quarta-feira, 30 de outubro de 2013

ESPECIAL HALLOWEEN 2013 - My Two Cents About











Já dizia o Tchakabum: "Vixe Maria, sai pra lá assombração". Esse é o especial do My Two Cents About de Halloween. Como o ritmo das postagens desse blog são tão lerdos quanto vítimas fugindo de um serial killer em slasher movie, resolvi reunir essas resenhas em um só post "safado". É praticamente um Frankenstein, com resenhas diferentes, de filmes desse gênero tão querido, lançados em 2013.





A Morte do Demônio (Evil Dead, 2013)





Pra começar o especial temos o reboot/continuação de um clássico dos anos 80', Evil Dead - A Morte do Demônio. Filme que lançou a carreira do diretor Sam Raimi para o mundo. O filme com baixo orçamento trouxe inovações de câmeras, gore e um certo humor para o gênero. Trinta anos depois, temos o reboot/continuação feito pelo diretor uruguaio, Fede Alvarez, que ficou famoso nas internets da vida com o curta Ataque de Pânico!, onde robôs gigantes atacavam Montevidéu. Sam Raimi volta como produtor deste filme que conserva a estrutura do original, mas implantando pequenas mudanças nos personagens.


A maior mudança do filme é o tom. Nada do humor visto nos filmes antigos e o nível de gore aqui extrapola tudo. E nada de CG aqui. Vários efeitos práticos e muito, mas muito sangue. Literalmente chega a chover sangue no filme em uma cena, que aliás me decepcionou muito já que não tocou Raining Blood do Slayer. O final do filme traz novas ideias e a participação de um certo personagem pra deixar claro que esse filme não é um remake da série. Nessa semana tivemos o anúncio da continuação de Army of Darkness, com a direção de Sam Raimi. Vamos ver o que ele vai fazer para juntar a trama da franquia com esse novo filme. Se você não é fresco com gore e nem muito saudosista, o filme é uma boa pedida para o Halloween. 










Lords of Salem






Se o Guilhermo Del Toro faz seus filmes nerds com amor, o Rob Zombie faz o mesmo com os seus filmes de terror. Como Del Toro, ele tem total domínio com gênero e em Lords of Salem o cara teve uma grande evolução na direção. Na cidade de Salem, Massachusetts, a DJ Heidi (Sheri Moon Zombie), que trabalha em uma estação de rádio recebe uma pequena caixa de madeira, contendo um disco, um "presente dos deuses". Enquanto ouve estes sons estranhos, Heidi começa a se lembrar do passado violento da cidade e começa passar por algumas transformações. Não é um filme pra "te dar" medo, e sim te carregar na mesma experiência que o protagonista está passando. Com muita, mas muita inspiração no Kubrick, tanto em ritmo como no estilo das tomadas. Junto com House of 1000 Corpses e o remake de Halloween, Lords of Salem é um dos seus melhores filmes. 









Mama





Falando em Del Toro, temos um filme que ele produziu, mas que falho miseravelmente. Em 2008 o argentino Andrés Muchietti fez sucesso com o seu curta Mama. Del Toro se interessou pelo projeto, e ajudou o diretor a produzir um filme inteiro, concluindo a trama do curta. Na trama o pai das garotas Victoria e Lilly mata sua esposa e depois foge com as garotas para uma cabana na floresta. Por cinco anos ninguém tem notícia das garotas, até que um grupo de buscas liderado pelo tio das garotas, Lucas (Nikolaj Coster-Waldau) e sua namorada, Annabel (Jessica Chastain) finalmente encontram elas. Lucas e Annabel ganham a custódia das garotas, e vários problemas e acontecimentos estranhos começam acontecer na casa do casal. Toda a parte técnica é até bem pensada. A criatura Mama é um misto de efeitos práticos com CG é a até legal, mas o clichês idiotas que assolam o gênero, como música alta pra dar susto ou personagem que aparece do nada estragam toda a experiência. 


Fora o desfecho da trama que é horrível. É aquele tipo de final que acaba, e você sabe vai ter consequências terríveis para os protagonistas, embora o desfecho do filme tente mostrar que tudo terminou "bem" (bota aspas nisso). O único ponto alto da trama é a Jessica Chastain, que além de ser uma grande atriz, é muito linda. Ela é ruiva mas aqui tá toda moreninha com pinta de Suicide Girl. Tirando ela, o filme decepciona.







