesmo erro que cometeu em Watchmen, com o personagem gritando para demonstrar como isso o afetou. Eu acho totalmente forçado esse tipo de cena. Como sempre, ele nunca consegue acertar totalmente nos seus filmes.




Infelizmente personagens como Perry White (Laurence "Mopheus" Fishburne) e Lois Lane (Amy Adams) não são tão bem desenvolvidos, mas em virtude dessa trama é até compreensível. Henry Cavil está bem no filme. A cena do tornado onde ele está como um Clark Kent adolescente mostra que o ator tem alguma qualidade. A trilha sonora do Hans Zimmer é matadora aqui. Não tem nenhum tema que vai ficar para a história, mas combinou muito bem com o filme.

                     
                       



Apesar de alguns furos, o filme "passa de ano". Não é o Superman que merecemos, mas o Superman que esse tempo pede. Eu acho que a atitude um pouco mais forte do Superman pode ser explorada no segundo filme. Lex Luthor poderia usar isso contra a imagem do Superman. Não foi perfeito como Batman, mas pelo menos não decepciona como Lanterna Verde



P.S: Essa Faora (Antje Traue) é linda e por mim poderia fazer a Mulher Maravilha tranquilamente







                         









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