quarta-feira, 8 de abril de 2015

NOVA SÉRIE DO DOCTOR WHO COMPLETA 10 ANOS!!! (DEPOIS DE COMPLETAR 50) - 1a Temporada



Este ano a nova série Doctor Who completa 10 anos desde sua primeira exibição, em 2005, depois de comemorarem 50 anos da série, há 2 anos! Não entendeu nada? Bom, basicamente a série existe desde 1963, mas teve um hiato televisivo depois de um telefilme em 1996. Em 2005 ela voltou com nova roupagem e produção mais caprichada, tendo alcançado a fama que tem hoje. Então, Doctor Who existe desde 1963, mas essa nova série, que é uma continuação das aventuras da série clássica, está aí desde 2005... Sacou? O.o Hehe.




Bom, claro que vários vídeos e posts comemorando esses 10 anos da nova série já estão pipocando na Internet... Eu, como fã confesso da série desde 2007, não poderia deixar de falar sobre a série aqui, mesmo já tendo feito um post sobre ela anteriormente.

É uma série que divide opiniões de fãs de ficção científica, mas que tem um grande e fiel público, defensores do Doctor tanto quanto fãs de Star Trek, Star Wars e Harry Potter defendem suas cultuadas franquias. E há aqui mesmo alguns bons sites especializados na série e sites onde onde você pode baixar as temporadas! Então, eu, humildemente, comentarei sobre cada temporada, já que estou “comemorando” revendo toda a nova série.

Se você nunca viu nada de Doctor Who, vai um resumo: “Doctor” (ou “Doutor” se você assiste dublado na TV Cultura) é o “último dos Senhores do Tempo” (é, bem... não, deixa quieto, rs), uma raça alienígena que, entre outras coisas, consegue viajar pelo tempo e espaço por todo o universo. Para isso, nosso herói conta com uma nave eternamente camuflada na forma de uma cabine telefônica antiga, e quase sempre escolhe alguém para lhe acompanhar em suas aventuras (normalmente uma mulher terráquea). Ainda, para driblar a morte quando uma das raças de monstros alienígenas lhe fere fatalmente, possui um “truque”, em que troca de corpo (justificando as mudanças de atores que interpretam os personagem).

Tem poucos posts descentes por aí sobre as temporadas da série, então eu tentarei ser objetivo, falando sobre o que acontece em cada episódios e algo dele que eu ache relevante. Antes de comentar sobre a primeira temporada dessa nova série (ou a Series 1, oficialmente), para quem tem dúvidas de ver ou não a série, ou para quem já viu e gostou, deem uma olhada em dois vídeos de aniversário desses 10 anos, bem bacanas:



Bem, a temporada que foi ao ar em 2005, produzida pela BBC, tinha o ator Christopher Eccleston como Doctor, incorporando o “9º Doutor”, por ser a nona encarnação do personagem desde sua criação em 1963. Depois de 26 temporadas e sete “Doutores”, a série inglesa teve uma pausa em 1989, voltando em 1996 com um telefilme com o oitavo Doutor, coproduzido com a Universal e a Fox, já numa tentativa de atrair o público americano e trazer uma maior qualidade técnica para a série. Mas, pela baixa audiência, a chamada “série clássica” acabou aí, nesse filme de 1996.

Mais bem produzido (do que a série clássica) e com uma nova cara, a série voltou em 2005, trazendo as aventuras do Nono Doutor (Eccleston) e sua nova “companheira”, Rose Tyler, interpretada pela cantora “pop-teenie” Billie Piper.

Um dos pontos contra a série para quem começa a vê-la hoje é, de certa forma, essa primeira temporada. Deixando minha parte fã de lado, entendo que para quem assiste, principalmente os primeiros episódios, há um certo desapontamento. Minha opinião? A série tem como principal público no Reino Unido as crianças e pré-adolescentes, ou seja, a maioria de quem assistiu a Series 1 (acho, só acho) era de jovens entre 8 e16 anos (acredite se quiser)! Por isso, além da produção (visual, montagem e efeitos) algumas vezes lembrar um Power Rangers misturado com Mundo de Beakman e Caça Talentos, acho que há um certo excesso de humor e leveza nas histórias e monstros dessa temporada. A “suspensão de realidade” deve ser grande para assistir aos episódios sem se incomodar...