American Mary





American Mary foi um pequeno fenômeno indie do terror. A trama com a estudante de medicina, Mary, que tem dificuldade para pagar as suas despesas de estudo, acaba indo tentar um emprego de stripper em um clube noturno. Depois de apresentar o seu currículo (até pra ser stripper o pessoal tá pedindo currículo. Não tá fácil pra ninguém =P), o dono do clube pede para que ela use as suas habilidades como estudante de cirurgia, e salve uma pessoa que estava sendo torturada no clube. Depois disso, a fama de seu feito começa a correr pelo submundo e Mary recebe uma proposta inusitada. Uma mulher deseja modificar o seu corpo radicalmente. Relutante quanto a cirurgia, mas necessitando da grana, Mary acaba topando o trabalho. Sua fama cresce mais ainda, mas Mary continua cética em continuar no mundo do Body Modification, até que episódio traumático envolvendo um professor de sua universidade faz com que Mary mude radicalmente a sua personalidade e atitude.


Dirigido pela irmãs gêmeas, Sylvia e Jen Soska (aka Twisted Twins), o filme mostra muito bem a cultura desse mundo do Body Modification, com uma visão muito estilizada para o gore sem ser tudo visceral como em Saw ou Hostel. As irmãs mostram tudo com naturalidade e sofisticação, e isso te assusta. Muito humor negro e até metalinguagem completam os pontos altos do filme. É como se fosse uma grande mistura de Nip/Tuck, American Pyscho, Centopeia Humana e uma pitada de feminismo. Esqueçam os sustos baratos, os clichês e embarque nos diálogos inteligentes e nada corretos. Questionando até que ponto as pessoas vão para conseguir a "beleza ideal". Um filme genial!








V/H/S/2






No meu post sobre os melhores filmes de 2012, eu fiz uma menção honrosa para o primeiro V/H/S, como um "filme bizarro, mas muito divertido", e em time que tá ganhando não se mexe. Sua continuação mantém a mesma fórmula. Aqui vemos um casal de detetives que está à procura de um garoto desaparecido. Seguindo uma pista eles vão parar em uma casa abandonada e lá encontram milhares de fitas em busca de algo relacionado ao garoto são testemunha de vídeos bizarros e assustadores. Tem de tudo: Aliens, zumbis, fantasmas e cultos bizarros. 


São quatro vídeos que fazem parte dessa antologia. O primeiro é o Clinical Trials, onde vemos um cara que perdeu a visão de um olho e acaba de passar por cirurgia para implantar uma espécie de "olho robótico". Até aí tudo bem, o cara consegue ter sua visão restabelecida, mas aí os problemas começam acontecer. Ele começa a ver outras coisas, como fantasmas. O olho é como se fosse um portal para outro mundo. É legal ver o trabalho de câmera usado aqui, como tomadas em POV sensacionais.


O segundo curta, Ride in the Park, dirigido por Gregg Hale e Eduardo Sanchez não traz nada muito de novo, a não ser o ponto de vista de como tudo é mostrado. Um tarde agradável em um parque acaba quando zumbis atacam. O personagem principal é um ciclista com uma câmera GoPro que morre logo no começo. Daí vemos um filme de zumbis pela ótica do zumbi.


O terceiro e melhor curta do filme é Save Haven, dirigido por Gareth Evan e Timo Tjahjanto's (The Raid), e nossa...É UMA DAS COISAS MAIS BIZARRAS QUE EU JÁ VI! A trama acompanha uma equipe de TV da Tailândia que vai investigar um culto secreto, sobre o pretexto de entrevistar o seu líder. Para isso eles entram com câmeras escondidas, e logo de imediato eventos estranhos começam acontecer. Se eu falar muito aqui estraga, mas pode esperar assassinatos, suicídios, mutilações e bizarrices sem tamanho. Só vendo mesmo para entender...ou não.


O último curta, dirigido por Jason Eisener's, Alien Abduction Slumber Party, é sobre algumas crianças e adolescentes que são abduzidos por aliens em sua casa de lago. Gostei muito do clima deste último curta, mas infelizmente o estilo das tomadas e câmera não ajuda muito. A trama desse curta é bem parecida com um outro filme que vai aparecer nesse post. No geral é uma boa continuação, e espero muito que Save Haven vire um longa. 









