sábado, 17 de maio de 2014

Especial GODZILLA: O Cinema Monstro Atual











Não importa se ele surgiu de uma mutação causada pela radiação, se é um elo perdido, trazidos de volta à vida após a extinção, vindo de outros planetas, dimensões ou através de fendas no fundo mar. Os monstros sempre estão em evidência no cinema. Kaijus, Polvos gigantes, criaturas "Lovecraftianas”, Gorilas gigantes, Dinossauros ou Aliens gigantes. Monstros sempre fizeram parte do nosso imaginário em diversas formas e tamanhos.


KING KONG (2005)




Após os anos 90, uma década que ficou marcada pelo fenômeno Jurassic Park, filme onde dinossauros são trazidos de volta à vida através de clonagem e sua continuação, O Mundo Perdido e pelo desastre que foi o remake americano de Godzilla, parecia que Hollywood já estava cansada de monstros gigantes destruindo tudo por aí, até que em 2005, Peter Jackson, diretor da trilogia Senhor dos Anéis decidiu fazer a sua versão do clássico KING KONG. O original de 1993 sempre foi um dos favoritos do diretor. Jackson tinha acabado de terminar a Trilogia do Anel, e usou toda a sua experiência para criar um grande épico neste remake. Os efeitos especiais para criar Kong usando MoCap são sensacionais. As expressões faciais, fruto do trabalho genial de Andy Serkis, foram um dos pontos altos deste filme. O único problema é a duração filme. Jackson pegou a mania da trilogia do anel e fez um filme de TRÊS HORAS. Problemas a parte é um bom filme, mas ainda é um remake.







O Hospedeiro (2006)




Mas de 2006 até 2013 vimos uma nova leva de produções envolvendo monstros de todos os tamanhos e estilos no cinema. Vindo da Coréia do Sul, O Hospedeiro (Gwoemul), que tem elementos que lembram um pouco a origem do Godzilla original, mas em uma escala “regional”. Dois cientistas de uma base militar americana na Coréia do Sul despejam uma substância tóxica em um rio Han em Seul. A substância gera uma criatura que começa aterrorizar os moradores que vivem próximo ao rio. Embora seja uma trama já conhecida, o diretor Bong Joon-ho traz novidades para o gênero, com uma dose de humor e suspense que te prende, junto com comentários políticos já que o filme tem inspiração em um caso real de 2000 na Coréia (Mas um motivo para comparação com o Godzilla clássico). A empresa de Peter Jackson, a WETA Digital ficou encarregada dos efeitos especiais.






O Nevoeiro (2007)





Em 2007 o conto O Nevoeiro (The Mist), do escritor Stephen King virou filme pelas mãos do diretor Frank Darabont, que já tinha dirigido outras adaptações de livros do Stephen como Um Sonho de Liberdade e À Espera de um Milagre. A história se passa em uma pequena cidade dos EUA, onde vive um artista gráfico e sua família. Após uma noite com uma tempestade de raios, sua casa sofre alguns estragos, então ele resolve ir até o supermercado da cidade junto com seu filho e um vizinho para comprar material para reparar os danos em sua casa. No caminho eles vêm vários carros do exército e bombeiros indo rumo a uma base militar da cidade. Nesse meio tempo a cidade inteira é coberta por um estranho nevoeiro, fazendo que os personagens fiquem presos dentro do supermercado. Junto com o nevoeiro, estranhas criaturas aparecem na cidade, incluindo monstros gigantes. Com uma forte influência de outro famoso autor, H.P. Lovecraft, O Nevoeiro investe bastante no terror psicológico e o terror inimaginável vindo de criatura de outras dimensões. Outra grande sacada do filme são os personagens que mostram quem realmente são em situações de perigo e sobrevivência. O final do filme é um dos mais corajosos da história do cinema, e te faz pensar no que você faria se estivesse na mesma situação.






