domingo, 23 de junho de 2013

My Two Cents About: Universidade Monstros




Quando eu crescer, eu quero ir para a Universidade Monstros





Geralmente as prequels quase não acrescentam em nada as obras originais. Star Wars que o diga, mas com a Pixar a história é diferente. Depois de treze anos o estúdio retorna ao universo de Monstros S.A. para contar como foram os anos de universidade da dupla de amigos, Mike e Sully, antes de irem trabalhar na famosa Monstros S.A. Depois de uma excursão da escola na fábrica, Mike fica deslumbrado com um assustador profissional e coloca na cabeça quer virar um assustador, o que o leva anos mais tarde à ingressar na prestigiada Universidade Monstros






Mas a disciplina de assustador é muito concorrida, e Mike tem que estudar muito para continuar nesse curso. Diferente de Mike, Sully é o cara descolado da universidade. Filho de um grande assustador, Sully não leva muito a sério o seu curso, com uma atitude arrogante perante o esforçado Mike. As duas personalidades acabam se chocando, gerando um incidente que acaba tirando os dois da disciplina. A única chance dos dois voltarem para disciplina é participarem dos “Jogos de sustos” que a universidade promove, envolvendo várias fraternidades do campus. Juntos eles precisam trabalhar em equipe, e ainda ajudar seus colegas que não tem nenhuma habilidade de assustar. As referências aos filmes de universidade estão lá, mas sem soar adulto demais. O filme fala tanto para o fã que viu o filme criança e agora está ou passou da fase acadêmica, como para as crianças de hoje. A evolução tecnológica também é grande agora, mostrando um universo mais vivo e diferente do filme original. Você vê bem mais elementos e personagens ao fundo do que antes. Detalhes legais como os pelos de Sully, que no original eram grandes, aqui tem uma aparência mais curta e jovial. Aqui a Pixar é simplesmente imbatível. A música do Randy Newman é sensacional, em destaque o hino da universidade. Sério, da vontade de estudar lá depois de ouvir isso.



                            



A Pixar pega temas já batidos como o bullying, trabalho em equipe, amizade, superação, e consegue apresentar mais uma vez de uma forma competente e sem soar piegas ou forçado. Mas o que é incrível nesse estúdio é como eles sempre pegam algo de nossas vidas e cotidianos, e coloca perfeitamente na trama. Dois anos atrás eu fiz um trabalho de faculdade junto com outro colaborador deste blog, o Sr. Matheus, sobre “fazer o que gosta”. Nós decidimos abordar uma parte deste trabalho sobre você ter que trabalhar em algo que não gosta, em virtude de algo maior que foge de seus anseios profissionais. Ter quer trabalhar no seu emprego chato porque realmente é preciso neste momento, e tentar fazer o seu melhor neste trabalho tedioso. 


O filme trata um pouco disto, o que é um grande acerto da produção. Muitas pessoas não conseguem atingir  os seus objetivos e sonhos logo de uma vez. Nem sempre o tal “final feliz” chega, e se chega nem sempre é rápido. Eu mesmo ainda estou à procura deste “final feliz”, e sei que muita gente ainda está nessa também. E é nisso que o filme te pega no final. Não é simplesmente aquela animação com lição de moral básica. A Pixar te pega com esses pequenos dilemas da vida. Você tem que continuar seguindo até "surpreender todo mundo".

Mais uma vez, muito obrigado Pixar!


P.S: Antes de todo filme da Pixar, sempre temos um curta que geralmente sempre leva o Oscar, e nesse caso não vai ser diferente. O Guarda-Chuva Azul é simplesmente perfeito. Nem parece uma animação, de tão perfeito que a ambientação da cidade, e seus objetos e edificações que lembram feições. O curta mostra como um guarda-chuva azul conhece o seu amor em forma de outro guarda-chuva vermelho, em meio de uma cidade chuvosa e cinzenta. Já podem dar o Oscar para a Pixar por essa produção.














Nenhum comentário:

Postar um comentário