quinta-feira, 22 de maio de 2014

Blast From the Past: Trilogia X-Men











Ano 2000! O mundo tinha sobrevivido ao Y2K, O Corinthians era o atual campeão mundial, tínhamos um hino feito pelo Silverchair. As “Boys” e “Girls” Bands dominavam o mundo, e o New Metal parecia ser a única coisa que fazia frente a toda aquela onda “POP TEEN” =P Tudo parecia ser “novidade” e com um pensamento de “o futuro chegou”. E isso refletia no cinema também. É engraçado olhar quatorze anos atrás e ver como muita coisa mudou. Eu não tinha Internet naquela época, e também não dava muito bola pra isso. Minha maior diversão ainda era o meu PS1, meu Videocassete e claro, ir ao cinema. Eu não ia com muita frequência ao cinema naquele tempo, mas cada ida era cheia de expectativa, quase sempre gerada pelos comerciais dos filmes que estreavam no cinema. Lembro que naquele ano voltei a ler “sério” o “gibi” dos X-MEN, ainda no formatinho da editora Abril. Era uma saga bem fraca, com os X-Men tentando resgatar o Professor Xavier em algum lugar. Mas o que mais me deixou animado em um daqueles gibis foi o anúncio de uma promoção do filme dos X-MEN!





MAS O QUÊ? FIZERAM UM FILME DOS X-MEN? PUTA QUE O PARIU!!! 



Eu amava o desenho o clássico exibido na antiga TV COLOSSO. Aquela animação com certeza criou uma nova geração de fãs, e incentivou muita gente a ler as aventuras do grupo nos quadrinhos. Eu mesmo fui um desses fãs, mas o foda era que nunca pegava todos os números certinhos. Lembro-me de comprar aquela edição com uma capa toda metalizada. O desenho tinha os mesmos traços do Jim Lee nos quadrinhos. Você via o desenho e depois encontrava a mesma equipe nos quadrinhos. Hoje em dia eu estou recomprando toda essa época em encadernados da Panini, mesmo sabendo que nem tudo desta época é boa. Só pela nostalgia!





Mas lá estava eu, com um gibi anunciando o filme em menos de um mês. Não tinha visto nenhum trailer, nenhuma notícia, nenhuma imagem até aquele momento. No anúncio tínhamos pequenas imagens dos atores que iriam interpretar os mutantes no filme, e pra mim aquilo já bastava. É engraçado lembrar isso hoje, um tempo onde praticamente vemos todos os dias novidades sobre filmes que ainda estão sendo produzidos. Produções como STAR WARS EP VII, onde cada notícia ou vídeos dos sets de filmagem fazem um estardalhaço na Internet, ou Jurassic Park 4, onde até uma página de uma empresa de turismo do Havaí posta imagens de locações todo o dia no Facebook. Fora os vídeos, trailers e spots em época de divulgação. Acho que agora só falta uma webcam dentro do set acompanhando todos os trabalhos.






Sem dúvida nenhuma, X-MEN de Bryan Singer é o maior responsável pela solidificação do subgênero de adaptações de quadrinhos no cinema, em especial os quadrinhos de Super-Heróis. Claro, Blade de 1998 mostrou que esse tipo de filme ainda não estava morto mesmo depois dos fiascos protagonizados pelos filmes do Batman do Joel Schumacher, mas foi o Singer que realmente deu o push que as editoras e estúdios tanto sonhavam. O primeiro filme é simples, com uma trama legal e que apresenta muito bem os personagens e o universo mutante no cinema. O filme abre com um flashback onde vemos o jovem Magneto demonstrando os seus poderes dentro de um campo de concentração na segunda guerra mundial. Anos depois, o congresso dos EUA, o senador Robert Kelly tenta criar uma lei de Registo de Mutantes, que forçaria os mutantes a revelar publicamente as suas identidades e capacidades. Magneto (Ian McKellen) começa os seus planos contra os humanos em prol dos mutantes. Enquanto isso, uma adolescente chamada Marie (Vampira) foge de casa no Mississippi depois de ter sugado a energia vital do namorado com um beijo. Conhece Wolverine (Hugh Jackman) no Canadá. De repente, os dois são atacados por Dentes-de-Sabre, um membro da associação mutante de Magneto. Ciclope (James Mardsen) e Tempestade (Halle Berry) chegam e salvam Wolverine e Vampira, levando-os a conhecer a Mansão X. Professor Charles Xavier (Patrick Stewart) lidera a instalação, e um grupo de mutantes que ainda contava com Jean Grey (Famke Janssen), está tentando encontrar um diálogo amigável com a raça humana, educar os jovens mutantes para o uso responsável dos seus poderes, indo contra a ideologia de Magneto, que defende o fim dos humanos e um mundo só com mutantes.






