sábado, 13 de junho de 2015

My Two Cents About: Jurassic World



"Welcome to Jurassic World"





Depois de catorze anos, finalmente temos uma continuação na franquia Jurassic Park. Jurassic World realmente continua os acontecimentos dos últimos filmes, mas sem abordá-los diretamente (T-Rex em San Diego? Pfff, FODA-SE, quero ir visitar essa ilha aí =P ), e meio que dá um reboot na coisa toda. E o melhor, consegue fazer um comentário no mínimo engraçado com o atual panorama dos Blockbusters e o cinema de "massa" de Hollywood hoje em dia. E ao mesmo tempo usando os próprios artifícios criticados no filme. 

Quase que uma metalinguagem =P 




O novo parque já está funcionando por dez anos e com 20 mil visitantes por dia. Claire (Bryce Dallas "Por Favor, Case Comigo" Howard) é a grande gerente e administradora do parque. Ela trabalha para Simon Masrani (o ator indiano Irrfan Khan), bilionário e fundador do conglomerado Masrani, que comprou a inGEN de John Hammond. Mesmo tendo outro bilionário excêntrico financiando e comandando o parque, hoje em dia os Dinossauros não fazem o mesmo sucesso de antes, e para manter um parque como esse é preciso muito dinheiro. E para isso o parque resolve apostar em uma nova atração: Um dinossauro modificado geneticamente! O Indominus Rex é uma mistura de DNA de vários dinossauros como o T-Rex e Velociraptor, sendo assim o grande vilão da vez. O monstro resolve causar problemas bem no dia que os sobrinhos de Claire visitam o parque. Para ajudar a tentar capturar o monstro que está à solta, Claire conta com a habilidade Owen (Chris "STARLORD" Pratt), um cuidador de dinossauros e domador de Velociraptors. Sua habilidade em controlar os Raptors é tão grande, que logo desperta os interesses de Hoskins ( Vincent "Wilson Fisk" D'Onofrio), um dos chefes de segurança da inGEN. Ele planeja usar os Raptors em ações militares e planeja usar o incidente como "teste de campo" para suas futuras "armas". 




Sim, ver o o parque realmente funcionando, com vários visitantes e milhares de atrações é de encher os olhos. Era o sonho de John Hammond, e era o sonho de milhares de fãs da franquia. Mas o que eu mais gostei foi esse comentário engraçado sobre o entretenimento hoje em dia. Diversas atrações do parque tem Name RightsPepsisauro ou Verizon Presents: The Indominus Rex. Tudo precisa retornar algum tipo de lucro para o parque. E o cinema hoje em dia não faz muito disso? Pegue a série Transformers pro exemplo, um verdadeiro comercial de várias marcas. Com isso o o próprio filme faz o seu Product Placement. O sobrinho mais velho de Claire, Zach (Nick Robinson) NÃO DÁ A MÍNIMA para os dinossauros, e só quer saber de pegar as meninas. O cara vai acompanhar o seu irmão mais novo e entusiasmado, Gray (Ty "Enchi o saco do RDJR em Homem de Ferro 3" Simpkins) no "Tyrannosaurus Rex Kingdom", e simplesmente prefere ficar no celular do que ver o T-Rex. As crianças de hoje não ficam mais fascinadas por estes animais, por isso o parque tenta fazer um monstro. É claro que dá para fazer um paralelo com o próprio cinema hoje em dia e principalmente o tal do "3D" ou agora as cadeiras que tremem do Cinemark. Tudo para tentar agradar um público que não se impressiona mais com esse tipo de coisa. 





O elenco está muito bem em tela. Destaque para o ator Jake Johnson que faz um dos técnicos em T.I. do parque, Lowery. O cara realmente ama o parque, tem uma camiseta vintage do antigo parque e até leva uma bronca de Claire por estar usando a camiseta. Chris Pratt com o seu carisma de Parks and Recreation, Lego Movie e Guardiões da Galáxia rouba de novo a cena. O cara é o mais novo astro de Hollywood. Gostei muito do indiano Irrfan Khan como o novo bilionário, apesar que suas ações no filme NUNCA ACONTECERIAM COM UM CEO DE VERDADE! É sério que não tinha mais pilotos ou Helicópteros nessa ilha? As crianças mandaram bem, mesmo com a trama "Family Issues Spielberg" de sempre. Pensei que odiaria o Indominus, mas achei o monstro legal. Não é um dinossauro e sim uma ameaça séria, resultado da mistura da má índole humana e de um péssimo Briefing!?! (Tenho certeza que os Designers adoraram a cena da reclamação do "cliente", hahahaha). 





Mas eu preciso falar da parte técnica do filme que me deixou meio triste: OS EFEITOS ESPECIAIS! Sim, em algumas partes o CG é fantástico e realmente é necessário, mas em sua grande maioria só atrapalham o filme. O Velociraptors conseguem ser piores do que os do último filme em 2001. E em algumas cenas isso poderia ser evitado se a produção usasse animatronics. Em todo filme, só uma cena contou com animatronic. O filme infelizmente não consegue fazer o balanço dos dois, e se apoia totalmente no CG. O engraçado é que o filme tira um barato com isso. Ele mesmo faz uma autocritica quando o técnico em T.I. defende a sua camiseta e diz que no parque anterior é que tinha "Dinossauros" de verdade. Isso serve tanto para a trama como para a produção do próprio filme. Outro ponto negativo para mim foi a "deixa" para uma suposta continuação. Depois de todos os acontecimentos deste filme, É IMPOSSÍVEL TER UM NOVO PARQUE, mas o plot envolvendo a inGEN e o Dr. Henry Wu (BD Wong), remete um pouco da ideia que já tinha sido cogitada anos atrás, onde dinossauros poderiam ser usados como armas. Se bem que a opinião pública desse universo parece não se importar muito com esse tipo de acontecimento.





O que eu mais gostei foram os easter eggs e referências ao primeiro filme. A volta para o centro de visitantes é emocionante. Os pequenos objetos, os Jeeps clássicos. Tudo te faz voltar para aquele lugar clássico. Adorei como foi mostrado a interação de Owen e os Raptors, principalmente a "Blue". Os dois realmente tinham uma conexão ali. O Mosassauro, dinossauro aquático que roubou a cena em dois grandes momentos do filme. Mas o grande destaque realmente vai para os vinte minutos finais do filme, com o aparecimento de uma personagem clássica da franquia que fez todo mundo vibrar no cinema. O confronto final é sensacional. Outro destaque vai para a bela trilha do compositor Michael Giachinno (LOST, Super 8). Fez o seu trabalho conhecido e ainda prestou uma boa homenagem ao mestre John Williams. Jurassic World é uma ótima continuação para o clássico noventista. Não é um filme perfeito, mas faz bem o seu papel nessa nova onda de "Reboots/Continuação" em Hollywood e ainda consegue tirar um sarro com isso. Infelizmente pode ter uma continuação com um tema meio arriscado. Não sei se isso vai funcionar, mas espero que não seja um desastre. É um dos filmes mais empolgantes do ano e vai brigar pelo o topo das maiores bilheterias de 2015. 




NOTA: 7,5 "Melões"


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