Invocação do Mal (The Conjuring)





Esse é um dos filmes de terror mais comentados nesse ano. O Sr. Tarantino chegou a colocar ele em sua lista de melhores do ano. Com tanto comentário, eu tive que dar uma de Léo do Santos e "ver se era isso tudo" mesmo. E bem, até que é um filme bom. Dirigido pelo James Wan (Jogos Mortais, Insidious), conta a história de uma família típica do interior dos Estados Unidos que acaba de mudar para uma nova casa. Lá eles começam a ser assombrados por diversos espíritos. A família pede ajuda ao famoso casal de demonologistas, Ed e Lorraine Warren, que trabalharam no famoso caso de Horror em Amityville.


Gostei da direção do James Wan. Ele consegue trazer algumas coisas novas para esse tipo de filme, apesar de alguns clichês. Essa temática tá muito batida. Todo maldito ano tem um filme desses, mas ele consegue ser um pouco melhor que os outros. Não é um "nossa, que filme mais barriga, Sr. assustador", mas "passa de ano". Mas aí colocar ele em uma lista de melhores do anos...TARANTINO TÁ BEM LOUCO DA CABEÇA! =P











A Maldição de Chucky (Curse of Chucky)





O boneco assassino mais famoso da história está de volta em Curse of Chucky, filme que retorna ao estilo mais sério do começo da série, dessa vez diretamente para home video. Resumindo a trama, uma garota paraplégica recebe este lindo brinquedo pelo correio. Na mesma noite sua mãe acaba morrendo (AH VÁ). Logo depois sua irmã com seu marido, sua filha e babá chegam na casa para o funeral de sua mãe. E nem é preciso falar que tudo começa a dar errado. O mais legal do filme é que explica algumas coisas que aconteceram antes do filme original e amarra bem toda a série. Embora ele tenha voltado as raízes, ele ainda trabalha um pouco com o humor dos últimos filmes, mas sem ser exagerado. Brad Dourif retorna na voz de Chucky e a protagonista do filme é, olha só, sua filha Fiona Dourif. E fique ligado até o final dos créditos para uma participação especial =P



                          





Uma Noite de Crime (The Purge)




Uma noite de crime tem um dos melhores conceitos dos últimos anos, mas infelizmente se perde na sua execução. A premissa do filme é sensacional. 2022 e os Estados Unidos está uma beleza. Taxa de desemprego em 1%, taxa de crime reduzida, economia estabilizada. Mas tudo isso só é possível graças a um evento que acontece uma vez por ano. O "Purge" (expurgo) é uma noite em que você pode cometer qualquer crime. Por doze horas não existem leis, não existe polícia, não existe atendimento médico. Uma noite para expurgar todo mal da nação para que país fique "purificado".


 É uma nova realidade em que os "novos fundadores" dos EUA estabeleceram em troca de uma sociedade "melhor" e que vem funcionando muito bem, mesmo com várias críticas da população. Com essa noite existe duas possibilidades para os cidadões. Uma é participar de toda a "festa" ou se proteger durante essa noite. Aí entra o personagem de Ethan Hawke, que vende sistemas de segurança para clientes que desejam proteção durante o expurgo. Durante o último ano ele teve muito sucesso com as vendas, vendendo principalmente para os seus vizinhos, e vive em uma grande casa com sua esposa, vivida pela Lena Headey, e seus filhos.


E claro que também existe o outro lado da moeda, das pessoas que não tem grana para bancar essa proteção, e estão a mercê da morte durante o expurgo. Finalmente chega a noite do expurgo e graças ao filho do casal que faz uma cagada homérica, uma dessas pessoas que não tem grana para se proteger consegue entrar na casa. Um grupo de pessoas que está participando expurgo percebe que o homem entrou na casa, e então eles começam ameaçar a família, exigindo que devolvam o cara para o sacrifício. Se a família não fizer isso, sofreram muitas consequências.