E o filme é perfeito mesmo sendo uma produção modesta para a época. Singer tirou leite de pedra com o que tinha, e ainda catapultou a carreira da galera nova do filme. Hugh Jackman virou um astro mundial com a sua interpretação de Wolverine. Claro que os fãs Xiitas reclamaram que o filme se focava muito nele. Aliás, não só no primeiro filmes, como todos os outros, mas o baixinho canadense sempre foi um dos personagens mais carismáticos dos X-MEN nos quadrinhos, e claro que o Singer iria usar o máximo possível dele em cena. Melhor ainda se funcionasse tão bem como aconteceu. Depois disso foi um festival de filmes. A FOX começou a tentar tudo. Demolidor e Quarteto Fantástico falharam miseravelmente. A Sony acertou com tudo em Homem-Aranha, mas tomou na cara com o Motoqueiro Fantasma. A Universal tentou algo com o HULK, mas ninguém entendeu a proposta do diretor Ang Lee. Na Distinta Concorrência, ainda abalada com os filmes do Schumacher, resolveram limpar a ficha do Batman com Christopher Nolan e seus filmes da trilogia Dark Knight que foram um tremendo sucesso.






Três anos mais tarde,  chegava a continuação. X-MEN 2, que até hoje é o melhor de toda a franquia. Lembro de que ainda não tinha internet, mas conseguia ver trailers de filmes no canal E! ENTERTAINMENT, em um programa chamado COMING SOON. Pra mim foi tipo Os Vingadores, todo mundo da escola empolgado com o filme, todo mundo esperando uma grande produção. Um evento. Lembro-me de ir umas 3 vezes ao cinema para ver o filme, e nas três vezes eu fiquei maluco. Era o melhor filme de Super-Heróis até o momento. Tem tudo que uma boa continuação precisa: Uma boa trama, mais personagens, desenvolvimento de personagens já estabelecidos e uma final meio "Império Contra-Ataca". O coronel do exército americano, William Stryker, tenta assassinar o presidente americano usando um mutante controlado, para assim jogar a opinião pública contra os mutantes, e financiar os seus planos de extermínio contra os mutantes. O filme tem pelo menos duas grandes sequências. Uma entrou para a história com uma das melhores cenas de ação em filmes de Super-herói: A Invasão da Casa Branca pelo Noturno. Nunca um personagem e o seu poder foi tão bem demonstrado em tela. A outra cena é a invasão dos soldados do William Stryker na Mansão dos X-Men. Wolverine ficou de babá dos alunos enquanto os outros X-Men estavam fora. Coube ao Wolverine enfrentar os soldados sozinho. Essa é a cena em que mais chegamos perto de ver o Wolverine dos quadrinhos. O cara mata geral, sem perdão. Pena que só faltou o sangue, mas ainda sim é uma grande do carcaju.









Três anos mais tarde chegava o último filme da “trilogia original”. Bryan Singer sempre foi fã do Superman, e recebeu o convite para dirigir o novo filme do escoteiro da DC. O cara não pensou duas vezes, e deixou a FOX na mão. A FOX ficou puta da vida, e começou a produção do terceiro filme com o diretor Brett Ratner (A Hora do Rush), para estrear antes do no filme do Superman em 2006. E é claro que isso não deu certo na tela. O filme tinha um ótimo gancho do segundo filme com o surgimento da Fênix, mas Brett Ratner e a FOX fizeram um samba do criolo doido, misturando um monte de elementos e outro arco (Deus Ama. O Homem Mata), e mortes totalmente idiotas de alguns personagens, que dão dor de cabeça até agora no novo filme. O filme foi um sucesso comercial, mas os fãs odiaram.





Em 2009 chegava o filme que contava a origem do Wolverine, mas eu prefiro não comentar ele aqui. Digamos que eu ainda estou fazendo tratamento para esquecer essa merda ¬¬









Em 2011, Bryan Singer retorna como produtor de X-MEN: First Class, filme que contava a história da primeira equipe de X-MEN, e como o Professor Xavier e o Magneto (agora interpretados respectivamente por James MacAvoy e Michael Fassbender). Ainda tínhamos a jovem Mística, interpretada pela ainda novata Jennifer Lawrence. O filme foi muito bem recebido pelos fãs, e deu um novo gás para a franquia dos mutantes no cinema. Logo depois, Singer anuncia um novo filme juntando o elenco original com o elenco de primeira classe, com o arco clássico dos quadrinhos, Dias de um Futuro Esquecido. Antes disso, Wolverine ganhou uma nova chance com um filme solo em Wolverine Imortal, de 2013. Apesar de um final bizarro, o filme é bem melhor que Origens, se inspirando na clássica HQ escrita por Frank Miller nos anos 80, EU, WOLVERINE.








Com o retorno de Singer como diretor, espero que a franquia X-MEN retorne com tudo para o cinema com a mesma qualidade dos dois primeiros filmes. IN SINGER, WE TRUST!



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