Deve-se levar em conta também que em 2005, as séries de ficção e fantasia que tínhamos eram Lost (que estava em sua segunda temporada), Andrômeda, Battlestar Galactica, The 4400, Enterprise e Smallville... Então, alguns efeitos e cenas tem o padrão de produção de Firefly e os spin-offs de Star Trek. Particularmente, acho que é um padrão invejável para uma série britânica (não americana), ainda mais lembrando que alguns episódios da série clássica chegam a ser toscos por causa da falta de grana. Quem dera nossa TV brasileira produzir algo nesse padrão “infantil” (sem falar que a BBC é pública, como a TV Cultura). Enfim...

Mas é na história (roubando a justificativa do Sérgio – o JJ Jameson desse blog – para gostar de wrestling) e em como ela se desenvolve e vai “ganhando” a gente pelos personagens que eu acho que a série mais agrada nessas primeiras temporadas! Então, vamos lá!



Rose

No primeiro episódio, Rose é atacada por manequins da loja em que trabalha (sim, eu sei) e é salva por um estranho que se intitula “The Doctor” (ou “o Doutor” =P). Os caminhos deles se cruzam outras vezes e ela acaba ajudando-o a enfrentar os Autons, os manequins transformados numa espécie de robôs pela Consciência Nestene, um ser alienígena escondido na Terra que controla partículas de plástico. No final, Rose desiste de ter uma “vida comum” e parte em companhia do Doutor em sua TARDIS, uma nave que viaja pelo tempo e espaço e tem a aparência de uma cabine telefônica policial dos anos 1960!

É um episódio fraco – na minha opinião – e até meio bobo. Mas vale para introduzir a série, trazendo de volta um vilão da sétima temporada da série clássica, de 1970, com o Terceiro Doutor.


The End of the World

O Doutor leva Rose para uma base espacial no ano 5 bilhões, quando o Sol está prestes a se expandir e destruir a Terra (que está vazia), apenas para divertir uma elite alienígena. Porém, num clima meio Agatha Christie, algumas pessoas morrem e há um misterioso assassino entre os convidados. Neste episódio, surgem dois personagens que aparecerão em muitas outras histórias, o Rosto de Boe (um de meus preferidos) e LadyCassandra, a “última humana pura”, que é nada mais que um tapete de pele esticada! Há também uma referência bem rápida a Bad Wolf (Lobo Mau), revelando pela primeira vez uma da habilidades que mais invejo no Russell T. Davies, produtor das 4 primeiras temporadas da nova série e escritor da maioria dos episódios: um arco narrativo por toda a temporada, que culminará no último episódio!

Não é um episódio super bacana, mas é melhor que o anterior e eu gosto dele, hehe.

The Unquiet Dead

O primeiro episódio escrito por Mark Gattis (que já esteve no Brasil), ator que interpreta o Mycroft em Sherlock e escritor “especializado” em episódios de época e com pessoas reais. Aqui, Charles Dickens, em final de carreira, ajuda o Doutor e Rose a investigarem “fantasmas” gasosos que tomam os corpos de recém-falecidos na Cardiff do final do século XIX. Eles contam também com a ajuda de uma empregada meio paranormal (que lê as palavras Bad Wolf na mente de Rose), interpretada pela Eve Myles, que também trabalha na série Torchwood, um spin-off de 4 temporadas de Doctor Who. Quando os fantasmas gasosos de apresentam como a raça alienígena Gelth, uma outra história paralela começa a ser formar: graças à Guerra do Tempo, entre a raça do Doutor e uma outra, muitos seres ficaram “sem planetas” e alguns deles vão cruzar o caminho de nossos heróis.

Esse episódio é legal, apesar de acontecer no passado (não curto muito os episódios de época, devo confessar), e já revi ele várias vezes! É pra mim, um dos episódios que mostram que a série é uma bela forma de despertar interesse sobre história, literatura e ciência nas crianças inglesas. =)


Aliens of London

Doctor Who tem algumas histórias divididas em dois episódios e essa é a primeira delas na nova série. Uma nave espacial cai em plena Londres do nosso século, chamando a atenção de todos. O primeiro-ministro do Reino Unido desaparece e um trio estranho assume o seu lugar. Na verdade, são os Slitheen, uma espécie de “família de negócios” do planeta Rexicoricusphallivatorius, que querem destruir o planeta e vende-lo. Detalhe para duas coisas: o garoto pichando “Bad Wolf” na TARDIS e a apresentação da Harriet Jones, personagem que aparecerá em outros episódios e que também é conhecida pelo seu papel na série Downton Abbey.