É aí que o filme perde todo o apelo e se torna genérico. Se torna mais um filme de invasão como outros milhares que tem aí. O lance do expurgo nem tem tanta importância, já que para a trama isso se torna meio que irrelevante. O filme até tenta levantar algumas questões, mas no geral fica bem no "quase". Se a trama fosse contada de outra maneira, de preferência com uma visão partindo das pessoas que não tem esse sistema de segurança, tentando sobreviver ao expurgo, teríamos um filme bem melhor. Eu imagino um Paul Verhoeven ou um Neil Marshall dirigindo isso, com uma pitada de The Warriors seria perfeito. É um grande conceito infelizmente mau executado, mas que pode gerar boas continuações.




                           






Os Escolhidos (Dark Skies)





Eu sou meio suspeito para comentar Os Escolhidos porque aliens e ufologia é um assunto que me atrai e me dá medo ao mesmo tempos. Posso dizer que o programa Fantástico nos anos 90' (Aquele maldito vídeo fake da autopsia do Alien me assombra até hoje) o filme Fogo no Céu (eu jurei nunca mais ver esse filme) e até a cara escrota do E.T. de Spielberg (acho que só consegui ver esse filme já com uns 13 anos de idade, tamanho o cagaço que eu tinha da cara dele), sempre me deixaram com muito medo de um contato de terceiro grau com esses seres. O filme já abre com uma citação clássica do autor Arthur C. Clarke, que é uma das citações mais arrepiantes de todos os tempos:



"Existem duas possibilidades: ou estamos sozinhos no Universo, ou não. Ambas são igualmente aterrorizantes"



Filmes e histórias sobre abdução me deixam bolados, porque podem acontecer a qualquer hora, em qualquer lugar. Você terá pouca chance de evitar e se sobreviver ninguém vai acreditar em você. Homer Simpson que o diga.



"Eu lhes trago paz e amor" "OUVIRAM ISSO? ELE TRAZ PAZ E AMOR. QUEBREM AS PERNAS DELE PARA QUE ELE NÃO VÁ EMBORA"




Na trama de Os Escolhidos temos uma família tradicional americana, com a sua vidinha normal. Tudo está de boa até que eles tiram a sorte e do nada começar a sofrer com vários eventos nada normais. Uma das crianças começam ter sonhos estranhos com uma criatura. A casa tem sinais de arrombamento e o casal começa a sofrer alucinações. A vida deles se torna um inferno, até que eles começam a desconfiar que tudo isso seja obra de, pasmem, de malditos aliens que resolveram usar a família como cobaia de seus estudos.

O filme é bem clichê em várias ocasiões. Sustinhos de pessoa chegando por trás, vidro de banheiro e som alto pra dar susto estão lá, mas o que te pega mesmo é toda a situação. Nesse post vimos que em Invocação do Mal outra família sofreu de algo parecido. A única diferença é que eram demônios e espíritos. É aí que te digo que aliens são infinitamente piores. Se são só demônios, tecnicamente você pode pedir ajuda para a igreja. A família de Invocação do Mal nem era religiosa e mesmo assim resolveu o problema, mas aqui a parada é bem pior. Aqui somo apenas ratos de laboratório. Indefesos e incapazes de fazer algo, a mercê de um ser mais evoluído. Essa é uma situação aterrorizante, e o filme consegue ter esse clima impotência.


Uma curiosidade é que quando o Steven Spielberg foi fazer E.T. ele tinha em mente uma trama em que aliens atacariam uma família do interior dos EUA. Ele desistiu da ideia e seguiu em uma linha mais infantil e acabou usando essa ideia em outro filme, mas usando espíritos ao invés de aliens, mas conhecido como Poltergeist. Anos depois essa ideia original foi usada em uma série de TV também chamada Dark Skies, e agora como filme. 





Espero que todos tenham uma noite de Halloween aterrorizante. Seja vendo um desses filmes, ou sei lá...vendo Superpop na RedeTV =P



HAPPY HALLOWEEN










2 comentários:

  1. Isso vai soar muito menininha, mas caguei de medo de Invocação do Mal!!! Possivelmente porque assisti na pré-estréia numa casa mal-assombrada ali na paulista, com todo um cenário e um clima preparado para que tomássemos muito susto! Eu sei que este tipo de filme é bom clichê, mas o que gostei dele é que ele é um filme tenso do começo ao fim. Por mais que você não tenha medo desse tipo de filme, ele dá uns sustinhos legais e realmente prende a atenção!

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