Cloverfield (2008)





Em 2008, chegou as telas CLOVERFIELD, produção da Bad Robot que conta um ataque de um monstro gigante na cidade de Nova York usando o estilo de Found Footage, onde vemos o desenrolar do ataque por uma câmera caseira. Anos antes em uma viagem ao Japão, o produtor J.J. Abrams foi fazer compras com o seu filho e reparou como o Godzilla faz parte da cultura japonesa e que os EUA nunca tiveram “Um grande monstro para chamar de seu”. Assim nascia este projeto que realmente trouxe a moda dos monstros com tudo nestes últimos anos. Dirigido por Matt Reeves e escrito por Drew Goddard, a trama se passa em uma noite em que um grupo de amigos está fazendo uma festa de despedida para Robbie, um jovem executivo que está de mudança para o Japão. Durante a festa o monstro surge em Nova York, eles decidem cair fora da cidade. O filme tem uma clara inspiração nos ataques terroristas ao World Trade Center em Nova York em 2001, onde vimos o ataque em várias imagens feitas por moradores e sobreviventes, usando câmeras portáteis ou celulares. O filme também teve uma forte campanha viral na internet, onde tínhamos pistas de como o monstro pode ter surgido. O monstro em si aparece bem pouco, e foi guardado em segredo até a estreia do filme.






Monstros (2010)




Dois anos depois, um filme independente colocou o diretor Gareth Edwards nos radares da Warner com a sua produção MONSTROS (Monsters). Antes de dirigir o novo Godzilla, Edwards fez a sua estreia com essa pequena produção que pode ser chamada de Road Movie misturado com romance e monstros. Após a NASA mandar uma sonda espacial para Europa, uma Lua de Júpiter para investigar uma evidência de vida extraterrestre. Quando a sonda retorna para a Terra, acaba caindo perto da fronteira entre o México e os EUA, trazendo vida alienígena que se reproduz nesta área, criando vários monstros gigantes. Está região vira uma grande área de quarentena entre os dois países. Os EUA criam uma das maiores muralhas da história, e em conjunto com as autoridades mexicanas eles tentam controlar a situação. Andrew Kaudler, um fotografo de um grande jornal recebe a tarefa de encontrar e trazer de volta em segurança a filha do seu chefe e dono do jornal em que trabalha. Para isso eles precisam passar por dentro da zona de quarentena. O grande lance do filme é ver como as pessoas lidam com os monstros. Moradores que sobrevivem vendendo sucata de aviões americanos, coyotes que ajudam a travessia pela zona de quarentena e outros elementos de uma população que após seis anos, precisa viver com esses monstros. E durante a travessia ainda temos uma história de amor que não é boba ou clichê. Em uma recente entrevista o diretor disse que Steven Spielberg é uma das suas grandes inspirações, e podemos ver isso já nesse filme. Com um orçamento curto, os efeitos especiais são bem feitos, mas ainda assim escondem muito bem as criaturas em quase todo o filme. Só temos uma revelação total dos monstros no final do filme bem ao estilo Tubarão e Contatos Imediatos de Terceiro Grau. Já podemos esperar um grande desenvolvimento de personagens neste novo Godzilla ao invés de só focar no monstro em si. O filme vai ganhar uma continuação neste ano.





Círculo de Fogo (2013)





E para fechar não podemos esquecer a grande homenagem ao gênero Kaiju feita pelo diretor Guilhermo Del Toro ano passado. Círculo de Fogo (Pacific Rim) já pode ser considerado um cult. Ele não foi bem de bilheteria, mas fez muito sucesso com os fãs de filmes de monstro (Kaiju), Tokusatsu e animes que envolve monstros e robôs gigantes. Foi o sonho de todo mundo sendo realizado. Uma produção gigantesca mostrando a invasão de monstros gigantes através de uma fenda no Pacífico. Para enfrentar esta ameaça, o mundo se une para criar mechas chamados de Jaegers. O filme é um deslumbre visual, com várias batalhas entre monstros gigantes e robôs que faz qualquer um vibrar como uma criança de sete anos ao assistir ele. Você pode ler mais sobre o filme no nosso review.




GODZILLA (2014)




E neste ano teremos a volta em grande estilo do maior monstro de todos. O responsável por tudo isso, GODZILLA. Uma produção gigantesca que promete respeitar as origens do monstro japonês no cinema, com forte inspiração no filme original de 1954. Gareth Edwards é o responsável em revitalizar a imagem do Godzilla após o fiasco de 1998.







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