Eu particularmente não gosto da história dos Slitheen, principalmente pelo excesso de humor infantil e pelos “defeitos especiais”. Mas ela é essencial para entender não só a história, como também a relação do Doctor com a Rose, seu ex-namorado Mickey e sua mãe Jackie(que têm um papel importante lá na frente).


World War Three

“O mundo está em guerra contra os alienígenas! É a Terceira Guerra Mundial!” profere o Slitheen que está no comando depois de matar o primeiro-ministro. Enquanto isso, o Doutor, Rose e Mickey tentam destruir os alienígenas e revelar a farsa.

Conclusão da história do episódio anterior e, enfim... =P


Dalek

A TARDIS segue um sinal de socorro e vai parar em 2012, num museu alienígena no subterrâneo de Salt Lake City (EUA), onde um milionário que se intitula “dono da Internet” explora tecnologia alienígena que cai na Terra (toda a história de Fuga do PlanetaTerra, rs). O pedido de ajuda veio do último Dalek, preso pelos americanos. Então, temos conhecimento (para quem não viu a série clássica) que os Daleks são os inimigos mortais dos Senhores do Tempo e que para acabar com a Guerra do Tempo entre eles, o Doutor explodiu seu planeta, matando todo seu povo e os Daleks (éééé, deixa quieto rs). Rose encosta a mão no único Dalek que escapou da Guerra (aparentemente) e isso dá poder ao alienígina para se restabelecer e matar todos no lugar, até conseguir sair. Mas o DNA humano de Rose “estraga” o Dalek, que sofre uma espécie de “crise de identidade”.

Os Daleks são uma representaçãodos nazistas, basicamente, e um dos vilões mais amados da série. Não esquente se você não adorá-los com esse episódio, tem coisa mais bacana lá na frente!


The Long Game

Junto com Adam, um “gênio” que trabalhava para o milionário do episódio anterior, Rose e o Doutor vão para a estação espacial Satellite 5, no ano 200.000. O lugar controla todas as informações e notícias no mundo, com ajuda de uma tecnologia meio Matrix, em que as pessoas se conectam ao sistema de transmissão. Mas algo estranho acontece no andar 500, para onde as pessoas “promovidas” vão e não voltam. Lá, na verdade, o Editor (vivido por Simon Pegg de Shaun of the Dead e Hot Fuzz) serve ao alienígena Jagrafess, que vive no 500º andar, para manipular a humanidade pela mídia (Globo? Alguém?) e manter a os terráqueos atrasados em sua evolução.
É o típico episódio “fechado num lugar”, que tem em todas as temporadas da série. Gosto dele, apesar de ter seus defeitos.


Father’s Day

Rose pede ao Doctor que a leve para ver seu pai antes dele morrer, em 1987, já que ela não o conheceu, pois era bebê quando ele foi atropelado. Contrariando o Doutor, ela impede o atropelamento e cria uma ruptura no tempo, trazendo os Reapers, criaturas demoníacas que tentam “curar” o tempo, matando pessoas. Refugiados numa igreja, Rose tem contato com seu pai e sua mãe, tentando esconder em vão quem realmente é.

É um episódio triste e um pouco arrastado, mas importante para entender os paradoxos do tempo que até o Doutor deve respeitar (Steven Moffat, showrunner atual da série, deveria assistir a esse episódio muitas vezes, até aprender! =P).


The Empty Child

E falando em Steven Moffat, quando ele ainda era “apenas” um dos escritores da séries, foi responsável por criar alguns dos monstros mais amados e temidos de Doctor Who. Nessa sua primeira história, a “criança vazia” da Londres em época de bombardeios da Segunda Guerra Mundial, com sua máscara de gás e sua incessante pergunta “Are You my Mummy?” assusta e encanta. O Doutor e Rose investigam a queda de uma nave de guerra na Londres de 1941, e deparam-se com essa criança misteriosa e várias pessoas que foram transformadas, enquanto a jovem Nancy foge da criança e tenta alimentar órfãos de guerra.

No meio de tudo isso, surge o Capitão JackHarkness, americano com pinta de herói sedutor, ex-Agente do Tempo do Século 51, que vive como mercenário de tecnologia alienígena. Um personagem marcante, que dará muita história ainda e terá sua própria série, Torchwood!

Um dos meus episódios preferidos dessa temporada, que continua no próximo.

The Doctor Dances

O Doutor descobre que a nave caída em Londres era uma ambulância com “nanogenes”, espécie de micro-robôs alienígenas feitos para curar feridas e que a ligação de Nancy com a criança vazia é muito mais forte do que se imagina. O Doutor tem que resolver esse mistério antes que todos os nanogenes transformem todos em zumbis com máscaras de gás e que uma bomba caia no lugar, contando com a ajuda de Rose e do Capitão Jack Harkness.

Conclusão da história iniciada no episódio anterior e, na minha opinião, uma das melhores dessa temporada! =D


Boom Town

Sob uma fenda dimensional em Cardiff (por onde os Gelth vieram no episódio The Unquiet Dead), o Doutor “recarrega” a TARDIS. Mas logo descobrem que uma Slitheen escapou da morte e está tentando construir uma usina atômica na cidade, para aproveitar a fenda, explodi-la e utilizar um aparato alienígena e fugir para outro mundo. O Doutor e Jack tentam impedi-la e enviá-la para julgamento, enquanto Rose e Mickey discutem sua relação.

Episódio um pouco arrastado, mas essencial como ponte para a história final da temporada.


Bad Wolf

Com uma leve amnésia, o Doutor, Rose e Jack (não do Titanic, rs) acordam cada um em uma espécie de reality show mortal diferente, de volta ao Satellite 5, um século depois da visita anterior, no ano 200.100. Depois de escapar de uma eliminação do Big Brother (sério, hehe), o Doutor vai atrás de Jack (que está numa espécie de Esquadrão da Moda mortal) e Rose, participante de um Weakest Link. Na Terra, todos os humanos vivem ligados nas TVs, assistindo a esses programas mortais, produzidos e transmitidos da estação espacial, comandada pela Controladora, e todos são funcionários da Badwolf Corporation.

O Doutor vai até o andar 500, onde a Controladora diz que serve aos seus “mestres” contra sua vontade e por isso trouxe a TARDIS para que eles possam ajuda-la e salvar os humanos. Teletransportada para uma entre 200 naves espaciais, Rose descobre que os mestres que controlam a mídia e os humanos na verdade são... Daleks! =D

De longe, melhor história da temporada! Esse primeiro episódio do fim deste arco narrativo é legal e não tem como não ver nele várias referências à ficção científica. Só pra citar algumas, O Sobrevivente, Corrida Mortal, 1984, Wall-e, Minority Report...


The Parting of the Ways

O Doutor, Jack e todos em Satellite 5 enfrentam os Daleks. O Doutor planeja construir uma Onda Delta para destruir os Daleks e seu Imperador, enlouquecidos e humanizados depois de escaparem da Guerra do Tempo e se esconderem por 100 anos. Mas isso significará a destruição da Terra, semelhante ao que ocorreu com os Senhores do Tempo. Para manter Rose a salvo, o Doutor envia ela e a TARDIS de volta para a Terra de 2005.

[SPOILER]


Rose vê as palavras Bad Wolf pintadas no chão e entende que não é coincidência elas aparecerem durante toda sua jornada com o Doctor. Com ajuda de Mickey e Jackie, ela consegue abrir uma parte interna da TARDIS e olhar para o coração da nave. Com a energia do Vortex do espaço-tempo dentro dela, se transforma em Bad Wolf, espalhando as palavras pelo tempo e espaço para leva-la até ali. De volta ao ano 200.100, ela simplesmente desintegra os Daleks e seu Imperador, sem a necessidade do Doutor destruir a Terra. Também ressuscita Jack Harkness, que havia sido morto pelos Daleks, e que a partir de agora será quase eterno (uma história para depois).

Ao final desse episódio fantástico, o Doutor suga a energia do Vortex de dentro da Rose, salvando-a com um beijo (sim, sim! Hahaha) e “devolve” a energia para a TARDIS. Mas esse processo começa a matar suas células e então, ele se vê obrigado a regenerar, deixando de ser o Nono Doutor (Christopher Eccleston), para tonar-se o Décimo Doutor (David Tennant).

A encarnação de Bad Wolf é uma das minhas cenas preferidas na série inteira, só para constar! =D Hehe.


 
Doctor Who Rose Bad Wolf from Alan Barcelos on Vimeo.


[/SPOILER]

E essa foi a primeira temporada dessa nova série Doctor Who, iniciada em 2005 e já confirmada para ao menos até2020! =D

Quando terminar de rever a segunda, farei um novo post, para os que amam a série, para os que odeiam, e para os que querem conhece-la!


Até mais! ;)

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